capítulo 5

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Já em casa depois de um bom banho, ele se joga em sua cama deixando sua mente vagar até a memória de mais cedo.

- Ela está linda! - ele sorri - Melhor dizendo continua linda. O que eu tô pensando? - diz sentando se sobre a cama - O Léo estava lá com ela, ele é o namorado dela, e se ela está namorando com ele é óbvio que ela gosta dele, em breve ele vai pedir ela em namoro - ele se levanta ficando diante do espelho - e você - diz apontando para si - tem que parar de pensar nela, coloca na sua mente que ela não é pra você. - ele poderia repetir aquilo milhões de vezes, no entanto, não era o que o seu coração dizia. - Pai, - ele dobra os joelhos - isso está errado, sei que não é a primeira vez que oro a respeito disso, é só que não consigo entender... Por que continuo pensando nela assim? Por que eu sinto que a amo, mas ela esta com outro cara, e isso é errado... Não entendo como este sentimento ainda continua aqui sendo que é errado. Pai, tira isso de mim, arranca esse sentimento, não quero pecar, não quero errar, me ajude a esquece-la. - ele continua de joelhos e seus olhos se enchem de lágrimas, seu coração ansioso se acalma e ele pôde ouvir um sussurrar em seu ouvido.

- " EU TENHO UM PROPÓSITO, CONFIE EM MIM. " - ele chora ainda mais.

Ele não entendia, mas depois desta resposta sabia que precisava continuar confiando e era isso que ele iria fazer.

- Alô?

- Meu Filho, estou aqui fora venha abrir a porta pra sua mãe. - ela desliga o celular e ele se levanta olhando o relógio vendo que já eram 9 da manhã. Aquele era o seu dia de folga.

- Bom dia, mãe. - a cumprimenta com um abraço.

- Bom dia, - ela dá uma boa olhada nele - ainda estava dormindo?

- Como a senhora percebeu? - ele ri.

- Pelos seus cabelos bagunçados e essa cara de pão brote. - responde ela rindo.

- Vou tomar um banho e volto logo.

- Vou fazer o nosso café. - ele sai e vai ao banho. Depois de pronto desce já sentindo o cheirinho de café por todo o apartamento.

- Eu já disse que amo o seu café? - senta se no banquinho do balcão.

- Já!- ela ri - Quase todos os dias.

- E o papai?

- Está trabalhando. - seu pai era Gerente comercial em uma loja no centro da cidade.

- Quando eu passar no concurso da PF, - toma um gole de café - papai vai deixar aquele emprego.

- Você sabe que ele não trabalha somente pelo dinheiro, - ela senta se ao seu lado - ele gosta do faz.

- É, eu sei. Mas a que devo a honra de sua visita?

- Já que você nos abandonou, - ela faz drama e ele revira os olhos - vim lhe ver.

- A senhora sabe por que não fui esses dias lá...

- Mas um dia terá que ir. - ela pega em sua mão - Meu filho, um dia você vai ter que se encontrar com ela.

Já faziam 2 semanas que Ruth havia chegado e tenho a visto na praça todos os dias que faço ronda. Descobri por meio de Léo que passou uma semana por aqui, que ela veio para fazer o concurso para PM, o que realmente me surpreendeu, não esperava que ela fosse querer ser policial pelo que eu sabia seu desejo era trabalhar com crianças, pelo visto ela mudou de ideia resta saber o quanto foi essa mudança.

Era domingo e eu estava na igreja. Aproveitei meu dia de folga para ir a EBD, algo que eu gostava muito. Sentei me em um dos bancos do fundo para orar e fiquei esperando a escola começar, além de esperar meus pais. Estava com a cabeça baixa lendo a Bíblia quando escuto duas irmãs conversando enquanto passam por mim, logo meu coração acelera. Era Ruth e a sua mãe. Elas passam por mim e graças a Deus não percebem a minha presença.

O Pastor dá início a escola e meus pais chegam logo em seguida, me cumprimentam e sentam ao meu lado. A lição de hoje foi sobre obediência e rebeldia e as consequências de cada uma delas.

Se obedecemos temos por consequência bençãos vindas da parte de Deus e se somos rebeldes a sua Voz temos por consequência a maldição. Pois cada um colhe aquilo que planta.

Quando a escola já estava terminada convido meus pais para almoçarem comigo em um restaurante familiar que tinha perto do meu prédio, elas aceitam e seguimos ambos para nossos carros quando eu acabo esbarrando em alguém.

- Me desculpe irmã... - falo mais logo paraliso ao olhar para frente. - Ruth?

- Bruno? - ela me olha surpresa.

- Me desculpe por ter esbarrado em você. Preciso ir, fique com Deus. - digo já saindo de perto dela e de sua mãe antes que ela fale alguma coisa. Meu coração está acelerado e parecesse que vai sair pela boca. Entro em meu carro e respiro fundo tentando se acalmar.

- Meu Deus tenha misericórdia de mim.. - oro dando partida, seguindo o carro dos meus pais a frente.

O almoço foi regado a muito conversa e claro o assunto " Ruth" não poderia faltar, mas ele tratou logo de dar por encerrado.

Era quinta-feira e eu estava mais uma vez de folga, resolvi então aproveitar para fazer uma caminhada na praça, já que não tinha culto. Estava caminhando tranquilo quando dei por mim já estava na mesma praça que Ruth treinava, fui até um dos aparelhos de ginástica e comecei a me exercitar, orando para que ela não aparecesse.

Mas parece que as coisas não estavam querendo cooperar comigo, pois logo ouço  a voz dela atrás de mim. Continuei na mesma posição e percebi pelo reflexo do espelho do carro que estava parado no acostamento que ela estava se alongando e enquanto isso cantarolava uma canção. Eu sorri sem ao menos me dar conta.

Continuei fingindo estar me exercitando enquanto observava ela treinar, mas em determinado momento ela começou a fazer um movimento errado enquanto fazia barras e se ela continuassse poderia sofrer uma lesão no braço. Relutei contra os meus pensamentos que diziam para não me importar e ir embora, quando na verdade, meu coração me incentivava a ir ajudá-la afinal ela iria se machucar.

De impulso me virei e segui até ela que estava com os olhos fechados enquanto segurava na barra.

- Se continuar fazendo este movimento vai se machucar. - disse e ela abriu os olhos surpresa.

- Bruno! - disse me encarando.

- Ruth!

- O que faz aqui? - perguntou cruzando os braços.

- Estava me exercitando um pouco e não pude deixar de notar a sua presença aqui. - eu respirei fundo e imitei o seu gesto - Me desculpe interromper o seu treino, mas você pode se machucar se continuar fazendo o exercício do jeito que está fazendo.

- E você se importa? - ela perguntou e pude ver seus olhos brilharem como faíscas de fogo.

" É eu acho que ela me odeia... - penso e mudo a postura pensando no que respondê-la. "

- O certo é deste jeito. - digo ignorando a sua pergunta e me posicionando na barra ao lado fazendo o exercício do jeito correto - Assim você não ira se machucar. E só pra você saber tem que fazer pelo menos 30 dessas durante a prova.

- Eu sei disso! - ela diz revirando os olhos. - E não espere que eu lhe agradeça, afinal, não pedi sua ajuda.

- Eu sei que não. - caminho de volta ao aparelho que estava para pegar minha garrafinha de água - Fique bem, Ruth. - disse a olhando e depois fui embora.

Mais um capítulo pra vocês!

O que acharam?

Obrigada a todos que estão acompanhando a história. Que Deus abençoe a cada um de vocês!

Não esqueçam de deixarem sua estrelinha se estiverem gostando. ⭐

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