II

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O segundo corpo chegou ao Instituto Duran uma hora depois de encontrado pelas agentes. Os ratos foram um presente para Joseph enquanto Ioan se divertia com órgãos quase inteiros.

Quase.

— Cheguei! — entrava Ioan na sala dos ossos, tirando as luvas da mão — Novidades?

— Todas as marcas no corpo de Bruce são pós mortem. — Dante falava enquanto Joseph adentrava o local e ouvia atentamente.

— Sério? — a sala ficara menor quando Ian entrara — Eu só não sei quem pode ter colocado-o na posição em que fora encontrado. São pequenos buracos em toda essa história. Estou tentando fazer a reconstrução mas não consigo muito. Todas as marcas são pós mortem?

— Sim — Dante aproximou-se dos ossos na mesa de vidro com os olhos de todos ali seguindo-o —Essas fraturas na costela — com o dedo mindinho ele mostrava cada detalhe — são de quem fora arrastado de maneira errada e lenta, como quem pega o corpo, larga-o e então o pega de novo até conseguir chegar ao sofá.

— A sala de Bruce era grande mesmo. E o homem também. Não seria qualquer um que conseguiria carregá-lo o caminho inteiro. — Ian quase parecia falar sozinho. — Tentarei uma reconstrução.

— Ok, tudo muito interessante mas a minha sala ainda não é uma sala de reuniões. Voltem todos de onde vieram e vamos tentar nos comunicar do lado de fora, beleza? E vamos revisar tudo, há muitas peças faltando! — esbravejava Dante enquanto empurrava Ioan que acabava empurrando o resto.

— Oh — enquanto todos saíam, Joseph falava — Que menino ranzinzo esse dos ossos.



...



18H00

O pôr do sol caracterizava o fim da tarde e início da noite. Elizabeth dirigia rumo à sua casa em um trânsito lento e carregado que dava à detetive tempo o suficiente para pensar sobre o que fora seu dia.

Os dois corpos encontrados foram, sem dúvidas, os ápices do dia. Não havia pistas o suficiente para prender alguém, apenas suspeitos próximos às vítimas. Afinal, quem mais poderia ter matado Julianne e seu psicólogo, Bruce, se não um conhecido?

Não estava nada indo bem, na verdade. Era tudo um caos. Quando iriam, finalmente, fechar um caso sem que as pessoas saíssem feridas?

Era essa a pergunta que Elizabeth se fazia todos os dias nos últimos 6 anos trabalhando como agente especial do FBI.

Avistou à poucos metros a rua de sua casa. Já dando a seta e entrando na frente da maior quantidade de carros possíveis, o celular da agente tocou alto, atrapalhando o raciocínio e fazendo-a perder a rua, tendo que entrar na seguinte.

— Agente Karl.

— Elizabeth? É a Naomi. Venha para minha casa, eu e Déborah estamos fazendo um jantar maravilhoso e temos novidades para você.

— Estou a caminho.

Desligando o celular, a detetive mudou completamente a rota, dando a volta para chegar à casa de sua parceira.

Naomi Trídon. Agente Especial do FBI, assim como era Elizabeth. As duas entraram quase juntas para o FBI, exceto pelos meses a mais que Elizabeth tinha. Ambas, desde o início, se davam bem e o primeiro caso em que trabalharam juntas fora um sucesso, fazendo com que a chefe do departamento designasse-as como parceiras.

Instituto Duran - Flores da Morte (hiatus)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora