Vejam, tudo continua o mesmo.
Nada mudou, permanece.
Perguntarei: até onde vai?
E me responderão:
aonde puder ir.
Ir longe não vai,
caminhar uma hora cai.
Vejam, nada mudou.
É sinal do fracasso,
Do descaso, do mau.
Quem vai atingir?
Fala-te: a tu, a mim.
É perigo que lá se consome, vejam!
Consome a tu, a mim, e que se percam.
Vejam, é a fúria divina.
Do homem, do bem e do mau.
São os pecados já prontos.
Pecados do homem, do bem, do mau.
Do divino...
É o mesmo, sempre e sempre.
Mas foram as escolhas, éramos crentes.
Vejam, tudo parou.
Quem pensaria sorte tão triste?
Quem pensaria castigo tão tolo?
Foram sopros anunciados
Sussurrando a tu e a mim.
Eram fantasmas inquietos
Que deixamos tão perto.
Vejam, até onde pisamos.
Eram ouro dos tolos,
Eram laminas afiadas,
Eram carnes cortadas, dilacerada,
ensangüentada, que sorria assim.
E se assim são os destinos, que assim sejam
e resta apenas que vejam, vejam.
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Poemas Simples
PoetryLivro vencedor do Prêmio Wattys 2018 Um faról guia os barcos e navios em alto mar. Assim, a poesia também tem esse poder. Deixe o poema te guiar.