Um mauricinho namorando Jung Hoseok.

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As semanas passaram com rapidez. O mês de novembro havia chegado e assim o outono também, com os dias conhecidos por causa do frio e da paisagem alaranjada, com folhas caindo no chão e manchando as calçadas da cidade. O outono era muito bonito, por mais que vez ou outra a mãe natureza o fizesse parecer com um inverno ou verão.

As coisas continuavam na mesma mesmice, a única diferença era que os estudantes do colegial teriam férias e passariam dois meses em casa, diferente daqueles que frequentavam universidade e que faziam algum cursinho, que tinham poucos dias de recesso.

No entanto, Taehyung não queria que aquela virada de ano ficasse em branco. Ele queria algo a mais, algo que fosse especial. Ele queria não ter que passar o seu aniversário, que era dia trinta de dezembro, em uma festa, bebendo até cair e acordando no dia seguinte com uma ressaca.

Aquela época já tinha passado. Agora era alguém maduro. Agora era alguém que tinha Jung Hoseok. Por isso, se encontrava na sala de estar dele, por volta de vinte e uma horas da noite, olhando para Jungkook, Minho e Jeongin sentados no sofá oposto a sua poltrona.

Taehyung estava na casa naquele horário devido a Hoseok estar trabalhando. Ou seja, ele não estava em casa. Ele não estava por perto. E era isso o que Taehyung queria naquele momento.

— Eu vim pedir a mão do Hoseok.

— Você o quê? — Jungkook franziu o cenho, não entendendo o que o mauricinho queria dizer. O rapaz bocejou alto, piscando de sono. Tinha acabado de chegar do trabalho e foi recebido com aquela surpresa, afinal. — Como assim?

— Eu quero namorar o Hoseok.

— Namorar o papai? — Jeongin ergueu uma sobrancelha, confuso.

— Sim.

— O que a gente tem a ver com isso? — Jungkook perguntou.

— Bem, vocês são a família dele. Eu queria saber se aprovam.

— Se o Hoseok quiser, então, tudo bem. — Jungkook deu de ombros. — O que vocês acham?

— Você vai ser o meu papai? — Jeongin gritou, arregalando os olhos e pulando do sofá, começando a seguir em direção à Taehyung. O pequeno, cheio de energia, balançou as pernas do mais velho. — Papai, papai, papai!

Taehyung ficou constrangido.

— Para, menino!

— Papai, papai!

— Sem "papai" por enquanto.

— O quê? Por quê?

— Eu ainda tenho que pedir o seu pai em namoro, a gente ainda precisa casar.

— "Casar"?

Taehyung assentiu com a cabeça, pegando Jeongin no colo.

— E o seu pai ainda precisa aceitar o meu pedido.

— Eu vou falar com ele, titio Tae!

— O quê? Não! — Negou. — Eu falo com ele.

— E se ele não aceitar? Eu acho que ele não vai aceitar, não, viu, tio...

— Eu aprovo — Minho disse antes que Taehyung pudesse falar algo para Jeongin. — Eu aprovo você namorar com o meu irmão. Mas se você fizer alguma merda para ele, eu te mato! E você tem que me dar um celular novo! — Viu Taehyung assentir.

— Sem palavrão, tio Minho!

— Vem, Jeongin, a gente vai dormir. — Minho ficou em pé e pegou o sobrinho no colo. — Eu te mato — sussurrou para Taehyung antes de ir para o quarto. — E quando vocês casarem, eu vou morar com vocês e também quero o maior quarto da mansão! — Sumiu pelos corredores.

Universitário estranho.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora