Capítulo 02

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Rosalia Hwang

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Rosalia Hwang

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Perto da enorme casa consigo ver Carlos caminhando até a porta, em seguida a cena que vejo me faz sentir pequenos arrepios em meu corpo. Uma mulher de pele negra abre a porta com um sorriso enorme no seu rosto.

— Grávida? — olho a sua enorme barriga. Vejo o mesmo toca-lá, ele sorri feliz. — Filho da puta desgraçado. — ando rápido até o táxi — Me espera aqui. — tiro algumas minhas coisas de dentro da bolsa.

— O que a senhora vai fazer?

— Um assassinato. — com a bolsa vazia olho em volta pegando algumas pedras colocando na bolsa.

Caminho até o portão passando por ele. Provavelmente a cara da segurança havia informado sobre mim, ainda bem se não eu não conseguiria passar por eles. Assim que toco a campainha uma senhora abre a porta.

Sem pedir licença entro da casa procurando por ele.

— Seu desgraçado! — grito com raiva assim que o vejo na sala. — Você mentiu para mim! Mentiu para ela! — bato a bolsa nele com todas as forças.

— Rosa eu posso explicar... — tenta fugir, mas não consegue.

— Explicar para mim? — paro e respiro fundo.

— O que esta acontecendo? Exijo uma explicação. — exclama a grávida.

— Você vai ter. — respiro fundo recuperando minha postura. — Esse homem te enganou assim como me enganou. Ele te trai a um ano bem em baixo do seu nariz.

— E como você sabe disso senhorita?

— Por que eu era a amante e eu não sabia! Eu fui feita de palhaça assim como você!
— Não acredite nela querida!

— Quer fazer de bom moço na minha frente? É muita sem-vergonhice mesmo. — começo agredir ele novamente com a bolsa cheia de pedra.

— Seguranças! — ele grita ainda sendo atacado por mim — Seguranças tirem essa louca daqui!

— Louca? Você ficou comigo por um ano enganando a mim e a sua mulher, e ainda por cima gravida de um filho seu. Você me fez de amante e eu não fui feita para ser amante de ninguém meu amor! — ouço passos entrando na sala logo em seguida me pegam pelos meus braços — Me solta que eu sei a saída e eu ainda não terminei. — olho em direção a mulher que ainda estava em choque. — Espero que a senhora se separe dele porque o homem que tem ao seu lado não passa de uma farsa, e eu não duvido nada que ele te traia com outras mulheres com essas "viagens" que ele frequenta diariamente porque seu filho não merece um exemplo de pai como ele!

Sendo guiada pelos seguranças, saio da casa sem olhar para trás, entro no táxi e ali consigo me acalmar um pouco. Peço para ele me levar de volta para casa e ele segue o caminho sem falar nada. Encosto a cabeça no vidro do carro e me pergunto como fui tão burra em cair naquele papinho? Meu Deus! Eu, sendo amante de um homem comprometido e eu não fazia ideia, que Deus me perdoe o que eu vou falar, mas espero que ele sofra o pão que o diabo amassou.

Já em casa começo a arrumar minhas malas para ir embora desse lugar. Minha sorte é que havia guardado um bom dinheiro do meu antigo trabalho e do que meu pai havia dado-me, com isso da para comprar uma passagem para Denver e depois ligar para meu pai ir me buscar.

Meu pai se chama Jhony e trabalha ao lado do afilhado em uma fazenda de leite e derivados em Denver. Meus pais se conheceram, casaram lá, eu nasci lá, não cheguei a conhecer o seu afilhado por que eu havia conseguido uma bolsa de estudo para terminar o ensino médio em uma escola muito renomada em Oklahoma e acabei fazendo faculdade no mesmo estado. Das poucas vezes que os visitava, eu o vi duas vezes, uma em que mamãe morreu.

Eu já havia comprado uma passagem para Denver de avião, para a semana que vem mesmo sendo mais barato ir de ônibus preferi ir mais rápido de avião, e hoje depois de tudo liguei para a companhia aérea para trocar a data.

Ligo para um táxi e com várias malas minhas consigo embarca no avião, já que havia mudado a data do voo para hoje e no horário mais próximo. Ir embora me dava uma sensação de alívio e ansiedade.

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Denver Colorado — 1h30 minutos depois...

Assim que desembarquei liguei para o meu pai vir me buscar no aeroporto mesmo confuso disse estar vindo. Olho ao redor sentindo minhas mãos suarem e logo vejo uma camionete vermelha e sorrio, o mesmo sai do carro eufórico  sorrindo ao me ver.

Corro até ele pulando em seus braços o abraçando forte.

— Minha princesinha tá dê volta em casa. — toca meu rosto. — O pai tava com saudade de você meu bem.

— Eu também estava papai. — o abraço novamente — Me perdoe pai! — choro sentindo minha garganta doer — Me perdoe por deixar o senhor aqui sozinho.

Ele segura meu rosto e sorri limpando minhas lagrimas logo em seguida beijando minha testa.

— Não se desculpe querida, aqui é o meu lugar. Eu não conseguiria ficar longe da minha terra por muito tempo e você é um bicho solto não podia prender você comigo.

— Mas...

— Nada disso. Vamos para casa e comemorar, colocar a prosa em dia porque a minha filha tá dê volta e é para ficar. — sorrio e o abraço novamente.

— Eu te amo velhote.

— Eu te amo filhotinha. — beija minha testa novamente. — Não gostei dessa sua voz sem o sotaque do caipira.

— Pai... — sorri.

— Se preocupa não que nós da um jeito, jaja tá falando certin. — pega uma das minhas malas colocando no carro.

Eu amo esse velho.

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Eu Amei Um AnjoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora