Capítulo 12 - Impulso

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Boa leitura :)
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Na segunda Lisa chegou a escola animada e ansiosa, e durante toda a manhã ficou contando as horas, esperando que passassem rápido. Quando finalmente o sinal tocou, Lisa se levantou correndo e saiu da sala sem avisar ninguém onde ia e quando chegou a porta do estúdio de balé sentiu uma animação crescente em seu peito.

-Lisa - era Mina que se metia na frente dela, tampando sua visão e lhe impedindo de procurar por Rosé.

-Oi, Mina - forçou um sorriso.

-Perdeu sua viagem - ela comentou - Rosé não está aqui.

-Ela não vem à aula hoje? - questionou.

-Não - respondeu simplesmente.

-Mas por quê? - perguntou intrigada, ela nunca faltava às aulas.

-Parece que ela está um pouco doente - deu de ombros - uma gripe ou algo do tipo, aí ficou em casa hoje.

-Ah. Tchau, Mina.

Antes que Mina pudesse abrir a boca de novo, Lisa já havia sumido. Ela cruzou os braços, bufou e revirou os olhos.

-De nada, disponha - disse ironicamente - sempre que precisar, é pra isso que a burra aqui serve.

Antes que pudesse perceber, Lisa estava tocando a campainha da casa de Rosé. Queria saber se ela estava bem, se sua doença era algo grave. Sentia-se uma completa idiota por tamanha preocupação, mas não podia evitar.

-Quem é? - a voz doce e suave perguntou através da porta.

-Não consegue adivinhar? - Lisa perguntou sorrindo.

A porta se abriu rapidamente e mesmo sem poder vê- la, Rosé sorriu, refletindo o entusiasmo de Lisa ao poder olhar pra ela.

-O que faz aqui? - ela perguntou surpresa.

-Me disseram que estava doente - Lisa deu de ombros - vim ver se estava bem.

O sorriso de Rosé aumentou.

-Entra.

A menina deu espaço pra que Lisa passasse e ela entrou na casa dela. Era um lugar espaçoso, agradável e bem decorado. No fundo, o acesso ao segundo andar da casa ao invés de uma escada, era uma rampa.

-Essa é minha casa - Rosé sorriu indo pra junto dela.

-É linda - ela comentou com um leve sorriso - mas então, como está?

-Estou bem - garantiu - só um pouco gripada, com dor de cabeça, então resolvi ficar em casa. Ficar rodopiando com dor de cabeça não é uma boa ideia.

-Ah - suspirou - fiquei preocupada.

-Não precisava, eu estou bem - Rosé garantiu.

-Que bom - disse um pouco envergonhada - você está sozinha?

-Eu moro sozinha - ela disse.

-Sério? - questionou surpresa.

-Meus pais morreram a uns anos, minha tia vem aqui uma vez por semana ver como estou. Me ajuda com a faxina e as compras, e me liga todo dia.

Lisa estava impressionada, não imaginava que Rosé vivia sozinha. Afinal, com o problema dela, deveria precisar de ajuda, mas ela já devia imaginar que seria assim, Rosé estava sempre a surpreendendo e não parecia precisar de ninguém pra absolutamente nada.

Ela era incrível.

-Eu queria muito ter ido à aula hoje - ela comentou pra quebrar o silêncio - eu queria praticar o novo passo.

A Bailarina - ChaelisaWhere stories live. Discover now