Capítulo 4- A casa

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Ali sentado no banco do jardim fiz a promessa mais importante da minha vida , que por sinal não tencionava quebra-la.   Fiquei ali sentado no banco mais algum tempo, ao ponto de poder chegar a conclusão que  a jovem moça que tocava violino, deveria fazê-lo naquilo que parecia ser o seu quarto. 

Depois daquilo que me pareceu ser uma eternidade, levantei-me do banco, olhei uma ultima vez para a janela daquele magnífico palacete no centro da cidade, e então dirigi-me calmamente para a casa dos meus pais que ficava ali nas redondezas.

A casa que os meus pais tinham em Salvador  era magnífica. A sua fachada fazia lembrar um palacete antigo, apesar de esta ter a sua fachada pintada de um tom amarelo.  A fachada era ainda rasgada por um conjunto de largas janelas que a sua volta tinham uns ornamentos bastante curiosos.De cada lado da porta de entrada estavam erguidos dois grandes pilares. Esses pilares faziam-me sentir como se eu fosse alguém importante. Eu não era, mas sem sombra de dúvida o meu pai o era.  

Ao entrar na casa , vemos um longo hall de entrada que é decorado com quadros de alguns dos meus antepassados mais importantes, tinha ainda  alguns objectos que passaram de geração em geração na minha família, como a jarra favorita da minha mãe , uma porcelana que tinha cenas da chegada de Pedro Alves Cabral ao Brasil. Ao fundo tinha uma grande e bela escada de mármore que dava ao andar de cima , onde ficavam os quartos.  A primeira porta á direita era a sala de jantar. No tecto da sala de jantar pendia um magnifico lustre de cristal, no centro uma   uma enorme mesa, e  por detrás da mesa  ficava uma grande janela  que era adornada por umas grandes cortinas de linho, essa janela tinha vista para o jardim lateral da casa , que era cheio das mais diversas flores,desde rosas a lírios. 

Em frente a sala de jantar ficava a sala de estar,as paredes estavam pintadas de um cinzento bastante claro quase branco, no chão encontrava- se uma grande tapeçaria que cobria quase completamente o chão de madeira ... Junto a grande lareira existiam alguns confortáveis cadeirões. Em cima da lareira jaziam ali fotografias a preto e branco da minha família. Numa podia - se ver eu e os meus irmãos quando éramos mais novos com os nossos pais na areia de uma praia , tinha uma que era do casamento dos meus pais.
A divisão ao lado era o meu refúgio, era o meu atelier, esta era a divisão com a vista mais bonita da casa, uma vez que se encontrava voltado para o mar. Ali podiam se encontrar algumas telas vazias e outras incompletas, alguns cavaletes,uma secretaria encostada à janela que dava para a praia.
No andar de baixo ainda existia a cozinha , que era um lugar simples.
E ainda existia a antiga biblioteca da família, que tinha ambas as paredes repletas de estantes apinhadas de livros dos mais variáveis temas.

O andar de cima era inteiramente reservado aos quartos. Eram quatro no total. Todos eles decorados conforme a personalidade dos seus ocupantes,mais o quarto de hospedes.

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⏰ Last updated: Mar 01, 2020 ⏰

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Amar em tempos de ditaduraWhere stories live. Discover now