3• Desejos Pecaminosos - Série Desejos |RESPOSTANDO|

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Lúcifer ficou paralisado com aquela informação.

— Não vai dizer nada? — sorriu Rory. 

— Minha irmã? — perguntou ele. — Papai nunca falou sobre você. 

— Eu cheguei depois que você foi expulso — disse Rory. — Ouvia falar de você e sempre queria saber mais, mas papai não gostava muito, pois tinha medo de que eu me tornasse você em uma versão feminina e melhor. 

— Melhor? — perguntou Lúcifer. — Ninguém é melhor do que eu. 

— Eu estive na França depois que saí do céu, lá não era o meu lugar — sorriu Rory. — Quando soube sobre você, eu quis vir. 

— Desculpe não te receber devidamente. 

— Não tem problema, estou tão feliz por estar aqui. 

Lúcifer acenou. 

— O que eles falaram de mim? Disseram que eu sou cruel? Que eu me rebelei? 

— Segundo Miguel, eles falaram apenas verdade. 

— Verdade? Aposto que ele não disse que né, que eu fui jogado no inferno e preso como um animal pelo meu próprio pai. Que eu apenas contestei as prioridades dele e fui expulso. 

— Não, eles não disseram isso, mas eu também não acreditei em nada do que me falaram. 

— Para eles eu sempre serei o vilão. 

— Para mim você não é — Rory falou e Lúcifer a olha. — Os outros podem falar o que quiser, mas você é o meu irmão mais admirado. 

— Gostei dela — Lúcifer olhou para Miguel. — Adoro quando sou admirado. 

— Mas o que aconteceu? — perguntou Rory. — Por que está aqui e aquela garota no seu trono? 

— Longa história — Lúcifer revirou os olhos. — Resumindo, minha filha acha que matei a mãe dela, porque aquele miserável ali na outra jaula disse que eu o mandei assassinar a Márcia, porém eu jamais faria isso com ela. 

— Mas agora eu tenho certeza de que quem matou a Márcia foi o Miguel.

— Por que ele? 

— Porque o Astaroth disse que fui eu, mas não fui e o Miguel veio até aqui no inferno para conhecer a minha filha. 

Rory olhou para Miguel. 

— Ele chegaria a esse ponto? 

— Meu pai me prendeu como um cachorro, você tem alguma dúvida do que ele ainda pode fazer? 

Rory ficou em silêncio. 

— Eles fazem coisas piores. 

Após alguns minutos, Rory foi embora. 

— Quando Antonella voltar vamos começar o plano a sua irmã não passa confiança. 

— Só porque ela me admira? 

— Pelo fato dela te admirar, é um caso sério, mas não por isso alguma coisa nela me causa calafrios. 

— Um demônio sentindo calafrios? 

— Vamos focar no que realmente é importante. 

Algumas horas depois, em uma cafeteria na França, Miguel e Rory estavam sentados em uma mesa com uma xícara de café. 

— Adoro a França — Rory olha em volta. — As pessoas são educadas e belas, vir aqui às vezes é um belo passatempo indispensável para mim. 

— É uma bela cidade — Miguel disse olhando à sua volta. — O país é belíssimo e a cada vez que venho aqui ela parece estar mais maravilhosa. 

Rory olha para o irmão. 

— Lúcifer é realmente o que você disse — Rory disse olhando para Miguel que bebia um pouco do café. 

— Eu sei — Miguel a olha. — Por isso devemos seguir com o plano de papai e matar ele e a garota. 

— Faremos tudo que o papai mandou — disse Rory. — O ódio que ele ainda por papai e por todos é alarmante.

— Apesar de tudo, eu o amo. 

Rory olhou para Miguel. 

— Ele é o meu irmão e eu o amo, mas irei matá-lo porque é o certo a se fazer. 

Rory pensou por alguns minutos.

— Astaroth — disse. — Ele precisa morrer, ele falou demais e agora estamos na mira do Lúcifer. 

— Sim, mas agora é inútil, ele já falou com Lúcifer. 

— Mas parece não ter dito nada a garota — disse Rory. — Devemos eliminar ele e o mandar para o inferno de vez. 

— Depois cuidaremos da garota, ela está sozinha e podemos ganhar ainda mais a confiança dela e matá-la. 

— E depois eu mato meu irmão e a paz reinará. Agora temos que seguir o plano, pois a cada segundo Antonella está mais perto de se tornar a personificação do mal e se isso acontecer aí, sim, ninguém poderá fazer nada.

— Foi engraçado fazer esse caos na vida do nosso irmãozinho, mas agora vamos terminar com isso. 

Miguel acenou.