Cap 56

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[1523 palavras] • 16/02/24

Mil perdões pela demora gente, estou sem ânimo para escrever, mesmo com muitas ideias, lamento por demorar tanto 💔

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• Best Jeanist Off

• Katsuki On

  Eu quero ir embora, sair desse hospital e ir pra luta, pra finalmente ir pra casa, onde estão meus filhos e minha esposa, também a velha, os extras e os bichinhos da casa. Ai, que saudade do caralho...

  O dia inteiro foi um tédio total, olhando para o teto ou para a parede o dia todo, vigiando o soro pingando e, de vez em quando, tirando um cochilo de dez minutos, que beleza de vida, pra não dizer o contrário.

  Estava, mais uma vez, olhando para a parede quando a chata da enfermeira voltou, e só então olhei direito pra ela. Consideravelmente acima do peso, o cabelo amarrado rente a nuca, as bochechas escondendo os cantos da boca, uma pinta grande na bochecha esquerda, pés de galinha ainda na fase inicial e rugas na testa, os braços grandes, andar de balanço e os dedos gordinhos segurando uma bandeja com a horrível comida de hospital

"Deus é mais" - Pensei

Eu: Não vou comer isso

Enfermeira: Como quiser, fique com fome então - Disse deixando a bandeja no meu colo - Caso mude de ideia, coma - Olhou para o soro e mexeu na regulagem, diminuindo a velocidade das gotas

Eu: Não estou com fome - Uma grande mentira, estou cheio de fome, mas não quero comer essa coisa que chamam de comida

Enfermeira: Não é muito recomendado que você coma coisas pesadas para o estômago que se alimentou por sonda durante dias, então ou come isso, ou colocaremos a sonda de novo - Disse guardando as coisas que estavam em cima do móvel de ferro

Eu: Não quero isso

Enfermeira: Ótimo, então fique a vontade para começar a ficar bem mais fraco ou diminuir as chances de melhorar mais rápido

Eu: Insuportável

Enfermeira: Não tanto quanto você - Virou para mim, e me segurei para não fazer careta para cara feia - Come isso, são ordens do médico

Eu: Ele que coma isso então

Enfermeira: Não é ele que está precisando disso - Cruzou os braços, só então reparei na papada embaixo do queixo, quase um segundo pescoço

Eu: Quero ir embora

Enfermeira: Se comer e seguir as ordens, vai sair daqui o mais rápido possível

Eu: Não quero comer isso, já disse

Enfermeira: Mas vai - Ouvimos um apito suave - Já volto, e quero ver esse prato vazio quando voltar

Eu: Vai sonhando

  Ela saiu, me deixando mais uma vez olhando para a parede e pensando em como sair daqui.
  Olhei para a coisa que chamam de comida e meu estômago roncou, alto até demais, e já começando a ficar dolorido de fome. Quero muito comer algo decente, e deixar o prato intocável para manter meu orgulho e minha palavra de que não comeria, mas, meu estômago e a fome falaram mais alto e acabei comendo tudo, deixando o prato vazio.
  Tremendo de ódio e fraqueza, deixei a bandeja na mesa do lado da maca e deitei, fechando os olhos e pensando em como resolver esses problemas nessa maldita cidade

  Esse vilão não pode simplesmente desaparecer do absoluto nada, não daquele tamanho todo. Para onde ele vai??? O que faz no intervalo de um ataque e outro??? Quem é??? Onde está???
  A não ser que eu esteja certo em supor que ele tenha uma outra forma, de uma pessoa, e já tenho um primeiro suspeito...

O filho da vizinha - Katsuki Bakugou 4/4Onde as histórias ganham vida. Descobre agora