| Me Apaixonei Pelo Meu Melhor Amigo |

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Rakell: Isso me arrepia, que saco.-ele riu.

Pedro: Eu só respirei no seu pescoço, tô morrendo de sono.-olhei pro relógio e era nove da noite.

Rakell: Amanhã você trabalha.-fiz uma carinha triste e ele se sentou na ponta da cama.

Pedro: Amanhã eu venho te ver, como todo dia.-riu fraco e me puxou fazendo eu ficar entre as pernas dele.

Rakell: Fica.-ele olhou.- Fica aqui comigo, tem roupa sua ai.-ele me abraçou.

Pedro: Eu fico, tem quase tudo meu aqui?.-eu ri concordando.- Por isso meu guarda roupa ta vazio lá em casa.

Rakell: Quando eu vou conhecer seus pais?.-ele me olhou surpreso.

Pedro: Minha família é problemática, não é atoa que eu na primeira oportunidade sair de casa.

Rakell: Sinto muito por isso.-me soltei dele.- Vai tomar seu banho pra dormir.

Pedro: Está bem.-ele levantou indo em direção a parte dele do quarto roupa e pegou, depois entrou no banheiro.

Desliguei as luzes do quarto e me deitei vendo a chuvinha cair, apenas a luz da rua tava entrando naquele cômodo.

Demorou alguns minutinhos e o Pedro saiu do banheiro, ele deitou na cama e abraçou me fazendo eu virar para ele.

Rakell: Você não me usou porque não ficou com a Marilu não né?.-ele me olhou indignado.

Pedro: Por que você tá perguntando isso? Tá parecendo que eu estou te usando?

Rakell: Não precisa ficar bravo.-ele se sentou e eu também.- Desculpas por perguntar isso.

Pedro: Não tô bravo pô, só fiquei tentando entender porque você disse isso.-ele passou a mão nos cabelos dele.- E não, eu não te usei pra esquecer a Marilu, se eu fizesse isso eu nem me olharei no espelho.-se deitou na novamente fechando os olhos

Rakell: Eu só andei pensando nisso também, é só um pouco de medo por causa dos outros ocorridos.

Pedro: Eu nunca iria fazer isso com você, o que eu sinto por você é real mesmo com pouco tempo, você não pode até acreditar mas eu confio nas minhas intuições pô, falha nunca.-me puxou pra deitar.

Rakell: Desculpas.-ele me deu um beijinho.

Pedro: Eu te entendo, passei por isso, relaxa.-me abraçou mais forte.

Acabou que ele dormiu escutando eu falar um monte de coisa, e logo em seguida também fui ficando com sono e adormeci rapidamente.

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Rakell: O que é Camille?.-olhei pra ele com uma cara de tédio.

Camille: Você nunca me escuta.-disse com sua voz enjoada e eu revirei os olhos.

Rakell: Se ouve com os ouvidos, não com os olhos.-me levantei da mesa e fui pra cozinha.- E não quero saber da sua briga com o papai, eu não moro mais lá.

Camille: Por que você está assim com ele?.-olhei pra ela sem entender e voltei a lavar os pratos.

Rakell: Por que ele me expulsou de lá e me chamou de bastarda?! Não sei como a mamãe conseguiu ser casar com um treco daquele.

Camille: A mamãe faz falta, devia viajar pra ver o túmulo dela.-respirei fundo.- Doze anos que ela se foi.-fiquei em silêncio.

Ela não disse mais nada e apenas saiu de casa, só de lembrar da mamãe já vem a vontade de chorar. Sai da cozinha, subi as escadas e andei até o quarto, sentei na cadeira e peguei minhas coisas pra estudar.

Tentando distrair pra não pensar na mamãe mas era impossível, larguei tudo na mesa e passei as mãos no cabelo e senti algumas lágrimas caindo, e desmanchei no choro.

Ouvi Pedro me chamando e eu nem tive forças pra responder, só queria chorar mais e mais. A porta se abriu e eu levantei o rosto limpando o mesmo e prendi meu cabelo.

Rakell: Desculpas amor.-funguei e sentei na cama.- Amanhã a mamãe vai fazer doze anos que faleceu e eu tentei me distrair pra não pensar nisso mas não conseguir.

Pedro: Vem cá.-abriu os braços e eu levantei indo até ele que me abraçou.- Ta tudo bem, vai ficar tudo bem.

Rakell: Você quer ir comigo?.-olhei pra ele.

Pedro: Claro meu bem, eu vou contigo.-eu sorri fraco.

Acabou que eu e ele ficou deitando na cama, ele ficou me consolando com a maior calma do mundo, falando com aquela voz doce e rouca dele, quando ele começou a fazer carinho em mim eu aproveitei pra tirar um cochilo.

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