Capítulo 24 (Novo)

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Não me perguntem o que houve com o capítulo, porque não faço ideia. Para mim, ele aparecia normalmente. Bem, de qualquer forma, ai está ele. Espero que apareça.




CAPÍTULO 24 - SERÁ QUE DEVO?


Florence sentia que seus pensamentos, pela primeira vez na vida, haviam congelado dentro de sua cabeça escura e confusa. As palavras, oh, as palavras, pareciam ter corrido dela como as pessoas correm da chuva.

Ela tremia. Mas não sentia frio.

-Isso não é meu, diretora – assegurou, meio assustada, meio convicta. Foi assombroso.

-Sem dúvida que não é – concordou Minerva, mas ainda continuou com o mesmo olhar frio e duro – É um bem da escola. Há um símbolo de nosso colégio costurado na parte de dentro.

-E pelos restos de terra e pequenas folhas misturadas ao sangue duro, posso garantir que permaneceu no terreno de Cinzenta – Joel completou – Talvez tenha dado um passeio pelo bosque onde Deborah Smith foi encontrada morta. Mas apenas talvez.

-Eu sei bem o que está insinuando, mas não é meu e nem mesmo a usei – Florence repetiu.

-Então, poderia, por favor, me dizer como isso foi parar em suas coisas, senhorita? – Minerva arqueou as sobrancelhas, provocando sua vítima por uma confissão.

-Eu não faço ideia – respondeu, mesmo querendo gritar o que realmente achava. ''Melissa, diretora, é Melissa''. Mas a irmã deveria estar morta. Ninguém acreditaria.

-Ah, pois deveria – a mulher falou – Porque encontramos no seu armário na inspeção surpresa.

-Eu não sei... Não sei o que dizer.

-Oh, isso é uma surpresa. Quando poderemos escutar isso novamente?

-Acho que alguém está tentando me incriminar.

-Por que fariam isso?

-Todas as coisas, tudo que acontece de ruim nessa droga de escola...

-Olha a boca, Florence Willis!

-Que acontece nesse maravilho centro educacional – continuou – Apontam para mim. Mesmo eu não estando envolvida – acrescentou por último, para deixar bem claro.

-Acreditamos que essa afirmação é falsa e você está envolvida... – Joel começou.

-Não estou! – Florence interrompeu, agora raivosa – Se querem saber nem sei o porquê de eu estar aqui. Não podem me colocar na cena de um crime só por acharem uma bota no meu armário.

-Podemos sim, senhorita – ele rebateu, com um olhar fixo nela. Florence quis enforca-lo ali mesmo. E depois quis enforcar a si mesma por pensar isso para Joel. Sem dúvida ele era uma boa pessoa, só estava agindo assim porque parecia decepcionado o bastante com ela – Podemos leva-la imediatamente para o Julgamento da Ordem e Paz do Conselho Superior. Acredito...

-Não faço ideia como funciona esse Julgamento-do-sei-lá-o-que, mas acredito que não poderão me levar – Florence cruzou os braços – Posso alegar que alguém está jogando sujo para o meu lado e vocês não poderão bater isso. A verdade, meu caro, é imbatível.

-Chega disso! – Minerva gritou, furiosa – Eu acredito que temos o queríamos, senhor. E não quero ver Florence repetir a mesma coisa pelo resto da noite. – ela fitou a garota – Você pode sair agora, Florence Willis, mas quero que saiba que se a senhorita estiver envolvida em alguma coisa ruim para essa escola, expulsão é o menor dos seus problemas.

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