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✨Flashback on✨

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Flashback on

    Ultimamente estavam ocorrendo várias invasões nos meus morros e um informante de confiança disse que os canas iriam tentar invadir o Complexo do Chapadão, então eu, o Ret, o meu irmão, o Cabelinho e o Daddy fomos lá para dar reforço para o Lennon e para os outros envolvidos.
  Neste momento, eu, Lennon, Ret e Daddy estávamos preparando nossas armas.

-Ret, tu vai com o L7 e o Daddy vai vir comigo- digo e os três homens concordam com a cabeça.

-Patroa- Djonga me chama, assim que entra na sala onde estávamos.

-Fala djonga.

-Já informaram que os canas tão chegando.

-Tá bom.

   Pego minha arma e as munições e desço onde os outros estavam.

-Os canas tão chegando, então, assim que eles entrarem, metam bala sem dó- digo firme. -Não tenham medo de matarem esses folgados do caralho, tenham medo de serem mortos por eles.

  Todos preparam rapidamente suas armas e, antes que eu pudesse sair, ouço a voz do Ret.

-Toma cuidado, Jade.

-Cuidado é o meu nome do meio, Ret- respondo, com um sorriso de canto.

-E você, daddy- ele se vira para Alexsandro, que estava um pouco atrás de mim. -Proteja ela como se fosse a coisa importante da sua vida. Se algo acontecer com ela, eu te mato.

-Eu nunca deixaria nada acontecer com ela, Ret.

-É bom mesmo, garoto.

-Vocês dois também tomem cuidado- digo olhando para Ret e Lennon.

-Sempre, ararinha- eles respondem em uníssono.

   Puxo o Daddy para sairmos. Ele estava apreensivo, não que eu não estivesse, mas ele estava demais.

-Tá tudo bem, Alex?

-Tá sim, ararinha.

-Fica tranquilo, tá?- pergunto e deposito um beijo em sua bochecha. -Todos nós vamos ficar bem... menos os canas, é claro.

   Todos os moradores estavam trancafiados em suas residências, pois não queríamos acabar comprometendo a vida de nenhum daqueles inocentes, principalmente a vida das crianças.
  Eu e Daddy nos posicionamos em um ponto estratégico e esperamos o Djonga dizer algo pelo radinho.

-Os canas tão entrando- Djonga anuncia.

-Se preparem- digo pelo radinho.

   Eu odiava essas invasões, pois além de fazer os policiais ficarem se sentindo os fodões, perdíamos várias vidas no processo. Pessoas inocentes e envolvidos morriam por, basicamente, nada. Mães perdem seus filhos durante isso, ele sendo um vapor ou não.

  Não demora muito para que o barulho alto de tiros seja ouvido.

-Patroa, fica aí- ouço a voz de Victor soar pelo radinho. -Se você descer aqui agora, eu mesmo meto uma bala na tua cabeça.

   Reviro os olhos com a sua fala e então me preparo para o "momento certo".
  Logo vejo Murilo, o atual tenente-coronel e antigo parceiro do meu falecido pai.

-Fica aí, Daddy.

-O que você-

   Saio de onde nós estávamos "escondidos". Assim que Murilo me vê, tira o sorriso sarcástico dos lábios.

-Olha só, parece que a princesinha decidiu voltar- digo sarcástica, enquanto andava em sua direção.

  Eu odiava esse homem com todas as minhas forças. Ele só virou tenente-coronel quando entregou o meu pai para os policiais.

-Olha só se não é a jadizinha.

-Sem enrolação- começo. -O que vocês querem no meu morro?

-No seu morro?- ele pergunta, sorrindo sarcástico. -E uma mulher é capaz de comandar o Complexo do Chapadão?

-Não é capaz apenas de mandar no Complexo do Chapadão, como é capaz de acabar contigo rapidinho na porrada.

-Então vem aqui, jadizinha.

   Reviro os meus olhos e vou em sua direção.

-Você não passa de uma cadela fácil e repugnante- Murilo diz, se aproximando do meu rosto.

   Dou um chute no meio de suas pernas, o fazendo se encolher por conta da dor, então aproveito para dar um chute em sua costela, o fazendo cair. Vou até ele e fico por cima dele, enquanto enchia seu rosto de socos.

-Você vai se arrepender de ter feito aquilo com o meu pai- digo enquanto depositava socos em seu rosto.

   Paro de socar o seu rosto e pego a faca em meu bolso traseiro.

-Mas antes disso, diga olá para ele por mim- ele diz com dificuldade, me fazendo ficar confusa.

  Mas então sinto uma ardência na minha barriga, logo depois de ouvir um barulho. Olho para baixo e vejo minha blusa encharcada de sangue. Desvio meu olhar para Murilo, que mesmo perdendo a consciência, tinha um sorriso sarcástico nos lábios. Sim, ele havia me dado um tiro. Enfio a faca em seu peito e saio de cima dele, caindo ao seu lado.

-JADE!!!- ouço alguém gritar meu nome.

   Vejo Daddy correndo em minha direção e ele me pega no colo.

-Jade, você precisa ficar acordada- ele diz. -Você não pode fechar os olhos de jeito nenhum.

   Tento fazer o que ele mandou, mas perco a consciência assim que sinto minhas costas entrarem em contato com o couro preto da minha BMW.

La ChicaWhere stories live. Discover now