Capítulo 06

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Joseph Arzic

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Joseph Arzic

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Suspiro esfregando o rosto e volto a analisar papeis de uns gados que eu havia comprado. Quinhentas cabeças, é, penso que exagerei dessa vez.

— Ei patrão, desculpa atrapalhar o senhor aí. — um dos meus trabalhadores entra ofegante. — Mas ta tendo uma fuzuê danado la na entrada da fazenda e o senhor Jhony ta com a espingarda.

— O quê? — levanto colocando meu chapéu e saio correndo da sala ao lado do homem — E como vocês deixaram ele pegar na espingarda? Vocês são loucos.

— Ah patrão... Parece que quem ta fazendo a confusão la é o ex da filha dele. — tira o chapéu esfregando a cabeça e coloca de novo — Patrão sabe que como o cara fica quando falam de alguém que ele gosta.

— Oh se sei.

Lembro quando criança e a madrinha ainda era viva, o sonho dela era ter uma casa própria bem bonita e algum pilantra deu um golpe nela e ainda xingou a chamando puta, padrinho quando descobriu ficou louco de raiva pegou a espingarda e deixou igual uma peneira de tanto furo. Foi difícil para caralho tirar ele da cadeia o que deixou madrinha mais triste ainda, quando ele saiu a primeira coisa que ele fez foi compra uma casa grande e bem bonita para ela.

Hoje a casa é fechada, padrinho não vendeu e nem alugou ela, sempre que pode ele vai na casa fazer uma faxina e limpar o quintal, ele diz ser uma das únicas lembranças que ele tem dela.

Assim que chego lá ouço os tiros e sei que é tarde de mais, chego perto vendo o meu anjo falar com o homem e depois ela sai chorando.

— Padrinho! — seguro ele.

— Ora! — se solta e fica andando de um lado para o outro — Filho de uma eguá sem-vergonha, ainda tem cara de vir aqui, deixa ele vir de novo e mostro a ele com quantas balas se faz uma peneira.

— Pra que essa brabeza toda homem? — Maria pergunta.

— Aquele vagabundo enganou minha filhote, ela era amante dele e ela não sabia, enganou a esposa gravida e a minha filha. — Maria tenta puxar ele para dentro para se acalmar, mas ele nega. — Não encosta em mim mulher, eu to pior que onça quando meche com o filhote dela.

— Aonde esta a anjo? — pergunto olhando ao redor.

— Anjo?

— Sua filha uai. — ele olha ao redor preocupado — Eu vou atrás dela se preocupa não.

Pego meu cavalo indo em direção a uma cachoeira que tinha ali perto, ela não pode ter ido muito longe. Amarro a corda do cavalo na árvore e entro na mata. Ainda um pouco longe conseguia ouvir o barulho de queda d'água caindo, a vejo de longe e me aproximo devagar.

— Te encontrei anjo. — ele ignora e continua encolhida — Padrinho esta preocupado com você.

Ela responde que já estava indo limpando as lagrimas rápido parar eu não perceber. Digo que havia visto o que aconteceu.

— Agora deve me achar uma aproveitadora não é? Assim como os todos?

Digo que não e ela me olha, explico que seu pai havia me falado tudo. Ela diz seu nome e eu digo o meu, caramba! Tudo nela é perfeito. Ficamos mais uns minutos ali depois eu a chamei para ir embora.

— Sabe montar?

— Não, me ajuda? — concordo com a cabeça e ajudo a subir no cavalo depois faço o mesmo.

— Pronta? — concorda com a cabeça. Ela sem perceber apoia seu corpo no meu deitando a cabeça no meu peito me fazendo sentir seu cheiro. — Perfeita... — minha voz sai rouca fazendo ela se arrepiar e eu sorri, logo deposito depois um beijo delicado no seu ombro.

— É lindo aqui não é? — diz observando o por do Sol.

— Eu sou suspeito para falar, mas essa fazenda é o meu segundo lugar favorito.

— E o primeiro? — me olha curiosa.

— Talvez, quem sabe, um dia eu te falei. — seus lábios se forma um bico me fazendo sorri e ela se vira para frente.

— Você gostava dele?

— Se você me perguntasse antes eu poderia dizer que sim, mas agora eu não faço a mínima ideia.

— Entendi...

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— Esta entregue. — ajudo descer do cavalo. — Boa noite anjo — balanço a cabeça segurando o chapéu.

— Obrigada — sorri — E boa noite. — acena e vou para casa.

Desço do cavalo tirando a cela do mesmo e depois soltando no campo, entro em casa e vou direto para cozinha e assim que entro vejo alguns homens sentado conversando e rindo enquanto Helena fazia a comida.

— Patrãozinho chegou — comprimento todos — Tava conquistando o coração a filha do seu Jhony né?

— E é da conta de vocês? — tiro o chapéu pendurando ele. — To dando muita liberdade. — eles riem.

— Patrão ta dê quatro pela moça. — diz Helena — Ela parece ser uma boa menina.

— Ate você Helena? — ela ri dando de ombros.

— Chama ela para roda de viola que vai ter amanha, bichinha chegou hoje precisa fazer amigos e dança

— Ta bom. — digo.

— Mas nada de fazer merda em?!. — ela aponta a colher de pau na minha direção.

— Não sou vacilão.

— É o que nós vai ver.

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Eu Amei Um AnjoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora