Amada do Imperador

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Meus irmãos tinham saído e eu estava mais uma vez sozinha, nunca fui de ter muitos amigos pois as mulheres de círculos sociais não são as pessoas mais amáveis do mundo e eu sempre pretendo ter uma distância disso há menos que seja extremamente necessário. Então eu compareço há algumas festas de chás e bailes reais; mesmo que eu seja alguém relativamente inativa nos círculos sociais nunca fui alguém que não seja falada, afinal de contas como nosso império não tem princesa e nem imperatriz, sou a mulher mais respeitável do reino.

Termino minha segunda xícara de chá quando vejo o mordomo entrando na biblioteca, Frederick era nosso mordomo desde que eu possa me lembrar, sempre centrado e correto. Ele devia ter a idade de nosso pai mas podia se ver o quanto foi bonito na sua juventude pelos traços que continha em seu rosto.

- Senhorita, temos uma visita - bufei com a falta de cortesia da tal visita pois não havia ninguém para hoje e é uma norma clássica de etiqueta

- Poderia dizer que nenhum de meus irmãos está, não estou com a mínima pacatez para isso - eu odeio socializar

- Entretanto a pessoa em questão veio falar com a senhorita - encaro ele - É a duquesa de Blumenau.

Fecho o livro que estava lendo e me levanto quase que instantaneamente para recebê-la contanto ainda achando uma falta de educação a falta de aviso com antecedência, mas como ela é uma pessoa importante ao qual me importo decido ver o que lhe traz aqui.

- Peça para trazerem um chá, Joana - aviso enquanto estou indo em direção há saída e vejo Frederick me acompanhando

Saímos da sala e vamos para sala de convidados que ficava relativamente longe da biblioteca, então vamos caminhando em silêncio afinal de contas não tinha conversas o suficiente com Frederick, na verdade acho que não tinha conversa com muitas pessoas há não ser meus queridos irmãos onde me sentia livre para ser eu mesma, sem julgamentos.

Assim que entro na sala recebo uma reverência da mesma, e devolvo-a. Me sento no sofá a sua frente enquanto vejo duas criadas organizando o chá na mesa em nossa frente.

- O que devo a honra de sua visita tão inesperada, duquesa? - pergunto enquanto pego uma xícara de chá

- Vim para lhe entregar o convite de minha festa do chá, a senhorita é uma pessoa difícil de convencer então achei que não teria o descaso de ignorar se me visse em pessoa para tal convite - apenas sorrio pois era inacreditável como ela me conhecia

Mas eu sempre vou para suas festas, acho que nunca declinei nenhum tipo de convite seu afinal de contas ela era famosa pelas suas belas festas de chá e eu como uma boa apreciadora dos doces e chás servidos ia com gosto.

- Não precisava disso, pois nunca teria tamanha audácia de lhe declinar qualquer convite feito por vosssa graça - um sorriso divertido aparece em seu rosto e ela leva a xícara de chá aos seus lábios

- Creio que vim mais por curiosidade de saber como estas? - a ternura em seu olhar mostra o quanto se importa comigo

Aprendi muitas coisas com a Duquesa Carlota L' Blumenau, minha etiqueta social foi ela quem me educou pois mamãe já havia morrido; A duquesa era uma das melhores amigas de minha mãe, as duas vinheram de famílias de Marqueses então sempre foram amigas.

- Estou bem, apenas estava envolvida em outros assuntos nestes dias, perdão pela falta de notícias - encaro seu rosto vendo seus cabelos negros presos num penteado deixando seu rosto bem visível onde já se tinha algumas marcas de sua idade, mesmo sabendo que ela nunca admitiria sua verdadeira idade e eu nunca perguntaria afinal sou uma dama

Mas ela mantinha sua beleza com seu cabelo negros que tinha um pouco mais que a altura de seu ombro, com seus olhos cor de mel e sua cintura ao qual eu detinha inveja toda vez que a via, mas todos sabem que sua melhor qualidade ia além de sua beleza, sua lealdade para aqueles que amava, ela era mãe de quatro rapazes algo que eu lamentava profundamente pois se ela tivesse uma moça eu teria uma amiga.

- Como estão seus filhos, duquesa? - vejo passar a mão em alguns fios de seu cabelo

- Aqueles só me fazer perder os estribos quando os vejo, meu mais velho deveria estar procurando uma moça para me dar netos mas invés disso continua na academia, sem ao menos vim em casa para visitar sua velha mãe, a única coisa que recebo é sua carta a cada 3 dias - bufa e sinto seu desapontamento notável com Cristóvão - Não quer o título de Duquesa, May? - dou uma gargalhada

- Está me oferecendo seu título? - olho para a mesma com um olhar divertido no rosto

- Meu filho pode ser um ingrato com sua mãe mas creio que eduquei-o muito bem. Garanto que será um belo partido e sua beleza não é menos que a de seus irmãos - encaro ela ainda com um sorriso no rosto e ela tinha razão, Cris era um ótimo partido e sua beleza também era descomunal - E somos ricos - explodi numa risada

- Creio que mesmo que não fossem, meus irmão não dariam um dote pequeno - ela confirma com a cabeça

- Pense bem sobre, seria um ótimo casamento - terminando seu chá e repousando a xícara sobre a mesa vejo-a se levantar - Necessito ir por agora, mas espero você em minha festa para julgarmos meus outros três filhos ingratos - dou uma risada leve

- Com certeza comparecerei - dou um abraço na mesma que me aceita de braços abertos

- Não suma, realmente gosto de conversar com você; és a filha que me faltou - ela dá um beijo em minha cabeça

- Irei sempre manter contato, até breve - ela sai acompanhada de sua criada e escolta que estava na frente da sala

Acompanho-a até sua carruagem que está na entrada da mansão, e eu realmente amava suas visitas e conversas pois ela conseguia me fazer falar com sua leveza, acredito que ela sempre vem aqui para matar a saudade de minha mãe já que meus irmãos dizem que sou sua cópia exata e pelas pinturas que estão espalhadas pela casa, realmente sinto que serei ela, quando mais estiver mais velha.

- Onde está Joana? - pergunto a Frederick assim que volto a entrar na mansão

- Creio que está ocupada, necessita dela? - nego com a cabeça - irei providenciar outra donzela para lhe acompanhar, milady