Capítulo 5

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**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

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Bruno Rodriguez


A cara surpresa de Luan já mostra que ele entendeu tudo. Ele sabe que é o Abel ao meu lado.

— Abel? — Luan pergunta ao garoto, que olha para mim, como se buscasse alguma ajuda.

— Ele é o Luan. — informo e Abel continua apreensivo. — Moisés não disse que deveria confiar em mim e em Gallardo? — confirma. — Então também pode confiar no Luan.

— Foi o Moisés? — Luan pergunta.

— Sim, foi. — mostro o papel a ele. — E isso aqui é uma espécie de planilha de pagamento, com nomes e números, só preciso saber se todos estão aqui ou se tem mais gente. — agora olho para Abel. — Ele, o Luan, também foi atrás da sua mãe e da sua avó, para saber mais da sua história, sobre o seu desaparecimento.

— Gioconda sempre falava que nunca procurariam por mim. Na verdade ela até falava que meus pais me venderam, por isso não me achavam, porque não queriam me achar.

— Você foi sequestrado, a sua mãe e avó nunca desistiram, elas sofrem com seu desaparecimento até hoje. — seguro a mão do garoto e engulo em seco quando sinto apenas quatro dedos apertando minha mão. É sofrido porque ele perdeu esse dedo para ser prova da sua morte, e um dedo foi aceito nessa ''prova''. Abel teve um dedo retirado para comprovar sua morte... — Elas nunca desistiram de você, mas é uma grande quadrilha, Abel. Elas procuravam e eram roubadas, por isso foi dificultando a sua busca.

— Você fala sobre minha mãe e minha avó, mas e meu pai? Meus tios? Primos? Eles foram embora?

Respiro fundo. Olho para Luan, buscando algum tipo de ajuda.

— Abel, é algo perigoso, como bem sabe. — e Luan começa a falar. — A namorada do Bruno também teve a filha sequestrada, ela sofreu muito por isso, sempre a impediram de buscar respostas. É isso o que acontece quando tenta achar respostas, a polícia daquela cidade ferra com você, ou algum parceiro desse negócio. Eles não têm piedade, como bem sabe. — aponta para a mão de Abel, a que não tem o dedo mindinho. — Alguns desistiram de procurar, outros sofrem calados, rezando para que alguém ajude ou a pessoa apareça. E outros, infelizmente, morrem por lutar demais. Morrem por irem atrás da criança que tanto ama. Eu sinto muito por isso.

Abel toma fôlego, respira fundo, mas depois coloca a mão no rosto e começa a chorar. Chora tanto que seu corpo balança fortemente.

Eu o abraço e tento acalmá-lo. Ele me empurra para longe e decido que é melhor que ele fique um pouco sozinho. Como aconteceu quando soube da morte da minha mãe...

Abel senta no chão, se encolhe, e fica ali de cabeça baixa.

— Já avisou a Liv e a Telma? — Luan pergunta.

Uma família para o mafioso - Em busca da filha perdida (Livro 1 e 2)Where stories live. Discover now