Ayla Cazarez Mora uma adolescente que é mal vista pelas garotas da sua escola por achar os garotos da escola idiotas e babacas, por mais que sejam bonitos na voz de outras meninas mas para Ayla todos eram idiotas, porque realmente eram.
Mas tinha um...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Ayla Cazarez Mora
TERMINO DE ASSISTIR O FILME NO momento que acaba eu sinto um vazio, era assim toda vez, como se caísse na realidade de que minha mãe não estivesse aqui...e realmente ela não está. Olho para um ponto aleatório da televisão já desligada, meu pai sempre diz para eu e o Miguel que não devemos ficar triste por conta da perda, afinal minha mãe não gostaria disso.
Mas ele vive no trabalho, se entupindo de coisas para fugir da realidade, fugir da dor, mas e eu? O que eu poderia fazer? Minha mãe me ensinou muitas coisas, mas não me ensinou a viver sem ela,e essa é uma dor constante.
Sinto minhas mãos tremerem, enquanto minha visão fica turva por conta das lágrimas, de novo está acontecendo... Eu achei que já tinha passado por isso, mas eu nunca aprendo, eu já estive aqui antes. A respiração fica descontrolada, e as mãos tremem mais, enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Agarro minhas pernas deitando a cabeça sobre os joelhos, tento me acalmar mas a cena dela pela última vez, na cama fria do hospital me faz estremecer. Me levanto para ir ao quarto, mas deparo com Miguel descendo as escadas.
- Ay, eu falei com o Mason...- ele diz animado, mas para assim que me vê. Seu sorriso se desfaz ele abaixa o olhar vendo minhas mãos inquietas.
- Eu...- não sou capaz de falar mais nada, minha respiração falha. Miguel não fala uma palavra, ele só me abraça o mais forte possível, seus braços quentes me rodeiam eu afundo o rosto no seu peito, meu irmão passa a mão no meu cabelo me acalmando.
- Eu estou aqui. - Miguel diz com a voz também embargada, parecendo voz de choro. - vai ficar tudo bem. - ele diz me apertando mais no abraço enquanto eu soluço molhando sua camisa.
Devagar minha respiração volta ao normal, mas em nenhum instante ele me solta, permanecemos alí, abraçados enquanto ele me ajuda no meu pior momento.
Solto Miguel limpando meu rosto, ele também limpa as lágrimas do seu.
- Tá melhor? - Miguel pergunta segurando minhas mãos e passando a mão na minha bochecha molhada.
- Um pouco. - falo tentando manter a voz firme.
- Vai dormir um pouco, quer comer alguma coisa? - Miguel pergunta preocupado.
- Não Mickey, eu acho que quero deitar. - falo olhando os olhos vermelhos do meu irmão.
- Não precisa passar por isso sozinha,eu estou aqui viu. - Miguel diz me dando um abraço novamente.
- Viu. - falei apertando ele no abraço. O moreno me leva até meu quarto, novamente ele pergunta se não quero comer algo ou se preciso de alguma coisa. Eu falo que não e ele sai do quarto.
Minhas lágrimas descem de novo, molhando meu travesseiro, agarro o lençol com a mão, por que dói tanto ? Faz anos, eu devia ter esquecido, eu devia aprender a lidar com a dor.
