31.

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Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰

"Procurar o erro nas pessoas quando o errado mesmo sou eu"

Caio Souza.

Depois de horas deitados na Laje, descemos os dois em silêncio. Eu estava totalmente sem razão e o Lucas tinha todo direito de tá puto comigo, mas porra, jogar aquela bomba na frente de todo mundo.

— Eu vou indo. — Mariana fecha o portão de ferro. — Se cuida, Caio. E qualquer coisa, vc sabe onde eu moro. — concordo dando um beijo na sua testa. Ela sorri de lado e vai embora.

Respiro fundo e vou pra casa, de longe vejo as luzes acessas. E penso duas vezes antes de entrar, não quero discutir, não quero acusações e gritos. Quero esfriar a cabeça pra não fazer besteira.

Abro a porta e a Carol está sentada no sofá mechendo no celular, assim que entro, ela deixa o celular de lado e me olha. Seus olhos estavam pequenos e vermelhos, em outra ocasião eu diria que era maconha, mas não.

— Podemos conversar? — pergunta baixo e eu concordo me sentando ao lado dela. — Eu te amo, Caio. Como eu nunca amei ninguém nessa vida! — á olha vendo seus olhos cheios de lágrimas. — Mas eu odeio quando você esconde coisas de mim, é como se eu não fosse confiável o suficiente!

— Você é a pessoa que eu mais confio nessa vida, Carolinne. Você é minha irmã.

— Eu sei disso. — uma lágrima escorre e ela limpa. — mas é péssimo saber de algo que você poderia ter me contato por boca dos outros.

— O Lucas não deveria ter soltado daquele jeito. — passo as mãos no rosto sentindo uma raiva dentro do peito.

— Não, eu sei que não. Mas ele tava no direito dele, Caio. Você escondeu isso do seu melhor amigo, do seu irmão! — joga na cara.

— Se eu conta-se, ele abriria a boca, eramos novos, imaturos. E colocaria tanto a minha vida quanto a tua em risco!

— Não estou te julgado. Você não foi errado, o Leonardo mereceu ter morrido. Eu só queria saber quem foi o responsável. — ela abaixa a cabeça. — mas isso nem interessa mais, nove anos. Pra que reviver uma história que deveria ter sido morta assim que enterrou ele.

Concordo com a cabeça e abraço seu corpo pequeno, beijando o topo da sua cabeça.

— Te amo tá? — ela balança a cabeça e eu sorrio. — e quero que você se cuide mais do que antes, porque agora você tem uma vida dentro de você, Carol.

— Eu vou me cuidar, tá dboa. — se afasta. — e desculpa, por isso... — á interrompo.

— Cala a boca, menina. — ela ri e se levanta. — Boa noite, Carol!

— Boa noite, Caio. — ela se vira indo pro andar de cima. Me jogo no sofá, já sentindo falta da minha branquela aqui comigo.

Minha cabeça anda cheia de complicações e de problemas, mas é só o sorriso daquela maldita que parece que tudo passa e melhora. Ficar ao seu lado me faz bem pra caralho, se eu pudesse fazer um pedido, seria pra ela não sair da minha vida nunca mais.

Me levanto e indo pra cozinha e esquentando a comida de ontem no prato e comendo. Lavo a louça e tranco a casa toda e vou até o andar de cima.

Deitar e deixar os pensando me dominar.

(...)

Acordo no sábado cedinho, tomo um banho e me arrumo, descendo e indo direto pra boca vendo como andava a venda das drogas, e se os carregamentos estavam ocorrendo tudo certo.

— Fala tu, Coringão. — ouço a voz do Md que entrega na sala me cumprimentando com um toque.

— Eai Md chefe. — tiro uma com a sua cara e ele ri. — Viu o Lc por ai hoje não?

— Vi ele agorinha lá no campo, fumando uma macoinha de leves já cedo. — concordo com a cabeça. — Tá rolando alguma coisa?

— Tá nada, curioso! — dou risada fazendo ele rir. Termino de fazer o que tava fazendo e saio dali descendo pro campo. Vejo ele nos bancos deitado com a maconha na boca.

Me aproximo na calada fazendo o Lc se assustar e quase cair.

— Tá de tiração mesmo, cuzao? — ele senta no banco e eu fico em pé do seu lado olhando pro céu azulzinho com poucas nuvens.

— Matei teu pai mermo, Lucas. E não me arrependo nenhum pouco, querer cobrar tô aqui. Faz teu papel de chefe, po! Vinga a morte do teu pai. — não enrolo. Falo logo, mesmo sem olhar nos seus olhos.

A maconha é jogada da sua mão, e ele levanta ficando cara a cara pra mim.

— Tá maluco? Sou homem o suficiente pra entender o teus motivos. Se eu metesse uma bala na tua teste, Coringa. Homem eu não seria! Não honraria meu irmão e nem minha mãe. — seu maxilar estava trincado. — mas foi uma puta traição o que tu fez, Caio. Tu não foi ninguém pra me contar, cadê a irmandade uma hora dessa?

— Como que eu contava, Lc? — cruzo os braços. — tinha só Dezenove anos nas costas, tava sem cabeça nenhuma ainda. Se eu conta-se ia sujar pra mim, tu ainda nem tinha tomado o comando, passou anos deixei a porra da história morrer!

— Antes tarde do que nunca. — retruca.

— Tu tá cheio das razões, Lucas. Mas quero que esse assunto morra, e que agora tu foca no filho que tu fez na minha irmã, pau no cu. — dou um tapa fraco no seu ombro e ele ri.

— Carolinne é fogo, viado. Meche comigo pra caralho, e agora nois vai ter um filho. Que brisa! — ele ri chapadão e eu caio na risada.

— Uma menina, tô com um bagulho aqui dentro me contando que vai ser uma menina. — passei a noite pensando nisso também, e logo veio esses caraios de pressentimentos.

— Imagina, ave maria doido, vai ser bonita demais. — tava lá, todo otario sorrindo bobo.

Talvez, essa criança venha para ajustar algumas coisas e cruzar linhas.

— Se puxar o tio e a mãe, vai mesmo. Agora se for o pai, coitada da minha sobrinha. — dou risada da cara que ele faz.

— Cala a boca.

— Vai pra tua casa, tá fedendo a catinga.

×××
Música do início do capítulo:
O QUE SEPARA OS HOMENS DOS MENINOS — SANT.

Maratona (4/5)

Para sempre você. Where stories live. Discover now