Jade Cardoso, vulgo patroa, é a dona de alguns morros do Rio de Janeiro; Morro do Vidigal, Rocinha e Complexo do Chapadão. Inicialmente era apenas o complexo do Chapadão, mas Jade acabou conquistando os outros dois. Ela herdou o complexo do Chapadão...
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Três dias depois;
Hoje é sexta-feira, então, como uma boa festeira que sou, decidi organizar um bailão de dois dias para todos se divertirem. Eu estava, realmente, precisando de algo para destrair minha mente. Os últimos meses foram, simplesmente, sufocantes. Os canas tentaram entrar nos morros umas quatro vezes em cada um e acabaram conseguindo entrar uma vez no Complexo do Chapadão, mas os meus vapores meteram bala neles e, os que sobraram, vazaram.
-Patroa, tem uma mina aí querendo trocar um papo contigo- Ret diz, assim que abre minha porta.
-Manda subir.
-Blz Patroa.
Filipe sai, mas logo volta acompanhado da tal garota que queria me ver.
-Manda o papo- digo olhando a garota.
-Como hoje vai ter baile, eu queria pedir 'pra senhora 'pra deixar uma amiga minha lá da barra vir aqui 'pra curtir essa noite comigo.
-Qual o nome da tua amiga, garota?- pergunto a olhando. Eu, obviamente, iria mandar descobrirem quem era essa garota. Nunca que eu iria permitir a entrada de alguém que eu não conheço. -Quero o nome completo dela.
-Anna Clara Siqueira Pereira da Silva.
-Sabe o nome dos pais?
-A mãe se chama Ana Paula Siqueira Pereira Ferreira e o pai Fernando Pereira da Silva Lopes- anoto os nomes em uma folha.
-Tá bom. Qualquer coisa eu mando um dos meus vapor te trazer.
-Tá bom, patroa- ela se levanta envergonhada e sai da minha sala.
-Vou passar os nomes pro Daddy ver quem são- Filipe diz, pegando a folha.
-Obrigada, Lipe.
-De nada, ararinha.
Filipe sai da sala, me deixando sozinha novamente. Com eu estava muito entediada e não tinha mais papelada alguma para resolver, decido fazer um beck, para relaxar um pouco. Fiquei alí tragando o meu beck, até que alguém bate na porta.
-Pode entrar- digo e logo a porta se abre, revelando Daddy. -Achou algo suspeito dentre os nomes que o Ret te passou?
-Para sua tristeza ou felicidade, não- ele caminha até a minha mesa e se senta à minha frente. -Aparentemente são uma família comum.
-A garota é filha única?
-Sim- Daddy diz e se inclina para pegar o beck da minha mão.
