Negrito
Sai pra boca na maior pressa.
Tinha umas cargas de droga e de armamento pra chegar ainda hoje e se não chegar, mato meio mundo dessa favela, to nem vendo.
Desci do carro e ja fui pra minha sala fiquei revisando uns bagulho doido la, ate Careca aparecer.
Careca: Ai Negrito, qual que é, podemo trocar umas palavra?
Negrito: Solta a voz.
Careca: Lembra aquele dinheiro que falei pra tu que sumiu? Aquele dia olhei só uma parte, mas quando fui ver hoje, sumiu quinze mil viado.
Negrito: Antes era dois e agora quinze? Ta de tiração pra cara de vagabundo?
Careca: Pô parceiro, é que eu nao contei no dia ne, e como Sabrina tava longe achei que ela mexeu, mas a mina voltou e pa.
Negrito: Voltou pra onde?
Careca: Diz Liliane que ela ta em casa, so que cheia de trampo e com a faculdade também, botei fé porque minha mulher falou, mas nem to vendo ela pô.
Negrito: Se tua mulher diz, quem é nós pra contrariar ne.
Careca: Então ai to desconfiado de que tem alguém entrando la em casa, quando ninguém ta ligado?
Negrito: Ai namoral? Faz o seguinte, só vem aqui com o papo certo, tu tlgd que não gosto dos bagulho na metade.
Falei puto e ele concordou.
Negrito: Ve tudo certo, conversa com os vizinhos, os fofoqueiro que na sua rua tem um monte, alguém viu alguma coisa pô.
Falei e ele ficou me olhando.
Negrito:Ai tu chega aqui e me passa a visão completa pô, tu é meu cria, vou meter bala em quem tiver de caôzada contigo, mané.
Careca: Firmão ai chefe, valeu mermo pela ajuda, vou averiguar e te passo os bagulhos.
Falou fazendo um toque comigo e saindo da minha sala, bolei um verde e marolei sozinho mermo.
.....
Sabrina
Estava tão entediante meu dia que acabei saindo e com os últimos quinze reais da minha conta, fui tomar um açaizinho, porque ninguém é de ferro.
Eu estava me sentindo muito sozinha e presa naquele barraco, não tinha nada pra fazer la.
Então resolvi dar uma volta, não estava 100% bem, mas ja era um bom começo sair.
Subi o morro e achei um bar com uma sorveteria perto da quadra, entrei e fui fazer meu pedido.
Fiquei conversando com uma das atendentes e vi que só pelo oque ela falava o movimento era grande.
Atendente: Você ja trabalhou com cliente? É chato ne?
Sabrina: É demais, trabalhava la no asfalto ainda, o povo se sentia a última bolacha do pacote.
Atendente: Nem me fale menina, ai os caras que vem aqui, acha que a gente tem a obrigação de fazer tudo correndo e na hora que eles pedem
Sabrina: Ai mulher, ai você só ignora, eu aprendi muito disso quando trabalhava com cliente.
Atendente: Eles são insistentes, nao adianta.
Sabrina: Então seja debochada e grossa, um desses dois tem que adiantar!
Atendente: Quer trabalhar aqui comigo nao? Seria o máximo!
Sabrina: Se vocês estiverem contratando, eu quero!
Atendente: Me passa seu número agora, que vou mandar meu pai te contratar.
Sabrina: Teu pai?
Atendente: O dono disso aqui menina, sou filha do dono, por isso trabalho aqui, se não estaria era em casa!
Sabrina: Ai Deus, você é demais!
Falei rindo junto com ela.
Acabei passando meu número e fiquei la tomando meu açaí e conversando com ela sobre tudo de la.
Se caso eu fosse contratada, trabalharia de quinta á domingo, e receberia por horas que eu ficaria no bar.
Diz ela que esses são os dias que mais enchem, sem contar quando tem jogo do flamengo e todos os traficantes vem assistir aqui.
Pensei em desistir, porque parecia maior treta.
Traficante, folgado, pensando que manda em mulher que serve ele, imagina minha mão na cara dele e depois meu corpo estirado no meio da favela?
Sai fora!
Mas ai eu preciso de dinheiro ne?
Então ia segurar minha raiva e iria trabalhar como uma linda moça de Deus que precisa de dinheiro.
Porque eu realmente preciso.
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Sabrina (M)
FanfictionEu me apaixonei pelo sorriso dele, Mas não é qualquer sorriso, É aquele sorriso que ele dá Quando só esta somente nós dois, Sozinhos. Vivendo os nossos momentos, No nosso mundo, Porque no nosso mundo, Só nós vivemos, Só nós sabemos, Só nós con...