Capítulo 2

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- Ta certo, vamos logo! - Reviro os olhos brava. Quem ele pensa que é pra me chamar de caipira, eu não sou caipira só estou presa nessa cidade triste e pequena. - Então me conta aí, por que veio se enfiar nesse fim de mundo? - Falo tentando puxar assunto.

- Não estou aqui por opção se é isso que pensa.. - Ele fala meio grosso - Meus pais me mandaram para cá, com um objetivo de tentar ajudar o tio Ray nos seus negócios.

- Você não é um pouco velho para seus pais ainda mandarem em você? - Solto um riso baixo.

- Sim, mas eu devia um favor ao Ray, então estou aqui pagando por um favor - Fala não querendo aprofundar o assunto. Achei meio estranho, mas não vou comentar nada sobre isso.

- Ah ok, entendi - falo baixo. Logo que chegamos na minha casa minha mãe já vem falando com o Pedro. Reviro os olhos mentalmente quando ela já com aqueles sorrisos dela que me fazem ficar vermelha igual um tomate. - Mãe..esse é o Pedro, sobrinho de Ray...

- Hum, olá Pedro é um prazer lhe conhecer - Ela fala estendendo a mão pra ele que logo retribui o aperto. - Pode deixar as coisas aqui mesmo, Don já já vem pegar - Ela aponta para a ponta da varanda e ele logo coloca as coisas lá, eu faço o mesmo.

- Eu já estou de saída - Diz Pedro - Foi um prazer em conhecer a senhora - Ele dar um sorriso que eu juro que acho que formou um piscina aqui em baixo.

- Eu te acompanho até a estrada.. - Falo tentando demonstrar que nada está me afetando.

Chegamos na portão principal, onde dar acesso pra estrada pois até minha casa tem um pequeno caminho a seguir, dou uma ultima olhada naquela linda bundinha dele e sorrio comigo mesma pensando o quanto eu queria morder bem ali.

- Obrigada pela ajuda Pedro - Falo dando meu melhor sorriso e acho que devo está parecendo o coringa nesse momento. Até que tenho uma ideia brilhante, amanhã vai ter um festa na praça da cidade em comemoração ao novo prefeito da cidade, por que não chama-lo? - Então amanhã vai ter um festa na praça na cidade, você não quer ir?

- Oh sim, fiquei sabendo disso aí, Ray vai e falou que eu e meu irmão vamos junto com ele.. - Ele fala de uma forma meio decepcionado. Tá isso me desanimou bastante. - Mas nós nos encontramos lá, okay? Sou alto perto dos homens dessa cidade, então não vai ser difícil de me encontrar. Tchau caipira! - Ele fala dando um sorriso. Droga, por que ele fica me chamando de caipira, isso me irrita.

- Eu não sou caipira! - Falo brava. Mas PERA ele falou que me encontra lá, ai meu deus posso ativar meu modo surto já.

Ta tudo sobre controle Ana é apenas uma festa talvez nada vai acontecer, talvez eu nem encontre ele, tudo pode acontecer então sem expectativas por favor srta. Amato. Entro pra minha casa e corro direto pro meu quarto procurar uma roupa. Eu sei que a festa é apenas amanhã, mas é difícil escolher uma roupa ideal.

Depois de passar quase o dia todo trancada no meu quarto, cá estou eu na varanda lendo 'Razão e Sensibilidade' da grande Deusa Jane Austen, sim me matem mas eu admiro a literatura inglesa de uma forma inexplicável, de verdade. Não foi Jane que me fez se apaixonar e sim Emily Brontë com seu grande Wuthering Heights dos meados século XIX. Acho o amor dos livros uma coisa linda, então fico só neles porque sei que esses clássicos nunca irão acontecer comigo. Queria ser como Elizabeth de 'Orgulho e preconceito' chamando atenção por ser uma grande feminista, mas a única coisa que chama atenção em mim são os meus olhos uma mistura de verde com azul que puxei aos meus avós.

Observo meu pai se aproximar de mim, acho que talvez ele queira conversar, mas não sei se eu quero. Suspiro fraco e fecho meu livro antes marcando a página que eu parei.

- Oque deseja Sr. Amato? - Falo fazendo uma voz mais grave em busca de um humor.

- Apenas vim ver se estava bem, mal vi você hoje, geralmente gosta de ficar passeando com os cavalos - Fala ele sentando no banco ao meu lado.

- Estou bem papai, obrigada por se preocupar - Sorrio sincera pra ele -  Eu queria saber se você deixaria eu ir amanhã na festa que vai ter na praça? - Falo manhosa.

- Claro, apenas não volte tarde por favor, você sabe muito bem o perigo que corre nessa estrada velha sozinha muito tarde - Ele fala de forma alerta - Você vai com quem? Kaile?

- Sim, o pai dela vai passar aqui e me deixar junto com ela lá e é bem provável que ele fique por lá - Kaile é minha melhor e única amiga, talvez por isso ela seja minha melhor amiga.

- Tudo bem por mim, sua mãe deixou? - Ele fala já levantando para entrar em casa.

- Sim sim - Falo já começando a me animar um pouco.

- Entre e vá dormi, parece que vai chover! - Ele me alerta.

Apenas concordo com cabeça e entro subindo para o meu quarto. Tomo um banho bem relaxante e guardo o vestido que escolhi para usar amanhã, ele é bem simples um preto colado no busto e o resto soltinho, na verdade minha mãe que escolheu ele, não é curto mas mostra bem minhas pernas.

Depois de fazer tudo que devia fazer antes de dormir, eu me deito e fico pensando em como reagir quando encontrar ele amanhã, e Kaile ela vai surtar quando souber sobre ele, meu deus ela vai muito surtar. Rio sozinha pensando sobre isso. Penso em várias outras coisas e acabo pegando no sono de tão cansada que fiquei de ter acordado cedo em um sábado.

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