Capítulo 08

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*Oi gente! Fico feliz de anunciar que, desde que saiu, As Três Irmãs tem permanecido nos rankings do wattpad! Eu não consigo acreditar que isso seja possível e agradeço muito a todos que leram. Espero que estejam gostando da história! A música de hoje para o capítulo é da minha fadinha celta <3 Boa Leitura! *

Nos dias que se seguiram à estada em Orian, enquanto a jovem fazia os últimos preparativos para a viagem que se seguiria até Baía Quebrada – comprando mais suprimentos, pegando quaisquer informações que soubesse sobre as irmãs – ela visitava a taverna e inquiria sobre o Borg.

Ele se chamava Björn, era uma mistura de urso e humano, e era o único Borg que trabalhava ali na cidade como serviçal. A maioria dos que viviam em Orian eram ferreiros, trabalhando diariamente nas forjas para produção desde armas a ferraduras de cavalos. Björn perdera a esposa para uma doença anos atrás, e vivia com sua filha na comunidade ao sul da cidade, mas a menina era muito doente.

Desde novo, a criatura fora marginalizada pelo seu povo; ele nascera muito pequeno e fraco, então seus pais e o Reino de Ogur o abandonaram para morrer na fronteira com Therissa. No entanto, Björn sobrevivera penosamente, sem aprender quaisquer técnicas de guerra ou o treinamento militar que era ensinado aos mais jovens em Balgarth, a capital borg ao norte. Ele escolhera o próprio nome em homenagem ao Deus da Guerra e das Batalhas, um borg que impressionara tanto os deuses com sua honradez e sabedoria que foi admitido no Salão Celestial para que pudesse aproveitar a vida após a morte e servir de exemplo para aqueles que ficaram no mundo plano. Agora adulto, a única coisa que ele sabia era usar sua força, e isso lhe causara muitos problemas pela cidade. Numa das vezes ele quebrou o pescoço de um elfo, e foi parar na cadeia. Por conta disso, Orian inteira se recusava a ajudá-lo, apenas o jogando de um lado para outro como um pedaço de pano velho e sujo. Aquele bar era o único lugar que ele conseguiu emprego.

A cada informação nova que Ravenna coletava sobre o Borg, mais enfurecida ela ficava com aquela cidade. Ele tinha uma filha doente, e nem mesmo sua comunidade parecia disposta a ajudá-lo. A menina definhava numa cama, e estava à beira da morte, não tinha nada a ser feito a não ser esperar pelo pior. No entanto, Björn diligentemente trabalhava e gastava toda sua renda em qualquer remédio que lhe era sugerido, numa louca e desesperada fé de que algum deles faria efeito na criança.

No seu último dia em Orian, a jovem encaminhou-se para a taverna novamente. O sol estava no seu ponto mais alto, e Björn estava do lado de fora limpando mesas. Ravenna encaminhou-se ao taberneiro e solicitou uma audiência com ele e a criatura. Intrigado e claramente divertindo-se com o jeito pomposo da jovem, o homem concedeu. Os três se fecharam no escritório do dono.

— Bem, senhorita, o que deseja? – respondeu o homem, obviamente ignorando a aura de autoridade e fúria que jorrava da moça.

— Eu gostaria que você demitisse esse Borg. – Björn imediatamente enrijeceu-se em seu assento, olhando-a com um misto de terror e ódio.

— E por que eu faria isso?

— Por que sua Majestade lhe ordena. – Ela sorriu graciosamente, mostrando uma fileira de dentes perfeitos. O homem se pôs a rir convulsivamente.

— Perdeu o juízo?! Deve ser uma louca varrida – ele gesticulou com a mão em direção à saída. – Vá logo antes que eu chame às autoridades!

— Que parte do "Majestade" você não entendeu? – Ravenna retirou o anel que levava no seu anelar e pousou na mesa de madeira da sala. Tratava-se de uma aliança de ouro branco, com intricados desenhos em seu entorno e uma pedra azul escura no topo. Dentro lia-se "Sua Majestade Real, Ravenna Firenze, rainha de Therissa" e a data de sua coroação. Toda rainha Therissiana possuiu um anel de coroação, até porque dificilmente andariam por aí com uma enorme e pesada coroa em suas cabeças. A peça era imbuída de magia, para que coubesse somente no dedo do verdadeiro soberano do reino. O taberneiro empalideceu consideravelmente.

As Três Irmãs #ContestLettersWhere stories live. Discover now