𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.

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Ágata.

Aquele homem era de outro mundo.

Depois que gozei, fiquei toda molenga.

Enquanto ele me segurava. Nossas respirações desreguladas. Que loucura.

Vargas: sempre será você pô, a dona do meu coração. - falou do nada, me fazendo levantar a cabeça e olhar pro mesmo. - tô de caô não.

Eu: tô falando nada, gato. - sorri, dando um selinho nele.

Vargas: coisa de baitola. - resmungou e eu ri.

Eu: demonstração de amor. - ele resmungou, negando. - eu te amo. - o mesmo me olhou todo bobinho.

Vargas: tu nem tá ligada no quanto eu pedi pra aquele lá de cima me abençoar e tu falar isso logo. - riu fraco, me abraçando. - e isso não é nada perto do que já pedi. Não sou nem merecedor pô.

Eu: você é sim... você tem um coração incrível. - alisei suas costas. - obrigada por nunca ter desistido de mim, mesmo eu dando vários motivos.

Vargas: nunca ia desistir, Ágata. - fez eu olhar pra ele. - tava escrito no livro da vida pô, tu é minha, eu sou teu... Pronto, só quando Deus quiser mermo. - sorri, e o mesmo me beijou.

Logo o celular começou a tocar. Sempre tem algum pra atrapalhar.

Vargas: eu fico puto, irmão. - resmungou, pegando o celular. - ué, teu coroa.

Ergui a sobrancelha e o mesmo catou uma toalha, e colocou na cintura. Atendeu o celular e falou algumas coisas sem sentido.

Vargas: boto fé não pô. - passou a mão no rosto. - Freitas deve tá me achando com cara de pai dele, esse vagabundo. - negou, e me olhou. - vou só tomar um banho pô, vou mandar os moleque ir na frente. - apontou pro banheiro e eu concordei. - pode crê pô, manda Ingrid da os pulo, ela conhece esse pilantra.

O mesmo desligou o celular no ódio. Ergui a sobrancelha e ele me olhou, esquecendo totalmente o ódio.

Eu: o que houve? - falei curiosa.

Vargas: Ingrid saiu com teu pai, Freitas foi atrás e tá armando maior cena. - arregalei os olhos. - Ingrid tá controlando a fera. Mas eu vou ter que dá umas paulada nesse vagabundo. Tá achando que tá em novela.

Eu: nossa, mas ele tá diferente né. - falei pensativa e Vargas me olhou.

Vargas: percebeu também né? Tá achando que tá na Disney. - resmungou.

Tomamos banho, fizemos nossas higienes e descemos.

[..]

Vargas: tu tá achando que é criança, seu porra? - peitou Freitas, que ficou calado. - agora tu perdeu a língua, caralho? Na hora de ficar fazendo cena tu é bom. - Freitas respirou fundo e encarou Vargas. - Qual foi, vai ficar calado e me encarando? Tu num ta na Disney não, inferno.

Freitas: tô ligado, Vargas. - murmurou e Vargas negou, passando a mão no cavanhaque.

Vargas: eu só tô anotando seus erros, Freitas. - apontou pro cara a tua frente, que concordou. - nunca fiz nada contigo porque te considero, mas se tu continuar nessas porra aí, nesses erro, vou perdoar não.

Freitas: tranquilo Vargas. Me bate logo pô, até prefiro pô, quero ouvir sermão não. - falou com a voz embargada.

Ergui a sobrancelha. Que loucura.

Vargas: OLHA PRA MIM, PORRA. - gritou, fazendo a salinha "tremer". - QUANDO EU FALAR, TU ME OLHA. TO FALANDO COM INIMIGO NAO.

Freitas encarou Vargas, mas continuou calado.

Vargas: o que tá acontecendo contigo, meu irmão? Eu quero entender. - passou a mão na cabeça, totalmente estressado.

Freitas: MULHER, VARGAS. BUCETA. TU ENTENDE? AQUELA MULHER DEVE TER FEITO ALGUM FEITIÇO. - não me aguentei e ri.

Os dois me olharam e eu fiquei seria.

Eu: desculpa. - abaixei a cabeça.

Vargas: aí quando tu ver ela com alguém, você surta? - falou óbvio. - mais você o picudo pode ficar pra cima e pra baixo com essas piranha ensebada? - Freitas ficou calado. - aí não dá pra te defender, meu chapa.

Freitas: pois é. - suspirou e Vargas negou.

Vargas: primeiro você resolve o que quer da vida, depois você vai atrás dela. - falou sério. - se eu pegar você rondando aquela demônia, eu não vou ter dó. - apontou pro Freitas que concordou. - tu é meu mano, mas lei e regra estão aí pra ser seguidas.

Freitas: tô ligado, desculpa. - Vargas negou.

Vargas: desculpas tu pede pra Ingrid. - o mesmo veio até mim. - vê se me dá uma folga pô, preciso descansar.

Freitas concordou e Vargas me puxou pra sair dali.