I just wanna be yours

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Remus queria poder pensar racionalmente naquele momento, mas ficava mais difícil conforme os lábios quentes de Sirius desciam por cada parte já desnuda de seu corpo. Queria poder dizer que não queria aquilo, mas que mentira descabida seria! Por deus, como queria aquilo, exatamente daquele jeito. A forma como sonhou com os toques afoitos e firmes de Sirius invadiam seus pensamentos e deixavam sua pele ainda mais sensível.

Sirius Black estava exatamente onde queria estar, provando não só a Remus, mas também a si mesmo que ainda pertenciam um ao outro da mesma forma como na primeira vez em que se tocaram. Nada mais importava além deles e daquele quarto de paredes finas e cafonas.

Os dedos de Remus puxavam os fios negros e longos dos cabelos de Sirius como se isso fosse aliviar a tensão que sentia, como se fosse impedir os gemidos que se formavam em sua garganta de sairem arrastados pela voz rouca. Mas não impediram, o que fez o sorriso ladino de Sirius aparecer em meio ao que fazia para causá-los. E aquele rosto atrevido era o que Remus mais queria ver, era o que fazia as batidas de seu coração parecerem tão erradas.

— Sirius — ele disse, com menos firmeza do que queria —, não deveríamos fazer isso... não hoje.

Sirius se afastou apenas o suficiente para encarar o rosto corado de Remus.

— Eu posso parar — respondeu —, se você quiser.

Lá estava ele, de novo, deixando a decisão nas mãos de Remus. Cujos olhos diziam exatamente o contrário de suas palavras.

— Quer que eu pare, Remus? — perguntou.

Lupin engoliu seco, sentindo o corpo todo protestar àquela pausa.

Não — respondeu enfim, enquanto sua mente gritava: "foda-se!"

Sirius então não parou, nem por um segundo. Aproveitando cada minuto daquela pequena madrugada, tirando de Remus seus melhores gemidos, seu nome sendo sussurrado com tamanha necessidade que ele faria qualquer coisa por Lupin naquela noite. Mas Remus só queria ser dele, no mais puro e simples sentido da palavra.

Quando o sol estava nascendo, horas depois, e Remus repousava cansado sobre o peito de Sirius, não havia dúvidas de que ele pertencia. Suas amarras caiam por terra aos poucos, suas barreiras derretiam sobre a pele dele e o amor que ele achou poder esquecer um dia, estava ali, gritando, estourando seu peito e exigindo seu espaço de volta.

[...]

O alarme do celular de Remus não parava de tocar há mais de quinze minutos quando ele finalmente abriu os olhos. O sol já iluminava toda a cama e por um segundo ele se esqueceu de tudo, sua mente estava confusa pelo sono e ao olhar para o horário, sentiu o solavanco das lembranças lhe atingir. Era o dia do casamento, ele estava atrasado e... ao seu lado, coberto pelo lençol branco e com os cabelos bagunçados, estava Sirius Black.

— Porra... — remungou consigo.

Não havia tempo para processar tudo naquele momento, precisava estar apresentável em meia hora. E Sirius também.

— Acorda — disse, cutucando a pele do Black como se não pudesse tocá-lo propriamente sem entrar em combustão. — Sirius, acorda!

Sirius resmungou algo antes de enfim se mexer, parecendo tão alheio à situação quanto ele estava há poucos segundos.

— O que foi? — perguntou, em sua voz sonolenta que causava arrepios invasivos em Remus.

— Nossos amigos vão se casar, e nós estamos atrasados!

Só então Sirius se deu conta. Mas, ao contrário de Remus, ele apenas sorriu, satisfeito com o que sua mente lhe mostrava.

— Ah, é verdade. Não temos nem cinco minutinhos? — perguntou, estendendo a mão em busca de Remus, como se quisesse puxá-lo de volta para a cama.

About Time | WOLFSTARWhere stories live. Discover now