liars

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— MARINETTE SE DETEVE com um olhar de espanto. Ele segurou sua mão e ela reagiu.

— Senhorita Dupain-Cheg. É um prazer conhecê-la. O senhor Graham de Vanily mencionou que viria com a noiva, e estamos todos ansiosos para conhecê-los. Sou Mark, um dos membros da equipe do Paradis.

A mestiça olhou para Marc, tentando juntar os últimos neurônios que restaram para lhe possibilitar juntar duas palavras. A única palavra a qual conseguia pensar era a usada por Adrien. Noiva.

  Mas que merda... ?

— Marinette — sussurrou o loiro, e ela sentiu a pressão na sua cintura, o calor da palma transpassando o tecido da saia.

Ainda que hesitante, ela se viu obrigada a sorrir.

— Muito prazer.

  Tão logo se arrependeu de ter dito as palavras. Arrependeu-se e agora ela era cúmplice nessa... Nessa mentira deslavada. Com qual objetivo? Por que Adrien a faria fingir se algo que ela, certamente, não era?

  A resposta era clara. Se sentiu uma completa idiota por não ter percebido antes. Gabriel Agreste é um homem de família, e aquele final de semana era um evento social. Óbvio! Adrien Agreste, um mulherengo conhecido, precisava de uma noiva para mostrar ao Gabriel que ele era o homem sério e comprometido que ele queria que o comprador fosse. Qual outro motivo ele teria para apresentá-la da quele jeito? Para mentir?

— Por aqui— disse Marc, indo até um Jeep sem capota com a logotipo Paradis, uma ilhota com um coqueiro sob o sol  e o mar azul. — A vila do senhor Agreste fica a poucos minutos daqui.

  Marinette o seguiu como um robô, Adrien ainda estava ao seu lado e ainda a segurava pela cintura. Queria se desvincular, mas se julgou incapaz: seu toque era prazeroso. Tentou encará-lo. Mas em vão.

  Maldito!

  O que diabos ela deveria fazer agora?

  Eles entraram atrás e Marc assumiu o volante. Marinette não conseguiu admirar a vista paradisíaca. Tinha lido que Santa Nicola era um lugar inexplorado. A selva de flores coloridas deu lugar a jardins e altas paredes de arenito rosado.

Adrien— murmurou seriamente, embora não soubesse ao certo por onde devia começar.— , você não pode...

— Já pude, mon amour.— Murmurou ele quando o jipe parou na vila espaçosa, onde as heras e buganvílias subiam pelas paredes de pedras claras.

— Mas não deveria. E não me chame assim.— evitou falar mais, pois Marc já tinha se prontificado a ajudá-la a descer do carro.

— O senhor Agreste está ansioso para conhecê-los no coquetel. Até lá, podem descansar e se arrumar.

Miss ChengWhere stories live. Discover now