Capítulo 35

3.9K 266 14
                                    


Bruno

Dizer que estou feliz é pouco, estou com meu filho nos meus braços e ele me abraça bem apertado. Como pode uma coisa que você nunca teve, ter te feito tanta falta?

Não sei nem se consigo explicar, eu nunca tive este amor paternal direcionado a mim. Mas nestes poucos minutos que fui chamado de pai pela primeira vez, que ele me abraçou tão forte, tudo mudou. Claro que eu já o amava, já sentia algo especial, antes mesmo de saber que ele é meu filho.

Mas agora parece que tudo de explodiu, é como se faltasse uma parte de mim e agora estou completo.

_ Ei agora chega de choro, só quero ver você sorrindo, sempre.

_ Mas é de alegria, mamãe fala que chorar de alegria pode. Não é mamãe?

_Claro meu amor, de alegria pode!

Elis diz, secando uma lagrima para disfarçar que também esta chorando.

_ Você ta chorando de alegria também mamãe?

_È sim meu príncipe, de alegria.

_Você ta feliz, que o papai voltou e agora você tem um namorado?

Eliz chega até engasgar com a água que estava tomando, e eu tento esconder meu sorriso. Acho que tenho aliado forte, para me ajudar a reconquistar minha menina.

_Claro que não! Quer dizer, ele é seu pai e só. Não somos e nem seremos namorados.

_Mas porque? Vocês não são meus pais? Papais ficam juntos.

Vejo que ela fica desconcertada e não sabe o que responder. Então resolvo ajudar.

_Esta é outra conversa campeão, para outro dia. Agora você tem que conhecer mais alguém, que esta muito ansioso para ver você.

_Mesmo? Quem?

_Seu vovô, meu pai.

_Uau! Que legal! Eu nunca tive um vovô.

_Bom então vamos la.

Me levanto e pego em sua mão para irmos, mas reparo que Elis continua sentada.

_Você não vêm?

_Não, acho melhor não. È coisa suas, da sua família.

Percebo uma certa tristeza em sua voz, e até a entendo. Até hoje era tudo ela, só ela e a mãe, eram a única familia dele.

E agora chega nós todos, e ela vai ter que dividir todo amor que era só para ela.

Então eu volto e me agacho em sua frente, pego em suas mãos, ela tenta retira-las, mas não permito. Seguro um pouco mais forte, mas sem machucar.

_Olha, quero que você entenda uma coisa, você é a mãe dele, você é tudo para ele. E isso não vai mudar porque eu cheguei.

Eu quero somar com você, não dividir, vamos ser uma equipe sempre, pelo bem dele. E eu nunca vou te excluir de nada, você se depender de mim, sempre estará presente em cada fase.

_È eu não entendo.

_È simples, você faz parte da vida dele desde sempre, esteve presente em cada momento, e isto não vai mudar agora que estou aqui, ou minha famila. Eu nunca vou te excluir de nada.

Ela da um pequeno sorriso.

_Obrigada, isso significa muito para mim. Apesar das nossas diferenças, podemos ser bons pais para ele.

_E isto é tudo que eu quero.

Meu pai se derreteu, quando conheceu o neto, parecia criança quando ganha o que pediu no natal. Ele estava radiante, ainda mais pelo neto ter seu primeiro nome.

Tomamos um café da tarde, com direito a bolo de aniversario, e balões decorando a suíte da minha vó, tinha também vários presentes para o Rick, coisas da minha mãe, segundo ela era uma festa para celebrar que nossa família estava completa.

A mãe da Elis e a louca da melhor amiga dela, que descobri ser madrinha do meu filho junto com o Caio também estava, e claro o Caio também.

Foi uma tarde muito divertida, Rick amou, ele era o centro das atenções. E deixou seus avós encantados com sua inteligência e por ser um menino tão amoroso.

Elis ficou tímida no começo, mas rapidinho se soltou com meus pais, como toda mãe coruja, ela passou horas contando para ele historias sobre o Rick.

E no fim do dia ela e minha mãe já eram super amigas, e ela já tinha conquistado a admiração do meu pai.

Coisas que Amanda nunca teve, e também nunca se importou de ter.

E vendo eles assim, só tenho mais certeza que é ela, a mulher certa, a que faz meu coração bater mais forte. Posso ter demorado a perceber, mas vou correr atrás do prejuízo.

ArrependidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora