09.

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Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰

"Me mande embora ou me faça de abrigo"

Caio Souza

Entramos na Adega, sentamos em uma mesa lá fora e logo os combos foram chegando, e já liberou dois narguile. Não tava afim de me afundar na bebida hoje, mas ao contrário de mim Lucas não pensou duas vezes em fazer aquela dose forte. As três já foram na onda, até ia cortar a onda da Carolinne, mas deixei ela curtir, hoje é o dia dela.

O funk tava estorando meu ouvido, ficamos bem do lado do som. Ia sair daqui surdinho. Mariana colocou o narguile na boca, puxou e soltou e em seguida levou o copo de gin pra boca.
Podia estar colocando outra coisa...

Tiro esses pensamentos feio da mente e cruzo o braço, ainda a encarando. Tava inevitável não a olhar, o que a bicha é bonita não tá escrito.

— Tira uma foto. — Diz sorrindo de lado.

— Vou, perai. — pego meu celular e aponto pra ela que faz uma pose. Na sua cabeça eu não havia tirado, mas sim eu tirei. — Amanhã sua foto vai estar no centro da macumba. Aguarde!

— Bate na madeira homem. — diz fingindo preocupação batendo três vezes na mesa.

O Lucas pega celular e me olha sério. Suspira e vira a tela pra mim.

"Disviaram dinheiro e maconha dos dois galpões, a meia hora tentando entender c nao foi erro meu mas as contas não bate Lc"

Tiro o copo da sua mão e bebo um gole. Tava tudo muito calmo mesmo. Tinha que acontecer alguma parada.

— Vou lá. — ele guarda o celular e levanta, me levanto também.

— Também vou. — ele coloca a mão no meu peito me parando negando com a cabeça. — qual foi Lc? Tira a mão de mim viado.

— Tu fica aqui com elas caralho. — ele me olha sério. — é o dia de tu ficar com tua irmã. Esses pau no cu não vai estragar, amanhã cedo tu aparece no 405.

Concordo contrariado, sinto uma raiva dentro de mim por não poder resolver as coisas.

Lucas da uma desculpa esfarrapada e sai, Agnes e Carol se junta pra gravar uns storys e a Mariana se afunda na bebida. Tá locona ja.

— Vai com elas, pô. — sugiro. — melhor do que tu ficar aí enchendo o cu de bebida.

— Isso mesmo ou é melhor do que ficar aqui com você me comendo pelos olhos? — ela debocha e eu fecho a cara, nada haver essas ideias de maluco.

Ela continua bebendo e eu fico na minha. Tô nem aí também, fui falar serio, veio de graça. Já não simpatizo já.

As meninas voltam e elas três encantam em uma conversa, ou então tentam, porque a Mariana gagueja mais do que falava. E elas se acabavam de rir, confesso que tava me segurando por dentro pra não tirar uma com a cara dela.

Mariana fala alguma coisa pra elas e sai quase levando tudo com ela.

— Vamos fechar os combos já e ver quanto deu tudo. — Carol diz me olhando. — eu e Agnes vai subindo na frente e você leva a Mari, ela não está muito em si não.

— Pode mandar colocar na minha conta. — elas concorda e eu vou atrás da Mariana que tava sentada na calçada olhando as estrelas.

Me sento do lado dela ficando em silêncio, as meninas sai e olham pra cá, dou sinal que elas podem ir indo.

— Eu sei porque que você sempre me afasta de você. — diz calma depois de um tempo em silêncio.

Nem parecia a gaga de minutos atrás.

— Por que?

— Medo. — engulo seco e ela encosta a cabeça no meu ombro. Não recuo e deixo ela.

— Não tenho medo de nada. — me defendo.

Ouço sua respiração ofegante perto do meu ouvido.

— Você tem. — afirma. — não sou uma ameaça, Caio. Ninguém vai me usar contra você, ninguém nem vai saber que a gente se conhece e se saber, é alguém que esta bem abaixo do seu nariz.

Queria muito discordar dela. Mas infelizmente, a diaba tá certa.

— Me deixa voltar a me aproximar de você. — continua. — ter a sua amizade de volta.

Fico queto e ela suspira cansada. Se levanta meio tonta e sai caminhando. Me levanto logo atrás e vou pro lado dela.

Andamos em silêncio até a casa da Dona Fátima. Ela abre o portão e me olha.

— Boa noite Coringa. — diz seca.

— Boa noite, branca. — sorrio de lado e ela entra fechando o portão.

Olho pra cima, tentando buscar uma resposta para todas as minhas perguntas. Mas as estrelas não iriam me dizer.

Pego meu celular e vejo marcando 00:50, desço novamente e vou para o 405, a sala no Lc.

Entro na sala vendo o Lc sentado na mesa com umas folhas em cima.

— Fomos roubados, cuzao. — ele diz puto. — tem x9 com nois Coringa.

×××
Música do início do capítulo:

FLAMINGOS — BACU EXU DO BLUES

Para sempre você. Where stories live. Discover now