capítulo 2

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Os dias se passaram e Bruno a todo custo tentava se afastar de Ruth. Na escola falava com ela apenas na chegada e saída, na hora do intervalo sempre arrumava uma desculpa e saia deixando ela e Leo sozinhos, não foi mais a casa dela e ele já estava pensando seriamente em arrumar um emprego pois as desculpas estavam acabando, na igreja os dois se cumprimentavam e as vezes quando não tinha como fugir eles ficavam conversando juntamente com Leo.

Dois meses se passaram e Ruth já estava pirando. Ela tentava entender o porquê da mudança repentina de Bruno com ela, já havia tentado falar com ele mas ele sempre fugia.

- Estou cansada disso! - ela se levanta de sua cama - Vou até lá... - ela calça as suas chinelas e desce.

- Vai aonde filha? - sua mãe pergunta secando as mãos no pano de prato.

- Vou na casa do Bruno! Se ele não vem até mim, eu vou até ele. - ela dá um beijo na bochecha de sua mãe e sai.

Ela anda apressada pela calçada e quando estava quase chegando olha para a pracinha que ficava em frente a casa de Bruno e o vê sentado entre as árvores.

- Bruno! - ela o chama e ele olha para trás.

- Ruth! - ela se aproxima sentando ao lado dele.

- Por que você está fugindo de mim? - ela pergunta o olhando.

- Eu não estou fugindo de ninguém. - ele continua olhando firme em direção ao lago.

- Não? Tem certeza disso? - ela questiona com incredulidade - Então me explica como você sempre está ocupado quando te convido pra tomar sorvete ou jogar conversa fora? Que tanto de livro é esse que você lê na biblioteca? Por que raios você não me fala o que está acontecendo?

- Não está acontecendo nada! - ele se levanta - Você está vendo coisa aonde não tem. - ele começa a andar em direção a sua casa, mais ela segura em seu braço.

- Se você não quer mais ser meu amigo fala de uma vez... - ela diz com lagrimas nos olhos. Ele olha para a mão dela e em seguida para seu rosto e seu coração dói no peito.

- Eu não quero mais ser seu amigo. Por favor esqueça que eu existo... - ele tira a mão dela de sobre o seu braço e sem suportar mais olhar para ela que já estava em prantos corre para casa.

Aquele foi sem dúvidas o pior dia da vida deles. Depois que Bruno contou a Léo sobre o que havia acontecido, ele logo tratou de mandar mensagem para Ruth perguntando como ela estava e dando todo apoio para ela.

Os meses passaram e apesar de se verem todos os dias ambos mantinham distancia um do outro. Era chegado o aniversário de 15 anos de Ruth e como das outras vezes teria uma festa de aniversário com direito a baile e claro a famosa dança da debutante com seu príncipe.

- Eu queria que você fosse! - ela suspirou enquanto olhava a foto dela e de Bruno no celular - Por que Bruno? Eu não consigo entender. O que eu fiz de errado? - ela começa a chorar - Você é tão importante pra mim.

Aproveitando aquele momento ela busca refúgio aonde sabia que iria encontrar.

- Pai, aqui estou eu de novo pensando nele e sentindo a sua falta. Pai, antes que qualquer outro tipo de sentimento surgisse eu já gostava dele, ele era meu amigo e hoje nesse dia tão importante pra mim ele não vai estar comigo - seca as lágrimas - acho que ele nem sente a minha falta. Eu só peço Pai que me ajudes a prosseguir, que cuide dele e que ele seja feliz e que nunca, nunca, ele se desvie dos Teus Caminhos. - ela permanece de joelhos encostada na cama e logo seu coração vai se acalmando e a Paz de Deus começa a guarda-lo.

Em casa Bruno observava o movimento da rua enquanto pensava em Ruth.

- Como eu gostaria de estar lá! - ele diz se joga no chão - Como eu gostaria de ser seu príncipe e te guiar ao som daquela valsa e dizer o quanto você está linda! - ele fechou os olhos e por um momento imaginou ela descendo as escadas vestida num belo vestido de princesa, com um sorriso no rosto e sorriu.

- Em quem você está pensando filho? - sua mãe fala e ele se assusta.

- Quer me matar, mãe? - ele disse com a mão no coração, ela riu.

- Não, - ela se senta - quero você vivinho da Silva. - diz bagunçando seus cabelos. - O que está te incomodando filho?

- É saudades dela, mãe!

- Da Ruth? - ele balança a cabeça afirmando. - Então por que não vai até ela?

- Mãe, - ele passa as mãos no cabelo - a senhora sabe que não posso.

- Filho...

- Eu prometi! - ele a olha e depois encosta a sua cabeça em seu ombro - E tenho que cumprir com a minha palavra. - Luana suspira triste pelo filho e ao mesmo tempo orgulhosa por saber que ele tinha aprendido bem que as nossas palavras tem muito valor.

- Deus sabe de tudo filho! - diz e acariciando seu cabelo - Quero que me prometa algo, - ele ergue a cabeça olhando para ela - prometa que independente de qualquer coisa você ouvira a Voz de Deus?

- Eu prometo! ELE é o meu Deus, meu PAI, - diz olhando para o céu - meu amor por ELE está acima de qualquer coisa. - olha novamente para a sua mãe - Eu irei obedecer. - sua mãe o abraça novamente e depois os dois entram para fazer o jantar pois João chegaria logo.

Quando o pai de Bruno chegou ambos se reuniram em volta da mesa e depois de orar começaram o jantar foi então que Bruno se lembrou de algo.

- Mãe, Pai, - ambos o olham - a tia Laura não os convidou para a festa da Ruth? - os pais olham um para o outro.

- Sim, meu filho. - diz seu pai - ela deixou o convite aqui semana passada mas decidimos não ir, não poderíamos ir e deixar você sozinho aqui sabendo bem que você gostaria de estar lá. - Bruno abaixa a cabeça - Filho, eu admiro você por ter aprendido desde cedo a dar valor as promessas que fazemos e zelar por cumpri-las . - ele suspira - Por mais que eu ache que as coisas não deveriam ser assim eu não pedirei que volte atrás pois lhe conheço. Descanse em Deus meu filho, eu creio que Deus tem algo lindo para realizar na sua vida e aquela que ELE estiver preparando chegará até você e se por acaso for a Ruth, - Bruno o olha - vocês se irão se reaproximar e no tempo de Deus tudo se ajeitará.

- Obrigado, Pai! Mas eu gosto da Ruth apenas como amigo e nada mais, - ele diz olhando para o pai  - vou subir pra estudar um pouco.

- Tudo bem! - ele sai da mesa e vai até seu quarto aproveitando para orar e depois pegando seu material da escola para estudar.

O relógio marcava oito e meia, ou seja, fazia meia hora que a festa tinha começado. Ele batucava os dedos na escrivaninha tentando ocupar os seus pensamentos com alguma coisa mas sempre que fechava os olhos só conseguia pensar nela.

- Eu posso ir até la. - diz ficando de pé - Me escondo em algum lugar até a ver e depois venho embora.  - seu coração acelera e ele nem pensa duas vezes pois se pensasse iria desistir, desce as escadas correndo e pede permissão aos pais para dar uma volta de bicicleta, como ainda era cedo os pais permitem contanto que ele não demore.

Ele sai em direção ao salão do baile e não demora muito para estar em frente a ele. Era um lugar muito bonito e com um jardim na parte interior a festa aconteceria dentro do salão sendo assim ele deixa a bicicleta em um canto escondido enquanto dá a volta parando em frente ao muro.

- Só preciso pegar impulso... - diz e tenta uma, duas vezes até que consegue se segurar na parte de cima, em seguida sobe no muro e pula para o lado de dentro aonde devagar começa a andar entre as plantas.

Os vídeos e os treinamentos com o pai estavam sendo de grande valia, para o adolescente que queria se tornar policial. Logo ele para em frente a uma grande janela se escondendo atrás de uma palmeira e como se estivesse marcado a hora, lá estava ela descendo as escadas em um vestido estilo cinderela azul, seus olhos brilhando e um sorriso gigante em seus lábios. Ela estava linda assim como ele imaginou.

Mais um capítulo pra vocês! ❤️

Me contem o que estão achando? O que será que vai acontecer nessa festa?
Não esqueçam das estrelinhas ❤️

Que Deus abençoe vocês!

A Promessa X O Propósito Where stories live. Discover now