• Capítulo Um (Parte II) •

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Quanto tempo poderia ter passado desde a hora que Victoria descobrira o corpo de Christopher morto? Talvez horas ou até mesmo dias

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Quanto tempo poderia ter passado desde a hora que Victoria descobrira o corpo de Christopher morto? Talvez horas ou até mesmo dias. Ela não sabia. Só tinha a certeza de que algo estava muito errado quando uma detetive da polícia se sentou à sua frente e começou a questionar tudo sobre aquela noite de uma maneira estranha, como se a sentença final já tivesse sido dada.

As paredes cor de gelo daquela sala especial de interrogatório pareciam sufocá-la aos poucos. Victoria não sabia se era o café, ou se era o remédio que Darius havia lhe oferecido para que ela se sentisse melhor que estava causando aquele efeito.

— Quando foi a última vez que você encontrou com Christopher antes do casamento? — Detetive Morales, era uma policial séria e já tinha pegado os depoimentos de alguns familiares, porém não parecia cansada e nem perto de se sentir assim.

— A gente se viu no dia anterior ao casamento. — Victoria contou, se lembrando do encontro quente — em todos os sentidos da palavra — dos dois na sauna. — Nos encontramos na sauna, tínhamos prometido que nos veríamos apenas na hora do casamento depois daquele encontro.

— Tem provas disso?

— Ele me mandou mensagens de voz no celular. Disse que estava ansioso para nos tornarmos marido e mulher.

— A senhora sabe de alguém que poderia desejar a morte de Christopher? — Detetive Morales indagou.

— Não. — Victoria fungou antes de prosseguir. — Não consigo nem mesmo imaginar alguém que pudesse querer algo desse tipo. Christopher sempre foi um homem decente, íntegro e gentil. Uma pessoa extrovertida que chegava e fazia qualquer lugar se iluminar. Ele sempre teve o poder de acalmar, de trazer segurança e todos sempre o amaram.

— Tenho que discordar de você nesse último ponto, porque alguém não gostava tanto dele assim. — O comentário ácido da detetive não ajudava em nada na sua dor, mas ela não parecia se importar muito com aquilo.

— Eu não imagino quem possa ser. — Victoria enxugou uma lágrima que escapou de seus olhos.

— Tem certeza? — Morales questionou. — Roman Cavendish, o pai da vítima, deixou escapar que seu irmão Lucius Monroe não era alguém confiável.

— Meu irmão está morto, detetive. — Victoria explicou, deixando as palavras duras saírem de sua boca com um gosto amargo. — Ele se suicidou há dois meses.

— Logo após ir trabalhar para a Construtora Cross, a maior rival da Construtora Cavendish.

— Sim. — Victoria respirou fundo, porque tocar naquele assunto, nunca seria fácil. Porém, ela precisava salvar a reputação de seu irmão. — Lucius sempre teve a saúde psicológica abalada. Sofreu depressão após a morte de nossos pais, sofreu com o bullying por ser gay e só depois de adulto conseguiu viver bem, parecia ter saído do fundo do poço por onde ficara por tantos anos, mas há algum tempo ele voltou a se fechar. Essa proposta de trabalho que ele recebeu da Construtora Cross era tudo que ele sempre desejou a vida inteira, ter seu trabalho reconhecido porque ele era bom e não havia etiqueta nele por ele ser o garoto depressivo ou o garoto gay, ele era simplesmente o arquiteto Lucius Monroe e estava recebendo o mérito pelo seu bom trabalho.

Doce VenenoWhere stories live. Discover now