5. Um Dia Nublado

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Ao terminar suas tarefas escolares, Felipe realiza sua programação de educação espiritual diária. Depois vai tomar banho, deita‑se para dormir. Ao abrir ao acaso o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XII, no item, Infortúnios Ocultos, tenta relacionar, sem conseguir, com as experiências de seu dia. Certamente, depois entenderei. Pensa. Adormece. Sai do corpo.

Espera‑lhe Pai Joaquim, Aberlardo, Alessandra e Cirilo.

— Pensei que você não ia lhe ver hoje! Brinca Abelardo.

— Você sumiu! Pensei que tinha desistido. Fala Felipe.

— Deus me livre! Eu apenas desencarnei. Responde.

— Você morreu?! Fala Felipe assustado.

— Até onde saiba eu apenas desencarnei. Responde com bom humor.

Todos riem.

— Sei que você deve estar com mil perguntas, logo que der, eu conto tudo. Não se preocupe está tudo bem. Afinal, Espiritismo serve para estas coisas, não é? Explica Abelardo.

— Abelardo é uma exceção. A maioria dos jovens espíritas tem uma missão bem mais longa do que a dele. A vocês, jovens espíritas, cabe o estudo e a prática do Espiritismo no centro espírita e na sociedade. Felipe, você irá desenvolver estudos sobre sociologia espírita, por isso, esse curso é tão importante para você. Explica Pai Joaquim que não queria deixar espaço para medos tolos ou adiamento de compromisso.

— E eu? Pergunta Alessandra. Pai Joaquim sorri e diz.

— Quem pergunta quer saber. Isso é bom porque gera mais responsabilidade. Você minha filha, terá uma tarefa muito bonita no movimento espírita, você vai ajudar aos jovens a descobrirem suas missões no mundo. Você vai ser a luz que ajudará a eles a lerem o mapa dos compromissos espirituais.

— Que legal! Fala Cirilo.

— E você menino, diz olhando para Cirilo, vai ter que ter coragem de criar uma nova imprensa espírita. Além de organizar mediúnicas que cuidem dos viciados em drogas, vai divulgar suas experiências e as dos outros.

— E vão falar muito mal de vocês... Acrescenta Abelardo.

— Se pelo menos a gente lembrasse‑se disso quando acordado, ajudaria muito... Fala Felipe.

— Basta que vocês se preparem, o próximo curso, com o menino Gabriel, ele vai ensinar regressão e lembrança dos sonhos. Vocês dois podem escolher fazer ou não, mas a menina Alessandra não pode perder, né? Diz descontraído Pai Joaquim.

Nesse momento, chega Ivan e Eurípedes. Todos se impressionam com a presença do mestre de Sacramento. Notando o espanto geral, ele comenta.

— Passei boa parte de minha encarnação com jovens, seja no colégio, seja nas atividades mediúnicas, desobsssão, receituário, cirurgias mediúnicas e outras e na formulação de medicamentos naturais, por isso, não se espantem. Minha tarefa no mundo espiritual está ligada a jovens encarnados e desencarnados. Nesse momento de renovação social, inclusive do movimento espírita, conto com vocês, a juventude espírita. Precisamos realizar avanços em relação às importantes conquistas já realizadas. Caminhamos muito, mas há muito a fazer e não podemos sobrecarregar os atuais tarefeiros espíritas. Novos estudos, novas práticas sociais, novas abordagens comunicativas precisam desenvolver‑se, por isso, tantos curso em nossa escola. Por isso, tantos reencarnes de espíritos comprometidos com o progresso social e moral no seio do Consolador. Enquanto Eurípedes fala, Felipe lembra‑se de como a trajetória de Eurípedes está ligada à juventude. O adolescente Marcos foi fiel seguidor do Cristo. Na encarnação seguinte, na juventude, foi educado por Inácio de Antioquia, discípulo direto de João Evangelista. Como Rufo, ainda no período do cristianismo primitivo, cuidava das crianças e jovens abandonados. Em Sacramento, dedicou‑se a educação espírita de jovens e agora prepara a ação da Nova Geração no mundo.

Renovação Social e Imortalidade - Se a Mediunidade Falasse 8Where stories live. Discover now