Capítulo 4 - A aventura começa

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Saio correndo do salão de baile e deixo o meu pai lá falando sozinho. Enquanto isso, os convidados do baile saem correndo do castelo às pressas, com medo de que pudesse acontecer algo com eles. Na saída do salão, a caminho do meu quarto, encontrei alguns criados e pedi a eles para que chamassem os outros para me encontrar na cozinha do palácio, pois tinha um aviso importante a fazer.

No meu quarto, vesti a minha "roupa de guerreira" atualizada, porque depois dos 12 anos, agora eu tinha crescido, o bom que essa roupa não era muito exibida, como uma armadura dos cavaleiros reais, por exemplo, então poderia me misturar perfeitamente entre as pessoas, sem ser percebida.

Fora do meu quarto, andando pelos corredores escuros pela noite e levemente aceso pelas velas, fui caminhando até a cozinha, encapuzada.

— Com licença? Posso ajudar?

Para a minha surpresa, um cavaleiro apareceu. Rapidamente antes que ele percebesse, me inclinei, tentando não mostrar o meu rosto, e como se fosse uma velha corcunda, e falei com uma voz seca, como se fosse uma idosa.

Oh meu querido, e-eu estava q-querendo ir até a-a cozinha, pois o chefe nos chamou p-para uma reunião...

E fui andando lentamente, seguindo o meu caminho... Mas ele ainda estava me observando.

— Realmente não quer ajuda senhora?

Oh m-meu jovem! Não tens coisas a-a fazer? Então as faça, d-deixe-me aqui, sou uma boa garota, p-posso me virar sozinha.

— Tudo bem, então, tenha uma ótima noite.

Quando me certifiquei que ele foi embora, me alonguei novamente para a minha posição original, eu já estava dolorida, interpretar um personagem desses é difícil.

Sai correndo em direção à porta da cozinha, a abri, nem vendo que tinha dentro, e a fechei cuidadosamente. Virei-me na direção do centro da cozinha e me deparei um uma multidão de pessoas, eram mesmo muitas pessoas que trabalham no nosso palácio. Todos me olham, com seus olhos curiosos e assustados, eles não me reconheceram direito. Eis que uma das criadas que havia encontrado mais cedo para falar para todos os outros, lembro-me que se chamava Júlia, veio até mim, e disse:

— Olá majestade, a suas ordens!

Em seguida, todos os outros empregados e criados, se curvaram para mim e repetiram:

— A suas ordens majestade!

— Ok, peço que todos fiquem quietos e prestem atenção no que vou dizer, e por favor, agir reservadamente agora é desnecessário, sem ofensa.

Todos permanecem quietos, agora não mais se curvando para mim.

— Agora, peço-lhes que vão para suas casas. Se há alguma coisa na porta de entrada de vocês, tapete, pedaço de madeira, ou piso, tirem qualquer coisa diante da porta por dentro. No subsolo de todo esse reino, há locais que podem ser completamente resididos. Suspeitamos que tenha um ataque sobre o reino, desejo-lhes a segurança. Mas não se preocupem, vocês estarão seguros. Quando alguém ou mais de um alguém aparecer e/ou tentar invadir/atacar, haverá algo na "caverna" de vocês algo parecido com uma balança, sei que vocês irão descobrir como funciona, que irá definir a quantidade de pessoas que estarão entrando na moradia de vocês. Quando chegar ao vermelho vocês irão evacuar imediatamente. E não se preocupe a qual local irão agora, vão descobrir na hora. Preparem as suas coisas, e desejo-lhes sorte!

— Por suas ordens majestade! — Todos falam.

— Ah, por favor, não me chame de majestade! Repetindo... Não é a hora para essas formalidades, só me chamem de... Grace, me chame de Grace!

— A seu comando, Grace! — Todos falam outra vez.

Enquanto todos saem pelos fundos silenciosamente em direção à sala dos empregados e criados, que dá um acesso à saída do castelo, me direciono ao estábulo para poder procurar mais a fundo o que há de acontecer.

Não é sobre a carta que me deixou excitada a procurar, e sim o que veio antes. Essa carta desse tal de "B" só foi a cereja do bolo.

Saio cavalgando floresta adentro, e num momento, tudo parecia quieto demais.

Parei de cavalgar, desci do cavalo, escutei sons em meio à mata. Logo foi aparecendo um por um, cada máscara colorida por cada máscara colorida, cada lança por cada lança. Um deles mais próximo a mim fincou a lança no chão e começou a estalar os dedos, nesse momento eu já havia entendido. Bati duas vezes às mãos perto do rosto, não são palmas, pois as minhas palmas "estavam ocas", em seguida alonguei os dedos e os estalei uma vez, assim eles iriam me entender. Logo, todos apareceram e fincaram suas lanças no chão, abaixaram seus rostos e retiraram suas máscaras, eram mesmo que eu estava imaginando, indígenas da fronteira.

— Quem vem lá? — Diz um deles.

— Como sabe nosso sinal de confiança? — Indaga outro.

— Porque ela é nossa amiga. — Diz uma indígena, começando a retirar a sua máscara.

— Mas ela é da cidade! — Diz mais outro.

— E daí? Ela é confiável! — Diz ela, e já estou a reconhecendo...

— Scarlett? — Pergunto.

— Angel! — Diz ela.

— Nossa! Como você está diferente desde a última vez que a gente se viu! — Digo.

— Sim! Você também Angel, aliás, está até mais bonita! Se você já fosse da nossa tribo, acho que todos os rapazes iriam falar em você!

— Haha, não precisava de tudo isso! Mas obrigada!

— De nada... E então, o que a traz até nós?

— Preciso da ajuda de vocês, e rápido!

— Ajudamos com todo o prazer! Vamos rapazes! Vamos fazer uma boa recepção para a nossa visitante!

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