capítulo 16

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Sabrina

Negrito:Qual foi? Hum, ih? Fodase! - falou em ligação- To em corre, não rola.

Aproveitei que ele tinha saido do quarto e fui guardando meus livros.

Negrito: É isso mermo, fé ai!

Falou e desligou, entrou no quarto, ficou me olhando maior cota, depois tirou a blusa e veio pra cima.

Sabrina: Qualé, calma la - falei parando de beijar - Negrito! Pera, calma! Para!

Dei um grito por fim.

Negrito: Qual foi?

Sabrina: Apaga a luz, tu sabe que não gosto assim.

Falei e ele negou.

Negrito: Desde a primeira vez que nós ficou, nunca vi seu corpo sem roupa direito, porra.

Sabrina: Quando a gente tomou banho junto.

Negrito: Ce tava de costas, porra!

Sabrina: Ou apaga, ou não rola nada.

Negrito: Caô, quem manda sou eu!

Ele puxou minha blusa e eu desci a mesma rápido, mas ele viu.

Negrito: Que caralho é isso?

Sabrina: Nada, vai la apagar a luz.

Negrito: Solta a blusa!

Sabrina: Apaga a luz.

Negrito: Eu num to pra brincadeira!

Sabrina: Ta bom, vamos continuar, só deixa eu apagar a luz.

Assim que levantei, ele me puxou e subiu minha blusa.

Sabrina: Me solta! Ta maluco?

Negrito: Ce ta toda roxa porque?

Sabrina: Não é nada.

Negrito: Solta a voz, agora!

Falou me olhando de um jeito totalmente estranho, olhos escuros, sem se quer um brilho.

Ele fechou a cara e as mãos, tremi ja orando mentalmente.

Sabrina: Não precisa ficar bravo, esta tudo bem.

Negrito: Aquele soldado encostou em você?

Que?

Sabrina: Que?

Negrito: Agora o filho da puta morre!

Sabrina: Espera, não, não é isso, ninguém me bateu!

Falei, mas não adiantou, entrou em um ouvido e saiu por outro.

Sabrina: Negrito! Espera, não faz merda, ele não fez nada!

Quem disse que ele parou, saiu do barraco que nem um louco.

Sai correndo atrás dele, mas ele ja tinha saido cantando pneu com o carro.

Ai Deus, agora fodeu- pensei alto colocando a mão na cabeça.

Entrei de volta, me troquei e fui em direção ao samba, certeza que ele estava la.

Subi correndo, morrendo de medo dele tirar a vida do menino por nada.

Assim  que cheguei la vi o carro dele no meio da rua, olhei para os cantos e vi ele chacoalhando o menino no meio do povo.

Corri ate eles e quando fui separar ele jogou o menino no chão, destravando a arma na mesma hora.

Meu coração acelerou, eu nao sabia oque fazer.

Ele não pode morrer, não carregando algo que não foi ele quem fez.

Quando ele mirou, não pensei duas vezes e corri para perto.

Sabrina: Negrito, não!

Gritei e ele atirou, por impulso pulei na frente daquele soldado e senti algo me queimar.

Olhei para ele e neguei, me segurando no braço do mesmo.

Sabrina: Ele não fez nada comigo, acredita em mim!

Negrito: Ele soltou o verbo que entrou no quarto e tu disse que ele ficou te olhando, quem me garante que não foi ele?

Sabrina: Eu! Eu te garanto, porque não foi! Eu juro que nao foi.

Falei e fiz careta de dor, minha barriga estava doendo demais.

Não entendi nada, certeza que era o medo dele.

Aquele olhar era estranho demais.

Nunca tinha visto um parecido.

Negrito: Quem fez isso contigo? Responde Sabrina! Quem botou a mão em tu?

Eu estava perdendo minha consciência, não estava entendo, comecei a ver tudo embaraçado.

Negrito: Fala comigo, Sabrina, ta chapando?

Perdi minhas forças e não consegui me segurar mais nele, cai de joelhos no chão e ele me puxou.

Xx: Qual que é patrão, o tiro acertou nela pô.

Negrito: Sabrina, porra! Olha aqui caralho!

Falou me puxando.

Sabrina: Eu... eu nã... consi.. go..

Eu tentava falar, mas parecia que minha língua embolava, nada saia certo ou inteiro.

Sabrina (M) Where stories live. Discover now