Jade Cardoso, vulgo patroa, é a dona de alguns morros do Rio de Janeiro; Morro do Vidigal, Rocinha e Complexo do Chapadão. Inicialmente era apenas o complexo do Chapadão, mas Jade acabou conquistando os outros dois. Ela herdou o complexo do Chapadão...
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Eai, eu me chamo Jade Cardoso de Santana Oliveira, mas sou mais conhecida como patroa. Herdei o Complexo do Chapadão há 7 anos atrás, pouco antes de completar 18 anos. Desde então, tenho comandado o complexo e consegui conquistar outros dois morros; a Rocinha e o Morro do Vidigal. Deixei ambos os morros na mão dos meus dois melhores amigos de infância, Lennon e Victor. Lennon ficou no Complexo do Chapadão, Victor ficou na Rocinha e Filipe, meu ex namorado, ficou como gerente do Morro do Vidigal.
Neste momento estou na minha sala, fumando um fininho, enquanto terminava de resolver algumas coisas com o meu advogado, pois ele estava me ajudando a retirar um dos meus vapores da prisão.
-Patroa, o Magrão tá aqui na entrada do morro pedindo pra conversar contigo- disse Md.
Magrão é, ninguém mais e ninguém menos, que o dono do Morro do Alemão. Há anos ele vem tentando conquistar os meus morros, mas já deixei bem claro que ninguém vai conseguir fazer isso.
-Deixa ele subir, mas vem com ele. Não confio nas intenções do Magrão.
-Tá bom, patroa- ele diz pelo radinho.
-Fé Md.
-Fé patroa.
Jogo minha cabeça para trás, a encostando na cadeira e suspiro. Não aguentava mais problemas entrando na minha cabeça. Estava perdida em meus devaneios, quando ouço uma batida na porta.
-Patroa, é o daddy- ouço a voz de Alexsandro soar atrás da porta.
-Pode entrar.
Então a porta se abre, revelando Alexsandro.
-Falaram que o Magrão 'tava subindo 'pra cá- ele diz, enquanto caminhava em minha direção. -Então queria estar aqui com você quando ele chegasse.
-Quem te falou que eu deixei ele subir?- pergunto, com um sorriso de canto e com uma das sombrancelhas arqueada.
-O djonga.
-Fofoqueiro...
Depois de uns 15 minutos conversando com o Daddy, Md, Djonga, Veigh e Magrão, finalmente, chegam.
-Jade Cardoso- Magrão diz, abrindo os braços e caminhando até mim, mas ele para quando vê Daddy colocando o seu fuzil para frente e colocando o dedo no gatilho. -Não sabia que a dona do morro precisava de seguranças.
-O que tu quer aqui?
-Juntar nossos morros, como uma trégua.
-E como seria essa trégua?- pergunto me inclinando para frente. Eu estava realmente interessada no que ele queria.
