7. Eu respeito você!

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• Clara •

Filho da puta!Me deixou com mais vontade ainda. Eu tinha que fazer alguma coisa.

Me levantei da cama e saí do quarto que eu tava, indo pro dele. E o sono que eu tava simplesmente sumiu.

Abri a porta e ele vi ele jogado na cama assistindo TV.

— Clara? O que houve? — Perguntou se sentando na cama assim que me viu na porta.

— Nada, só não tava conseguindo dormir sem você lá. — Riu.

— Clara, eu já te falei, não vai rolar nada!

— E quem disse que eu quero alguma coisa? — Negou com a cabeça sorrindo. — Posso deitar aí com você? — Perguntei entrando no quarto.

— Vem. — Deu espaço pra mim deitar e me aproximei me aconchegando no seu peito.

— Eu tava com saudades disso.

— Se você tivesse sóbria não falaria isso... — Murmurou

— Sente saudades?

— Não vamos conversar sobre isso agora.

— Por que não? — Encarei ele. — Quer mais ação? — Perguntei deslizante minha mão até seu membro e apertando levemente.

— Não começa, Clara. — Me afastou dele.

— Ué, não é você que queria tá fodendo comigo agora? — Perguntei provocativa.

— Se você não tivesse bêbada! E também, foi só uma brincadeira.

— Você sabe que mesmo se eu não estivesse bêbada eu iria querer também. — Me aproximei de novo arranhando levemente seu abdômen.

— Eu respeito você! — Se levantou da cama e percebi que seu membro já tava ereto. Sorri convencida.

— Isso tudo é vontade? — Ri olhando pro seu membro de baixo da bermudas. — Para de resistir, Tuê! — Ajoelhei na cama.

— Desculpa, mas não. — Falou e saiu do quarto.

Caramba! Deve ter sido por isso que eu já namorei com ele.

• Matuê •

Outro dia e tô aliviado por não ter acontecido nada comigo e com a Clara. Mesmo que eu queria, me aguentei.

Deixei ela dormindo no meu quarto e fui dormir no de hóspedes na noite anterior.

Me levantei e fui ver como ele tava, e ainda tava dormindo, então fui pra cozinha preparar um café.

• Clara •

Me acordei sem saber onde eu tava. Olhei em volta e não demorou pra mim reconhecer o lugar.

— Pera?! Por que eu tô na cama do Matheus?! — Falei me sentando na cama.

Me levantei e procurei ele pela casa e vi ele na cozinha fazendo ovos mexidos.

— Matheus? — Chamei.

— Bom dia pra você também.

— Por que eu tava na sua cama?

— Você e sua tesão.

— Que?! — Falei surpresa. — A gente...

— Não, relaxa. Não aconteceu nada. — Suspirei aliviada. — Quer? — Falou se referindo aos ovos mexidos.

— Valeu, mas como eu vim parar aqui? — Perguntei me sentando na cadeira da mesa.

— Conheço sua mãe e sei que ela não gostaria de te ver assim...

— Principalmente com o Caiê em casa. — Interrompi assentindo.

— Daí eu te trouxe pra cá, te ajudei a tomar banho e depois você não parava de me provocar, mas eu respeito você.

— Pera, você me deu banho?!

— Ah, muito obrigada, Matheus, por me ajudar e cuidar de mim! — Tentou imitar minha voz. Revirei os olhos.

— Sério, responde minha pergunta.

— Se importa tanto com isso? A gente namorou quando 7 anos, nada que eu já não tenha visto! — Dei uma garfada nos ovos mexidos.

— Tá, eu já vou indo.

— O que foi? Falei alguma coisa?

— Não, nem era pra mim ter ido naquela festa.

Fui procurar minhas roupas, me troquei e depois voltei pra sala.

— Valeu, por tudo, Matheus.

— Eu te levo lá.

— Não precisa não.

— Vai por favor.

— Você já fez muito por mim ontem a noite.

— Mas eu ainda quero meu agradecimento, tá bom? — Sorriu malicioso e ri.

— Vai se foder. Não era você que tava me rejeitando?

— Você tava bêbada, mas agora dá. — Ri

— Tchau, Matheus.

— Tchau. — Sai do apartamento dele chamando o Uber e fui pra casa.

...

— Oi, mãe. — Falei fechando a porta.

— Filha! — Minha mãe falou saindo da cozinha com o Luquinha no colo. — Eu tava preocupada.

— Foi mal, eu fiquei na casa do Matheus essa noite.

— Vocês dois, heim? — Falou e peguei o Caiê do colo dela

— Não, eu juro que não aconteceu nada, só não tinha condições de vir pra casa.

— Você encheu a cara?

— É... — Mordi o lábio. — Mas tô bem ó. — Dei uma volta. 

— Tô vendo. — Me encarou

— Vou pro meu quarto tomar banho e ficar um pouco o Luquinha. — Ela assentiu e voltou pra cozinha. — Tá fazendo bolo?

— Tô sim! De cenoura com cobertura de chocolate.

— Você amassa nesse! — Falei e subi as escadas.

Notas

Último capítulo do ano, gente 🫠

Depois do Término | Matuê Where stories live. Discover now