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ALGUM TEMPO NO PASSADO

Lilian arrumava sua mala, o quanto antes ela fosse, menos teria de ficar se explicando.

Sua mãe não conseguia aceitar que ela ficaria fora estudando ainda mais.

Ela estava em seu quarto, quando seu pai entrou:

- Vai mesmo viajar?

- Vou papai, preciso aprender um pouco mais.

- Isso não é por conta do seu casamento com o Potter?

- Não papai, eu o amo, mas preciso desse tempo só comigo.

Lilian estava apreensiva, não costumava mentir, especialmente para seus pais, mas era necessário, ninguém poderia saber sobre seu bebê com Snape.

Depois de tudo arrumado ela desceu para fazer a última refeição com seus pais antes dela partir, assim que ela chegou na sala teve uma surpresa, sua irmã Petúnia e seu cunhado Walter, estavam sentados:

- Oi.

- Lilian, oi, viemos para almoçar com vocês.

- Que bom Petúnia, eu estava com saudades.

Sua irmã estar ali não era coincidência e sim uma estratégia de sua mãe para convencê-la a ficar, ela sentou ao lado do pai e todos entraram em uma conversa calorosa, sua mãe avisou que a comida estava servida e todos se sentaram a mesa para comer.

Petúnia estava achando a irmã diferente, mas não conseguia saber exatamente o que era.

Após o almoço, sua mãe foi até a cozinha e trouxe torta de abóbora, Lilian sentiu enjoo e tentou disfarçar, e quase ninguém percebeu, exceto sua irmã.

Petúnia teve certeza e ficou aguardando o momento certo de conversar com Lilian sobre isso.

Quando todos estavam na sala outra vez, Petúnia se virou para a mãe:

- Ainda vendem aquele bolo aqui perto?

- Sim, vendem.

- Vamos comigo buscar um Lily?

- Claro! Vamos!

As duas irmãs saíram em direção ao local que Petúnia havia falado, quando estavam afastadas da casa ela falou:

- Tiago não quer o bebê?

- Que? Que bebê?

- Ora Lily, não minta para mim.

- Tiago não sabe.

- E vai esconder dele?

- Não...Eu...

- Você não vai ficar com o bebê! Mas por quê?

- É complicado....você não entenderia....

- Oh meu Deus, o Tiago não é o pai! Lilian!

- Por Merlin, Petúnia, fale baixo!

- Mas Lily, o que você vai fazer?

- Vou entregá-lo para uma pessoa que sei que irá cuidar muito bem dele.

- Você não pode fazer uma coisa dessa, é seu filho.

- Você não entenderia nunca.

- Não vou deixar você fazer isso, vou contar para a mamãe.

- Sinto muito, mas você não vai contar nada para ninguém.

Lilian pegou sua varinha e apontou para a irmã:

- O que vai fazer?

- Apagar sua memória, mas não se preocupe, só vou remover essa sua lembrança.

- Lilian!

- Obliviate!

Lilian removeu toda lembrança que Petúnia tinha sobre sua gravidez, Petúnia balançou a cabeça:

- O que aconteceu?

- Acho que teve uma queda de pressão, vamos, mamãe vai ficar preocupada.

- E do que mesmo a gente estava falando?

- Sobre minha viagem, o quanto você está me apoiando.

Petúnia se sentia confusa, mas concordou com a irmã e após comprarem o bolo voltaram para casa e depois de mais um pouco de conversa ela viu a decepção no rosto de sua mãe ao saber que Petúnia não havia a convencido a ficar.

Chegou o dia em que Lilian iria embora, sua mãe a abraçou:

- Tem certeza mesmo disso?

- Sim mamãe, vão ser só alguns meses.

- Sim, mas depois você vai casar e não vou mais te ver.

- Mamãe, eu sempre virei visitá-la.

- Tudo bem, faça uma boa viagem.

Lilian foi embora com lágrimas nos olhos, pois sabia que quando voltasse estaria deixando um pedaço seu para trás.

Eileen estava a sua espera:

- Tudo bem minha querida?

- Agora acho que vai ficar. Tive que apagar a memória de Petúnia, ela descobriu.

- Sabe que ainda pode mudar de ideia.

- Não, eu sei, mas agora não há mais volta.

Quando elas chegarmos na casa que Lilian ficaria até seu bebê nasceria era pouco mais de uma hora, mas ela não tinha sono, subiu para o quarto, se sentou em uma pequena escrivaninha, pegou pergaminho e pena e escreveu:

"Petúnia, espero que um dia possa me perdoar, mas eu usei magia em você, apaguei sua memória, pois você descobriu que vou ter um bebê e como não posso ficar com ele foi necessário, essa carta chegará em você no dia que meu bebê completar 17 anos, e se você quiser me procure e eu irei te devolver as lembranças que tirei de você. Quero que até lá todo o mal que ameaça meu mundo tenha sido vencido e prometo te explicar tudo. Mais uma vez me perdoe,  com amor Lily."

Lilian guardou a carta e pegou outro pedaço de pergaminho escreveu agora para seu bebê, que crescia em sua barriga e que ela saberia que só teria conhecimento de sua existência quanto ficasse mais velho, mas ela queria que ele soubesse que sua mãe o amava. E por fim escreveu uma carta para Snape:

"Sev, quero começar te pedindo perdão por ter escondido isso de você, mas sabe tão bem quanto eu o quanto é perigoso que alguém saiba que você tem um filho, sua escolha em se tornar um comensal pode colocar o bebê em perigo, eu sei que ele será muito bem criado, pois escolhi sua mãe para isso, eu sinto tanto em ter que deixá-lo, mas é melhor para todos. Se você não ficar tão bravo comigo, nos sentamos e te explicarei tudo quando chegar o momento certo, não sabemos o que nos aguarda, mas tenho fé em Dumbledore e esperança que nosso mundo ficar livre de Voldemort. Mas enquanto esse dia não chega será melhor para este bebê não saber quem são seus pais, estamos de lados opostos agora Sev., mas acredito que ainda vive em você aquele garoto doce que me ensinou sobre nosso mundo, naquele garoto que me disse que eu era especial, eu sinto tanto não te amar da maneira que você merece, mas eu te amo Sev., te amo do meu jeito e acredito que ainda possamos nos entender. Com amor Lily."

Ela selou as três cartas e fez um encantamento, as cartas encontrariam seus donos no momento certo, Lilian limpou o rosto, se dando conta de que chorara, ela se deitou e passou a mão na barriga:

- Espero que quando você for grande possa me perdoar e saiba que te amo, sempre vou te amar.

Segredos de Lilian Where stories live. Discover now