CAPÍTULO 27

4.9K 143 5
                                    

CÉSAR

Já voltamos de viagem e tudo ocorreu muito bem, Hugo já está muito melhor e esse tempo que ele e a Camila tiveram juntos foi crucial, foi bom ver ela tão feliz, não a via sorrir assim a muito tempo... Quando descobrimos do sequestro dela, eu confesso que perdi o meu chão. Ela é uma das minhas melhores amigas e é uma pessoa muito importante pra mim. A recuperação dela foi lenta, tudo o que comia ela colocava para fora, tinha pesadelos horríveis durante a noite e acordava gritando muito, alguém tinha que ir pro quarto dela e ficar lá com ela até a mesma dormir. Betina e GL estavam revesando durante as noites para tomar conta dela, na minha folga e de Alice íamos pra lá para ficar com ela também, mas aos poucos ela foi se acostumando, ela já não precisa mais de ajuda para tomar banho, comer, ou dormir. Ela é uma mulher forte e admiro muito isso nela.

Nesse exato momento eu me encontro perdido, estou em uma loja de flores sozinho sem saber qual escolher, são várias opções, uma mais linda que a outra, todas é a cara da Betina mas nenhuma é o suficiente pra ela. Decido ligar ora Camila, só ela vai poder me ajudar agora.

LIGAÇÃO ON

Eu: Camila, tá oucupada? Se tiver larga tudo o que tá fazendo e vem me ajudar.

Camila: Oi César, tô bem sim, obrigada por perguntar, não, eu não tô oucupada.

Ela fala em tom de deboche e a gente acaba rindo.

Eu: Me desculpa, eu tô nervoso.

Camila: O que você fez?

Eu: Não fiz nada, tô precisando muito de uma ajudinha sua, não fala pra Betina que você tá vindo me encontrar, vou te passar o endereço e você vem o mais rápido possível.

Camila: Tudo bem, até daqui a pouco.

Desligo o celular e vou para porta da floricultura pra esperar Camila.

LIGAÇÃO OFF

Logo Camila chega e eu a explico tudo o que eu pretendo fazer.

- Ela vai amar tanto - Camila fala me deixando mais aliviado.

- Você acha? - pergunto.

- Eu tenho certeza, conheço a minha amiga - ela fala e eu solto um suspiro.

- Ela vai dizer sim? - pergunto e Camila sorri pra mim.

- É claro que ela dirá sim.

- Vem, vamos ver o buquê mais lindo dessa loja - a puxo pela mão para dentro da loja.

...

Não me lembro ao certo quanto tempos ficamos naquela floricultura, a Camila mudava de opinião a cada buquê que via e eu já estava mais perdido que cego em tiroteio.

Quando finalmente achamos um que agradava aos dois, já estava entardecendo.

- A gente agora tem mais ou menos cinco horas pra arrumar todo o resto - eu falo e ela dá de ombros.

- A gente consegue - ela fala indo até o caixa.

- Você tem alguma ideia pra me dar? - pergunto.

- Um quarto de motel... pétalas espalhadas, um "Quer namorar comigo?" na cama, um janta romântico... eu tenho várias coisas em mente. - ela diz

- Você não acha muito simples? - pergunto e ela sorri.

- E você já me viu simples alguma vez?! - Ela pergunta como se fosse óbvio.

- Então qual a sua extravagância? - pergunto.

- Você vai saber... Eu posso já ter pensado em algo.... espera aí que eu vou fazer uma ligação- ela fala pegando o celular.

Vendida ao dono do morroWhere stories live. Discover now