Princesa de Nárnia - Príncipe Caspian

Proposta

      Enquanto Pedro conversava com Caspian, Clarissa havia ido checar como as coisas estavam com as tropas e começar a planejar estratégias. Bom ela teria feito isso d

se não tivesse sido chamada por Lúcia, que a pegou para o topo do monte Aslam.

      Edmundo, Susana e Trumpkin já estavam lá, observando diversos soldados do exército de Miraz saindo da floresta com grandes catapultas, posicionando-as em direção ao monte.

      - Edmundo, busque Pedro e Caspian por favor! - Clarissa mandou e Edmundo assentiu e saiu correndo a procura do irmão que em questão de minutos retornou acompanhado dos dois

      Pedro tinha a feição extremamente preocupado e olhava para todos sem saber o que fazer, ele sabia que o exército de Miraz era muito maior que o deles e que tinham poucas chances.  Todos ficaram um ao lado do outro observando os soldados entrando no campo.

      Clarissa chamou todos para dentro do monte e vai diretamente para um local mais reservado, já pensando em uma estratégia.  Pedro deu a ideia de enviar Lúcia a uma parte da floresta à procura de Aslam, porém Trumpkin discordou, não gostando nem um pouco da idéia.

       - Com mil bombas, qual o seu próximo grande plano ? - retrucou Trumpkin encarando o loiro com as mãos apoiadas na mesa feita de pedra. - mandar uma menina para a parte mais escura da floresta... sozinha ? 

      - É a nossa única chance! - argumentou Pedro.

      - E ela não estará sozinha! - completou Susana.

      - Já não morreram muito de nós? - perguntou o anão olhando Lucia.

      - Nikabrik era meu amigo também, mas perdeu a esperança... a rainha Lúcia não e muito menos eu! - disse Caça-trufas

      - No momento Lúcia é a nossa melhor esperança! - Clarissa se pronunciou. - Ela conseguiu ver Aslam, mesmo quando nós apenas sentimos sua presença, se tem alguém que pode encontrá-lo é ela.

      - Por Aslam! - disse Ripchip levantando sua espada.

      - Por Aslam! - concordou um grande urso.

      - Então eu vou com você! - falou Trumpkin.

      - Não! Nós precisamos de você aqui. - Lucia disse colocando uma mão no ombro de Trumpkin.

      - Precisamos segurá-los até Lúcia e Susana voltarem.- disse o Pevensie mais velho.

      - Com licença! - disse Caspian atraindo a atenção. - Miraz pode ser um tirano assassino mas como rei está sujeito às tradições e expectativas de seus súditos, existe uma em particular que pode nos dar um tempo. 

      Caspian explicou sobre um duelo que poderia ocorrer entre Pedro e Miraz, o que poderia servir para dar o tempo que precisavam, era arriscado mas poderia funcionar.

      - Então está decidido, Edmundo  ficará encarregado de enviar o recado a Miraz juntamente a dois de nossos soldados narnianos! - Pedro decidiu.

      - Eu acompanharei Edmundo! - disse Clarissa e Pedro a olhou. - Não sabemos se Miraz não tentará nos atacar, um grifo irá nos acompanhar de longe, caso precisemos recuar, assim nossos soldados não precisaram se preocupar em nos tirar de lá.

      Logo Clarissa e Edmundo deixaram o monte Aslam, acompanhados de um centauro e um gigante, mais atrás sobrevoando os céus um grifo. O caminho foi silencioso e ao se aproximarem só acampamento de Miras, localizado dentro da floresta, alguns guarda os acompanharam ao encontro do tirano, enquanto o centauro e o gigante esperaria do lado de fora.

         Assim que entraram  na grande construção de madeira onde Miraz se encontrava e ele os olhou com superioridade e ódio.

         - Falem logo o que vieram fazer aqui! - disse Miraz de forma ríspida se sentando e  Edmundo começou abrir a um pergaminho escrito por Pedro.

         - Eu, Pedro, por graça de Aslam, por eleição e por conquista grande rei de Nárnia, senhor de Cair Paravel e imperador das ilhas solitárias, para evitar o abominável derramamento de sangue por meio desta, desafio o usurpador Miraz a uma única luta ao campo de batalha, a luta será até a morte, a recompensa será total rendição.

        Miraz olhou para os dois reis com uma cara nada boa enquanto Edmundo enrolava o pergaminho 

        - Diga-me príncipe Edmundo...- começou Miraz 

        - Rei! - Clarissa o corrigiu áspera.

        - Perdão! o que disse? - perguntou Miraz com arrogância.

        - É... rei Edmundo na verdade. - explicou Ed. - só rei... Pedro é o grande, eu sei que é confuso. 

        - E você? Qual das rainhas é? - perguntou o homem com desdém.

        - Sou a Grande rainha Clarissa. - ela respondeu inexpressiva.

        Miraz a olhou de forma séria, engolindo em seco e apertando suas mãos levemente, vira do que aquela garota era capaz de fazer e certamente não queria enfrentá-la.

        - Porque arriscar tal empreitada se os nossos exércitos irão exterminar vocês ao cair da noite ? - perguntou Miraz.

       - Você já não subestimou demais nossos números ? - revidou Ed. - Bom... quer dizer, a uma semana atrás os narnianos estavam extintos. 

       - E vão ser extintos de novo. - diz Miraz nos olhando.

       - Então deveria ter o que temer! - Clarissa provocou.

       - Não é uma questão de bravura. - disse Miraz dando risada.

       - E por bravura se recusa a lutar com um espadachim com metade da sua idade? - perguntou Edmundo sorrindo e Clarissa riu. 

       - Eu não disse que me recusava. - disse Miraz e apoiou suas mãos sobre a mesa.

       - O senhor terá nosso apoio majestade... seja qual for a decisão!- disse um dos lorde.

       - Senhor, sozinha a nossa vantagem militar já fornece desculpa perfeita para evitar que...- tentou falar um dos lorde, mas Miraz o impediu de terminar de falar.

       - Eu não vou evitar nada! - disse Miraz em tom rude se levantando de sua cadeira de forma agressiva 

       -Eu só quis assinalar que meu rei está dentro do direito de se recusar. - disse o lorde se explicando.

       - Sua majestade nunca se recusaria... ele aprecia a chance de mostrar para as pessoas a coragem do novo rei! - falou o general de Miraz atraindo a atenção de todos.

       - Você e você. - disse Miraz apontando a espada para Edmundo e para Clarissa. - Torçam para que a espada do seu irmão e do seu querido reizinho  seja mais afiada que uma pena! - diz Miraz.

       O rei e a rainha se olharam e assentiram, logo deixando o acampamento de Miraz e partindo, com seus soldados, em direção ao monte Aslam para informar que haviam conseguido. Agora era torcer para que Lúcia conseguisse chegar a Aslam, a pequena rainha era a esperança deles e esperavam que nada de ruim acontecesse a ela.