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⚠️ A ordem dos capítulos foi desorganizada pelo o wattpad, peço que antes que comecem a leitura, visualizar a numeração do capítulo. ⚠️

" Ah, o vagabundo foi laçado quem diria ele realmente tava apaixonado"

Mariana Lima.

Sexta feira chegou, e diferente dos outros dias não sextarei.

Não sei o que aconteceu comigo, mas peguei uma gripe pesada. Que está fazendo meu corpo inteiro pedir cama.

Tranco a porta dos fundos e as das salas, apago as luzes e fecho a porta de vidro da clínica, saio na calçada e me viro vendo a Carol.

— Trouxe para você! — ela estava toda animada com uma potinho e um pedaço de bolo dentro. Sorrio de canto indo até ela. — que cara é essa, amiga? Anima que hoje é sexta.

Antes de responder, solto três espirros seguidos sentindo minha garganta arder.

— Infelizmente, gripe me pegou. — falo e ela me entrega o pote. Em seguida colocando a mão na minha testa.

— Tu tá pelando de febre cara. — diz preocupada. — vem, vamos para casa.

— Não tem precisão, Carol. Obrigada. — sorrio de lado negando. — necessito só da minha belíssima cama agora.

— Tá maluca, Mariana? — ela coloca as mãos na cintura. — Bora lá pra casa, o povo vai pro Baile, vai ficar só eu.

Tinha me esquecido que hoje era dia de baile aqui. Por isso que tava mó mulvuca por aqui hoje.

— Tudo bem. — suspiro contrariada e ela bate palmas. — abre o portão da garagem lá. — peço e ela sai andando na minha frente. Entro no carro e dirijo menos de quatro metros e coloco o carro lá dentro. Desço travando e ela me puxa para dentro.

Casarão da porra.

— Tenho uma roupa que não serve mais em mim, porque tô engordado. — se explica. — mas com certeza serve em você! Vou lá pegar.

Concordo e ela sobe as escadas.

Vou até a estante e pego um quadro dela e do Caio quando pequenos. Sempre foram parecidos, sorrisos travessos e de crianças atentadas.

Sorrio vendo uma foto deles de agora, ele beijando a barriga da irmã.

— Ja já vocês se acertam. — Carol fala voltando com uma roupa e uma toalha. — até aliança vocês ainda estão usando. — argumenta me entregando as coisas e eu pego.

— Não tenho coragem de tirar. — olho para a aliança no meu dedo. — E ele tá usando também. — ela concorda.

— Eu soube do show dele na clínica. — se senta rindo. — acredite, foi pra chamar sua atenção. — ela passa a mão na barriga.

— Eu sei. O Coringa sempre teve um temperamento bipolar.

Respiro fundo e subo ás escadas entrando no banheiro, tomo um banho quente e após acabar amarro meu cabelo e visto a calça moletom e uma regata. Saio do banheiro sentindo meu corpo dolorido e uma dor de cabeça forte me fazendo se segurar no batente da porta. Suspiro me recuperando e saio do banheiro indo para a sala.

— Fiz um chá pra você. — Carol me entrega uma caneca. — bebe e depois toma um lcomprimido, e dorme.

Sorrio de lado pegando a caneca e bebendo o chá. Após acabar, ela me dá um comprimido e eu engulo no seco mesmo.

— Obrigada, de verdade. — sorrio tombando minha cabeça pra trás.

Era bom, ver que eu ainda tenho pessoas que se preocupam comigo e me tratam bem.

— Denada. — ela sorri. — agora vai dormir em um quarto, não posso te carregar!

Dou risada me levantando e indo para um dos quartos da casa. Me deito na cama me embrulhando. Lá fora tava um calor insuportável, mas nesse momento meu corpo todo tremia de frio.

Quando eu ficava doente, minha mãe cuidava de mim da melhor forma possível. Meu pai então, queria me levar no hospital com qualquer tosse minha.

Sinto uma lágrima derramar e limpo rapidamente.

(...)

Acordo sentindo uma tontura. Abro os olhos devagar vendo tudo escuro, e o funk estremecer as janelas. Me ajeito na cama vendo que o frio já havia passado. Mas as dores continuam. Me assusto ao ver uma silhueta sentada na poltrona de frente á cama.

Não falo nada, eu sabia que era.

— Como você está? — sua voz era baixa e calma. Diferente das outras vezes.

— Bem. — murmuro fechando os olhos e ouço seus passos se aproximarem da cama.

Caio não diz mas nenhuma palavra se quer, e se deita ao meu lado pegando o termômetro na mesinha e colocando com cuidado em baixo do meu braço.

Segundos tempos, o termômetro apita e ele tira olhando.

— Trinta e sete por quatro. — concordo e ele se ajeita na cama.

— Minha cabeça tá doendo. — murmuro. A música estava alta, as janelas tremiam me causando desconforto.

— A música tá te incomodando? — pergunta.

— Uhum. — fecho os olhos sentindo minhas vistas pesadas. Sinto o Caio se levantar e ir até a janela falando no rádio.

— Encerra com o baile. Agora! — ele manda e eu sorrio de lado.

Não era preciso encerrar, só pedir para o dono do paredão diminuir mais. Talvez ajudaria.

Coringa se deita do meu lado novamente, colocando minha cabeça no seu peito.

— Te amo. — ele diz baixo passando as mãos no meu cabelo. — e mermo nois tanto junto ou não, vou sempre cuidar de tu.

Não consigo falar nada, o sono não permitiu.

×××

Música do início do capítulo:
O VAGABUNDO E A DAMA — ORIENTE.

Para sempre você. Место, где живут истории. Откройте их для себя