Uma garota orfã desde muito jovem. Sobrinha do rei viserys, foi condenada a viver entre o ninho de cobras, mais conhecido como corte.
A princesa encantava a todos com sua gentileza, mas após o infeliz ocorrido, sua bondade se esvaiu.
Domar um dragão...
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[Capítulo reescrito]
A princesa Niary caminhava pelo fosso dos dragões, observando os grandes e majestosos animais. Ela sempre foi apaixonada por eles, sentia que sua ligação com as bestas estava em suas veias.
Muitos viam sua admiração pelos seres e se lamentavam pelo ovo dela nunca ter chocado. A princesa sentia isso, sentia os olhares de pena vindos dos guardiões do fosso e até mesmo de outras pessoas em direção a ela. Sentia os olhares pesando em suas costas como se ela fosse frágil e digna de dó. Isso incomodava ela, fazia ela se sentir uma presa fácil em meio a tantos predadores.
Contrariando as crenças de que se o ovo do berço de um Targaryen não chocasse a criança cresceria fragil e com a saúde debilitada, Niary cresceu extremamente forte, uma princesa encantadora com uma beleza mais ainda.
Seus fios de cabelo platinados iam até metade das suas costas reluzindo. Seus olhos violetas possuíam um brilho único, como se fossem as chamas após um temido Dracarys. E claro, um olhar digno de uma Targaryen
Assim como sua mãe, ela sempre foi ambiciosa demais. E entre as suas ambições, ter um dragão com toda a certeza era a maior delas.
Ela não era a única Targaryen sem dragão, isso confortava o coração da pequena pelo menos um pouco. Mas ao mesmo tempo, fazia ela saber que para conquistar um dragão, disputas aconteceriam.
Ela não desejava participar dessas disputas, pois entendia que seriam sangrentas. Mal sabia ela que no futuro seria a peça chave de uma guerra.
Com um último passo a garota suspira ao enfim chegar no local onde vyridi, o dragão de sua mãe, permanecia preso. Ela passava um bom tempo lá, deitada sobre as asas do animal, que já estava acostumado com a presença da princesa.
Muitos se preocupavam com a garota estando tão perto de um dragão no qual ela não havia domado. Tinham a crença de que o ser poderia se irritar com ela e mata-la. Vallys também possuía essa preocupação, mas ao ver como a criança e o dragão se davam bem, o seu coração se apaziguou um pouco.
—Virydi— a princesa sussurrou acariciando o rosto do animal delicadamente. Ele não era um dragão pequeno, possuía um tamanho maior que o de Meleys. Suas escamas eram de um tom verde deslumbrante. Sua crista espinhal branca, suas garras e dentes em tom negro. O dragão possuía olhos verdes esmeralda, e qualquer um que os visse imaginaria que seriam joias cravejadas no lugar. As chamas do animal eram brancas salpicadas de leves tons laranja. Um dragão belíssimo com toda a certeza. Mas também extremamente agil e formidável, assim apelidado pelo povo de o relâmpago esmeralda.
Ao vê-la Vyridi como de costume, permaneceu deitado, apenas erguendo sua cabeça enquanto a princesa o acariciava delicadamente. As pontas dos dedos de Niary vagavam sobre as escamas do animal de maneira doce. Ela era sempre cuidadosa, e o dragão gostava dos toques da princesa, difícilmente permitindo que alguém tirasse ela de lá.
