Capítulo 48

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Bruno

Elis estava uma pilha de nervos, eu tentava disfarçar para não piorar o estado dela, mas estava em um estado não muito melhor.

Pensei que era só uma brincadeira de criança, que ele estava se escondendo, mas como não o encontramos em lugar nenhum, comecei a sentir um medo sem explicação.

Mas como ele conseguiria sair daqui sozinho? Não teria como, e isto é o que mais me apavora.

Meu pai volta do escritório com uma cara nada boa, e me chama em um canto da sala.

Neste momento senti meu coração parar, sei que a noticia não será muito boa, me levanto e vou até ele.

_O que foi pai, porque esta cara?

_Você não vai gostar do que tenho a dizer filho, e preciso que você fique calmo.

_Você esta me deixando mais nervoso pai, fala logo.

_Pelas câmeras de segurança, vimos quando o Rick saiu. O vigia deve que estava dormindo e não viu ele abrindo o portão.

_Ta bom pai. Ele deve estar por perto então, só perdido no bairro, vamos logo procura-lo

_Mas tem mais filho, ele não saiu sozinho. Estava com a Amanda.

Eu não tive reação no momento, como assim com Amanda?

Os piores cenários passaram na minha cabeça, porque Amanda andava fora de si, me ligava sempre, e dizia que se não voltasse para ela me arrependeria.

_Bruno conseguiram achar meu filho?

Elis se aproximou, e me fez a pergunta, apesar de estar com olhos triste e cheios de lagrimas, sinto esperança em sua voz, quando me faz a pergunta.

E agora como vou dizer a ela, que por culpa minha nosso filho esta em perigo.

_Elis, minha querida preciso que fique calma, com o que vou te dizer ok?

Graças a Deus, meu pai intervém, porque não consigo falar, estou desesperado, tudo que sinto é um medo, como nunca senti antes.

_Por favor José, fala logo.

_O Rick saiu da casa, e estava junto com a Amanda.

Depois que meu pai disso isto, tudo virou um caos. Elis chorava, Lara gritava que iria matar Amanda, minha mãe pedia que chamassem a policia, e ao mesmo tempo olhava vó Luiza que parecia estar passando mal.

E eu me consumia na culpa, porque tudo era culpa minha, só minha.

Meu pai rapidamente assumiu o controle da situação, ligou para policia, mandou chamarem o irresponsável do vigia que estava trabalhando e ou não viu, ou permitiu que Amanda levasse meu filho.

Chamou um medico para olhar minha avó, que estava muito nervosa e abatida, e avisou a mãe de Elis o que estava acontecendo.

_Bruno, por favor, fala com a Amanda. Talvez ela te escute e devolva nosso filho.

Elis me suplicou com tanto sofrimento na voz, que mesmo duvidando que Amanda faria isso, eu tinha que tentar.

_Eu vou fazer até o impossível, para traze-lo de volta, eu te prometo.

A abracei, apertei-a em meus braços, e tentei passar a ela uma confiança que nem mesmo eu tinha.

ArrependidoWhere stories live. Discover now