02: Acting and victim

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A conversa que Heeseung teve com Sunghoon foi agradável, por incrível que pareça! Tirando alguns momentos em que Park se negava a responder algumas perguntas, o diálogo foi melhor do que o esperado. Entretanto, a pergunta mais importante que ele fizera não havia sido respondida; onde Park Sunghoon estava no dia do ocorrido?

De qualquer forma, Lee Heeseung descobriria facilmente caso realmente ele se empenhar-se para isso.

O próximo passo era voltar a cena do crime mais uma vez e procurar por dna ou algo que fosse contribuir com a investigação. Até agora, só se sabe que a arma usada no crime é uma faca. O objeto só tinha digitais de Sunwoo e Jungwon e os investigadores deduziram que ambos tentaram se defender do assassino.

Foi constatado que Yang Jungwon levou quatro facadas; uma perfurou o seu estômago, e as outras duas foram um pouco acima do seu pulmão, causando hemorragia e o rompimento das artérias pulmonares ligadas ao coração. Através de um método denominado Algor Mortis, ㅡ uma maneira que possibilita a perícia descobrir há quanto tempo o indivíduo está morto usando a equação de Glaister ㅡ foi confirmado que Jungwon faleceu às três horas da madrugada. Kim Sunwoo levou apenas uma facada no peito que foi fatal. O rapaz morreu praticamente no mesmo horário que o Yang.

Chegando na cena do crime, Heeseung observou que as manchas de sangue estavam sumindo rapidamente, já que o local era aberto e por conta disso, era quase impossível preservar o lugar. Se é que tinham algo para preservar pois as únicas coisas que jaziam ali eram marcas de sangue.

ㅡ Procurando agulha em um palheiro, Lee? ㅡ Heeseung se virou, dando de cara com Hwang Yeji, uma jornalista cara de pau que o infernizava desde o início das investigações.

ㅡ O que faz aqui, Hwang? ㅡ Perguntou, obviamente incomodado com a presença da mulher. ㅡ Deixe-me adivinhar... Veio para acabar com o pouco de paciência que me resta?

ㅡ Me poupe dos seus deboches! Vim tirar algumas fotos do local para o jornal. Irei lucrar bastante com essa matéria, visto que será sobre a irresponsabilidade da sua equipe. Creio que até agora não houve nenhum avanço sobre o caso Street 419.

ㅡ Se é tão fácil assim, por que não investiga você? ㅡ O Lee revirou os olhos, voltando a procurar pistas.

ㅡ Esse é o seu trabalho, não o meu.

Sorriu sem mostrar os dentes. Tirou algumas fotos do local do crime e voltou a encarar o detetive Lee.

ㅡ Basicamente o seu trabalho é apurar investigações e apresentação de notícias de interesse público, certo? É quase a mesma coisa.

ㅡ Sabe o que é de interesse público? Os avanços da investigação do caso Street 419. A cidade inteira anda preocupada com medo de ser um assassino em série, sabia?

ㅡ Já terminou de me dizer o óbvio? Se sim, poderia deixar eu fazer o meu trabalho em paz? Me sentiria eternamente grato a ti por isso.

Yeji não falou nada. Apenas saiu do local com um sorriso de satisfação. Aliás, irritar Heeseung era um de seus hobbies favoritos. E bom, ela realmente tinha conseguido acabar com o resto de paciência que ele ainda tinha.

ㅡ Odeio essa mulher. ㅡ Murmurou o Lee.

(...)


Os encarregados do caso Street 419 estavam reunidos na sala de reuniões mais uma vez. O sínodo foi convocado pelo delegado Park Jongseong, e todos já sabiam que o assunto não seria algo tão fácil de lidar.

ㅡ Boa tarde. ㅡ Ninguém respondeu. Apenas se curvaram mostrando respeito. Menos Lee Heeseung. ㅡ Gostaria de saber se o caso street 419 teve algum avanço... Mesmo sabendo a resposta de vocês.

Street 419 - ENHYPENWhere stories live. Discover now