Capítulo 4 - Amor e outras coisas

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A Hannah me deixava doido e eu pude concluir esse fato logo depois de perguntar a ela se queria ser a minha namorada. É, porque veja bem, estávamos juntos há pouco tempo, mal sabia eu o que estava acontecendo entre a gente, mas eu queria ser o namorado dela. Queria ser só dela, queria que ela fosse só minha e que o máximo de pessoas no universo soubesse disso.

Assim que abri a porta do carro para que ela entrasse ― eu fazia questão de fazer isso ―, eu sabia bem onde queria leva-la, mas tinha medo do que ela poderia achar, principalmente depois da pergunta que havia feito a ela. Associações erradas poderiam ser feitas e...

― Levi? ― Hannah me chamou com a sua mão levemente pousada em minha coxa e eu despertei de meus pensamentos ― Tudo bem?

― Ah, é... Sim, tudo bem. ― Passei a mão pelos cabelos e sorri para ela, colocando a chave na ignição. ― Só estava pensando onde poderíamos ir.

Hannah olhava para mim como se soubesse a confusão em que meus pensamentos se encontravam. Sorri para ela novamente para que ela não percebesse que eu estava confuso. Não queria, realmente, nos colocar numa situação que poderia ser constrangedora.

― Eu vou para qualquer lugar. ― Ela disse qualquer de um jeito doce ainda que tenha dado ênfase na palavra. Seu olhar buscava o meu olhar e eu senti que ela queria me tranquilizar. Sim, ela queria me tranquilizar!

― Bom, então... ― dei partida no carro ― acho que você vai conhecer a minha casa e a minha coleção de xícaras.

Hannah sorriu e sorri junto, enquanto a sua mão continuava na minha coxa. Ela queria me tranquilizar!

No caminho, viemos conversando sobre o filme e eu percebi de forma muito sutil que Hannah tem uma leve queda pelo Chris Evans. Bom, eu acho que a maioria das mulheres tinha e tudo bem, a Scarlet Johanson sempre foi a minha paixão mesmo...

Chegamos em minha casa e Hannah parecia curiosa e apreensiva, pois ela ficou muda de repente.

― Chegamos. ― Eu disse puxando o freio de mão do carro e me soltando do cinto de segurança. ― Tudo bem?

― Levi, sua casa é a sua cara! ― Ela disse com uma expressão de surpresa e até de vislumbre, eu diria.

― Você acha? ― Perguntei, virando-me para ela.

― Bom, pelo menos daqui, parece que sim. ― Ela piscou rapidamente. ― Madeira e vidro... É meio bruto, assim, que nem você.

Aquilo me fez gargalhar. Ela me achava bruto? Tudo bem, talvez o cabelo, a barba e as tatuagens passassem essa impressão, mas não imaginei que ela pensava isso.

― Você me acha bruto? ― Perguntei com resquício de riso na voz.

― Meio lenhador... não sei explicar. ― De repente, sua postura ficou rígida e ela levou as mãos à boca. ― Levi, misericórdia, me perdoa pelo que disse. Eu não quis ofender você ou...

― Hannah, está tudo bem! ― Peguei em sua mão esquerda e a beijei. ― Vamos entrar?

― Claro, vamos.

Ela disse um tanto perdida, sacudindo a cabeça levemente, como se quisesse acordar de algo. Dessa vez ela não esperou que eu abrisse a porta do carro para e tudo bem se ela estava confortável com isso. Peguei levemente em sua mão e fui para a porta principal da casa.

― Seja bem-vinda, Hannah. ― Eu disse com um sorriso no rosto enquanto via seus olhos avaliadores varrendo o hall de entrada da minha casa. ― Aqui, me dê a sua bolsa e seu casaco para que eu possa pendurá-los.

Beijos e TatuagensWhere stories live. Discover now