Cap 50

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[1889 palavras] • 13/07/23

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  O ar não era o bastante, não importa a quantidade que eu inspire, não é o bastante, não será o bastante, não tem o bastante, parece que todo o ar do planeta foi reduzido a zero, e não é o bastante para nada ou ninguém

  Meu filho. Hospital. Sem notícias. Há horas.

  Não.
   Não.
    Não
     Não.
      Não.
       Não.
        Não.
         Não.
          Não.
           Não.
           Não.
          Não.
         Não.
        Não.
       Não.
      Não.
     Não.
    Não.
   Não.
  Não.
  Ele não, ele não, ele não, ele não, ele não. ELE NÃO!!!!!

  Minhas não começaram a tremer, minha mente ficou turbulenta, meus olhos se encheram de lágrimas, minhas bochechas começaram a arder e meu corpo ficou tenso pelo desespero

  Meu filho.
  Meu filho.
  Meu filho!!!

  Bidu veio para a sala e depois veio até mim, sentando na minha frente, com as orelhas em pé e me olhando diretamente. Latiu e apoiou as patas da frente nos meus joelhos, se esticou e lambeu meu queixo.

  Eu tinha comprado aqueles botões que ele aperta o que quer: passear, água, comida e simplesmente me chamar
  Ele foi até esses botões e apertou o branco

Hey, dona - Apertou e olhou para mim

  Olhei para ele, e em seguida ele apertou o botão verde

Passear - Depois apertou o botão vermelho - Agora

  Pensei em negar, mas caso faça isso, não vou ter outra coisa para distrair a mente, e nem raciocinar melhor e pensar se conto para a S/n ou não, caso ela não saiba, essa dúvida está acabando comigo, não sei se ela viu a reportagem, mas acho que se tivesse visto ela teria ligado, ou algo do tipo

"E se ela souber e ainda estiver em choque??? E se aconteceu alguma coisa quando ela soube???" - Pensei

  Mas se eu aparecer lá nesse estado sem ela saber o que aconteceu, ela vai perguntar, e vou ter que falar, mas e se ela não souber??? Eu falo ou não???

  Levantei, peguei a coleira dele e saímos em direção a praça

• Mitsuki Off

• Best Jeanist On

"Por que esse idiota não acorda?!?! Que merda!!!" - Pensei, observando o enfermeiro checando os sinais vitais do Katsuki, apagado e imóvel a horas, com um curativo na cabeça graças a drenagem de urgência que precisou fazer, mas vivo

Eu: E então??? - Perguntei quando ele terminou

Enfermeiro: Tudo normal, como se ele estivesse apenas dormindo

Eu: Apenas dormindo - Repeti, andando de um lado para o outro - E o resultado dos exames ainda não saíram???

Enfermeiro: Ainda não - O médico responsável por ele entrou no quarto, com papéis na mão

Eu: Notícias boas ou ruins???

Médico: As duas coisas

Eu: Fala

  O médico foi interrompido por um barulho muito alto do lado de fora do hospital, seguido de gritos e tumulto

"Ah, agora não!!!" - Pensei correndo para fora do hospital

  Na rua, um grupo de bandidos tinha arrombado uma loja aparentemente cara, alguns heróis que estavam por perto já estavam em ação, uma mulher estava no telefone, provavelmente ligou para a polícia

O filho da vizinha - Katsuki Bakugou 4/4Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora