Chapter Thirty-One: My Blood

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"Pensar demais estraga tudo"

"Pensar demais estraga tudo"

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Maio de 1993

    Algo descomunal bateu no piso de pedra da Câmara, e Harry apertou seus olhos ainda mais. Sentiu-o trepidar — ele sabia o que estava acontecendo, sentia, podia quase ver a cobra gigantesca se desenrolando para fora da boca de Slytherin. Então ouviu a voz sibilante de Tom:

    - Olá, querida. Trouxe o jantar — a carcaça loira, não ele. Harry será a sobremesa.

    O som do basilisco rastejando na pedra quase fez Harry recuar, porém lutou contra seus instintos, usando os sentidos aprimorados que lhe foram dados com a adoção de Moony.

    Sua audição o fazia ter uma noção muito clara de onde a cobra estava, e as vibrações do chão tiravam as últimas dúvidas dele. Não via, mas aquilo podia ser muito mais útil, considerando o quanto a visão pode enganar.

    Por segurança, sua mão foi até o espelho quebrado no seu bolso no momento que a cobra deu o bote, um som de chicote se espalhando pela Câmara, então ossos quebrando. Harry se sentiu nauseado ao imaginar Lockhart, destroçado pelas presas e mandíbula feroz do basilisco.

    - Maravilhoso, querida. Muito bem. Agora, que tal brincar um pouco com o nosso convidado especial?

    Harry se manteve o mais imóvel possível enquanto sentia as vibrações se aproximarem de si. Uma respiração quente começava a incomodá-lo conforme chegava mais perto. Mesmo assim, torcia para que ela se aproximasse ainda mais.

    Tom estava longe, Harry sabia. Embora estivesse no controle da fera, ainda a temia — estava muito fraco para ataca-la. Por isso, ele esperava conseguir fazer o que planejava.

    Sentia o basilisco cada vez mais perto. Uma língua sibilando uma risada fez cócegas na sua bochecha.

    Seu corpo estava sendo envolvido. Harry se sentia claustrofóbico conforme o espaço ao seu redor diminuía, mas isso seria melhor, pois Tom não poderia vê-lo.

    Abriu seus olhos levemente, se deparando com o corpo enorme da cobra coberto por escamas tão grossas e resistentes quanto ferro. Sentia-se suar.

    - Olá - ele tentou sussurrar, sua voz saindo uma sequencia de assobios baixos. - Não me ataque.

    - Falante? - o basilisco sussurrou em resposta e Harry sentiu que sua cabeça se aproximava muito dele — mais do que seria confortável.

    - Sim, sou herdeiro do grande Salazar Slytherin. Uso as cores da sua casa - ele tentou apontar para as próprias vestes, mas um aperto da cobra impediu seus movimentos. Suava frio.

    - Tom tem herdeiros?

    - Sou de uma linhagem paralela, porém com magia negra o suficiente para desenvolver a habilidade.

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