20.

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       S/n Pov's:
Acordei com beijos de Caspian e uma dorzinha chata de cabeça.

— Hora de acordar selvagem, temos um festival incrível para aproveitar hoje. — disse o reizinho no meu ouvido.

— Eu não vou, estou indisposta. A inauguração vai ser só no final do dia mesmo. — falei. Eu não estava bem, talvez uma gripe.

— Se for pra você e nosso bebê ficar bem é melhor que fique aqui mesmo.

— Não tem bebê nenhum Caspian, pode parar com isso. É só uma gripe.

— Tá sentindo o que?

— Dor de cabeça. Não está forte, mas ficar no meio dos barulhos da cidade vai piorar.

— Já sei! Para todo problema há uma solução.

— Que solução?

— Tome uma gota do elixir de Lúcia, acho que ela não se importaria. 

— Boa ideia, traz pra mim por favor.

— Fica aqui bem quietinha, não quero você fazendo esforços.

— Vai logo.

— Vou em um pé e volto no outro.

— Então vai.

Caspian deixou beijos no ar e saiu do quarto correndo.

Assim que fechou a porta me levantei. Não tô morrendo pra ficar deitada na cama, então fui me arrumar e colocar meu vestido novo.

Sou a rainha, mas hoje não sei se minha cabeça vai aguentar uma coroa.

Não demorou para Caspian entrar no quarto de novo. Estava trazendo uma bandeja com mil coisas.

— Falei pra ficar deitada. — disse ele.

— Demorou muito, sabe que eu não consigo ficar deitada só olhando para o teto. E outra, não posso ir para o festival de pijama. — falei.

— Bom aqui está o elixir. Também trouxe seu café da manhã.

— Obrigada reizinho.

— Não tem que agradecer.

Peguei aquela bandeja e coloquei na minha mesinha. Tomei uma gotinha do elixir e nossa, ardeu bastante, mas era doce. Não sei explicar.

— Já está se sentindo melhor? — perguntou Caspian.

— Tô, esse negócio funciona mesmo. — respondi.

— Que bom, hoje será um dia importante e é bem conveniente que a rainha e o herdeiro estejam presentes.

— Tá viajando de novo? Nem pense em começar a falar isso para o povo, não temos certeza de nada. Apesar de que eu tenho quase certeza de que não tem bebê nenhum aqui.

— É tão difícil te convencer do contrário?

— Não tem contrário.

— Claro que tem. Mas tudo bem, se iluda como quiser.

— Mudando de assunto, você falou com Lilith?

— Não, se quiser podemos ir atrás dela hoje.

— Ótimo. Eu preciso saber se Zinfa toparia ir conosco também, esqueci como se vive sem uma serva.

— Pra quem vivia isolada e por conta própria, você está bem mudada.

— Ainda sei me virar, mas convenhamos, é muito melhor ter alguém para ajudar você.

— Eu sei, foi só uma brincadeirinha, sei o quanto é independente. Já está terminando sua comida? Temos que ir para o festival.

— Já terminei. Não estou com muita fome.

— Eu tenho um presentinho para você. Na verdade não diretamente para você, mas sei que vai gostar.

— O que?

— É só abrir.

Peguei a caixa que estava nas suas mãos (antes estava no chão, só não percebi antes que aquela coisa estava ali).

Abri e quase morri de amores.

— Roupas para meus animais? — perguntei ainda impressionada. — Você passou de todos os limites de breguice reizinho.

— Mandei confeccionarem, seus bichinhos merecem estar no festival, são da família.

— É incrível, mas só quero saber como vou conseguir colocar isso neles.

— Eu não tinha pensado nisso antes.

— Pois é, vai ser difícil. Obrigada pelo mimo meu amor.

— É bom que tenha gostado, foi caro.

— Me acompanha para colocar essas roupinhas nos nossos animais?

— Não precisa nem perguntar. E outra, você não pode fazer muito esforço, faz mal para o bebê.

— Não vou te responder. E mesmo que seja, gravidez não é doença.

— Só quero te poupar, mas você não deixa mesmo de ser selvagem.

— Vamos logo Caspian, não podemos nos atrasar para o festival. Quero aproveitar bem o dia e você não está ajudando.

— Então vem.

Peguei as coisas e fui atrás de Caspian.

Esse homem está criando paranóias demais, daqui a pouco vou acabar me convencendo de que estou realmente grávida. Por mim tudo bem, mas o que esse povo fofoqueiro da cidade iria dizer? Seria um vexame total.

Já estou achando que isso é um método de Caspian para me "obrigar" a casar logo com ele. Eu vou acabar cedendo.

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É sempre um passo pra frente e três passos para trás. (it's always one steep forward and three steps back).

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Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs

Plágio é crime 🚨

Selvagem | 2Where stories live. Discover now