Prólogo

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     Assim que sinto o primeiro raiar de sol, olho pela janela que até hoje não entendo o porque de ser tão grande e com detalhes em ouro, ao qual pela minha humilde opinião ao qual não foi pedida, era um grande desperdício em coisa uma coisa tão desnecessária, apesar que não tinha o porque de reclamar de todo aquele ouro quando  me pertencia, pelo menos não ainda.

     Meus olhos ainda estão tentando se acostumar com a claridade que entra pela janela assim percebo que aquele homem não está mais ao meu lado, faço uma varredura pelo quarto mas não identifico seu corpo em local nenhuma e mal tinha amanhecido.

Vejo quando uma das criadas entram pelo quarto e hoje não era meu dia de sorte, pois a criada que veio ao meu apoio não era de longe uma das minhas preferidas, entretanto era apenas por preferência já que a mesma fazia seu trabalho com exímia perfeição.

- Bom dia, vossa graça - com todo respeito que se podia adquirir a mim - lhe ajudo no banho?

Eu não era uma pessoa tão sociável pela manhã, muitas pessoas sabiam desse fato, pois nunca deixei de esconder meu mal humor pela manhã mas nunca fui uma pessoa mal educada, sempre mantenho o decoro desse local ao qual tive que me acostumar.

- Não, alguém mandou alguma carta para mim? - pergunto na esperança de que meu irmão tenha me escrito pois minha preocupação com ele já ultrapassou todas as medidas possíveis

- Não, senhorita. - eu gostava do fato das respostas aqui serem tão simples e objetivas - mas tenho notícias da guerra

Me levanto com curiosidade esbanjando pelo olhar pois era notável o quanto eu estava nervosa com aquela guerra, pelo fato de que uma das pessoas que mais amo estar envolvida e ainda mais como capitão ao qual deixa sua cabeça ainda mais saborosa aos olhos do inimigo.

- Pode me contar, Joana - amarro meu cabelo em um coque mal feito vendo que precisaria passar por mais uma sessão longa de embelezamento até que pudesse ir comer algo

- O reino de Odisséia perdeu seu comandante e estamos mais perto da vitória desta guerra que já entra em quase um ano - vejo o desgosto em seu rosto mas fico aliviada em saber que está dando tudo certo por enquanto

O povo não está feliz com essa guerra, nenhum dos nobres estão, pois quanto mais essa guerra se estende mais a economia do reino está caindo, os magos que já eram escassos estavam lutando contra outros de um reino que consideravelmente tem um apoio de magia maior que o nosso então estávamos perdendo consideravelmente uma fonte de segurança muito grande para o reino, e também população pois quanto mais mandavamos homens para guerra, mais homens tinhamos que recrutar, muito jovens que mal tinha chegado aos 15, estava uma situação terrível.

- Preciso que me banhe, e me arrume. Irei ver sua majestade - me levanto sentindo meu corpo totalmente nu mas Joana continua com todo seu decoro apenas confirmando com a cabeça

Me enrolo no lençol que estava solto enquanto me vejo pelo espelho e sempre ficava impressionada com a beleza deste corpo que me pertence, cabelos loiros na altura na bunda, olhos azuis que pareciam jóias, não posso dizer que meu corpo era um espetáculo mas tinha um pouco de tudo então estava na média, pois aqui o que mais importa é algo que eu tenho : STATUS

Meu nome é Maybell Regis, primeira e única filha da segunda maior casa ducal do Império de Dazzo, meu pai não era um exímio cavaleiro, nem de longe entretanto seu poder de liderança sempre foi ótimo e seu olhar para negócios também fazendo com que nossa família fosse a segunda mais rica do reino, perdendo apenas para a família real, ou seja, eu era o melhor partido para um casamento quando não se tinha uma princesa no reino, sendo assim uma ótima candidata para qualquer homem desse reino.

Minha família é formada por meu pai, o duque Regis, meu irmão mais velho que é o capitão do exército real e o herdeiro do ducado : Maxiliam e meu irmão do meio que era um gênio da academia e também de pegar mulheres algo que deixava meu pai extremamente raivoso, Michael. Ou seja, eramos em quatro, pois minha mãe morreu de uma grande epidemia que ocorreu no reino quando eu ainda era muito nova, por isso fui criada pelos meus irmãos, já que papai sem nossa mãe se viu perdido e sem saber o que fazer com os três filhos que tinha.

- Vossa graça, que roupa deseja usar? - nunca gostei que escolhessem minha roupa e sempre faço questão de andar o mais confortável possível entretanto sem causar tanto escândalo na sociedade

Assim pego um vestido branco com um tecido nada transparente que me deixava muito bonita, e uma grande notícia é que não havia necessidade de usar o espartilho que eu tanto abominava, afinal de contas isso já deveria ter sido extinto pois minhas costelas não aguentam isso, apenas faço a honra de usá-lo em banquetes reais.

Mostro o vestido para Joana que apenas concorda enquanto termina de organizar meu cabelo, ao qual pretendia deixar solto com minhas ondulações amostra, pois se tinha uma coisa ao qual mantinha meu orgulho intacto era a beleza dos cabelos de ouro que havia herdado de mamãe.

- Pronto, vossa graça - Joana se afasta para que possa me olhar no espelho e estava tudo perfeito

- Chame Sir Felix, avise-o que vou para a oficina de vossa majestade e que ele será minha escolta, necessito ir ao ducado 

- Vou chamar uma criada para lhe acompanhar - nego com a cabeça

- Não se faz necessário, posso ir até a oficina de vossa majestade sozinha, apenas faça o que lhe mandei - me encara por alguns segundos porém concorda saindo do meu quarto

Dou mais uma olhada no espelho e saio de meu quarto, olho para o corredor que está vazio apenas com os guardas que permanecem em silêncio enquanto eu caminho, ninguém tem a coragem necessária para se quer olhar para mim quando sabe quem é o homem que obtém meu coração e à quem eu pertenço.

Logo chego aquelas enormes portas vendo o secretário saindo por elas, quando me ver faz uma reverência.

- Sua majestade estava querendo saber se vossa graça já tinha acordado - dou um meio sorriso amistoso ao secretário que também é um amigo de longa data

Conde Tyrus, o homem mais próximo de sua majestade e que obtém sua maior confiança, algo extremamente difícil de se obter.

- Irei entrar imediatamente, mande um pouco de chá e biscoitos - apenas concorda levemente com sua cabeça enquanto eu passo por ele

O guarda-roupa parado de um dos lados da porta, abre a porta para mim quando logo entra emeu campo de visão o homem mais bonito e poderoso deste império : Claude Le Blan d' Dazzo - O XV Imperador do Império de Dazzo

Assim que ele levanta o olhar e com ele um belo sorriso brota em seus lábios enquanto as portas atrás de mim se fecham. Encaro aquele homem ao qual tinha entregado minha vida e vejo ele se levantando vindo até mim e logo meus lábios são tomados e sinto sua língua pedindo espaço para adentrar e me derreter em um mísero beijo.

- Estava preocupado achando que não acordarias mais - bota uma distância nada considerável entre nós dois - Estas a coisa mais linda neste vestido - lhe entrego meu melhor sorriso

Quem vê desta forma acha que foi simples receber no mínimo um elogio deste homem, a história começa há alguns anos atrás quando descobri que meu nome era o mais falado para ser a mãe do império, para ser a mulher deste homem e imperatriz deste império.

Amada do ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora