𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞; 𝐫𝐢𝐝𝐢𝐜𝐮𝐥𝐨𝐮𝐬.

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"Eu sei que você está cansada
Espero que conserte o que quer que esteja quebrado
Felicidade ignorante
E alguns goles podem ser a poção"

Reflections - The Neighbourhood

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Las Vegas
07 de setembro

Vícios.

Todos temos vícios. Podemos ser viciados em tomar banho com água quente, comer um chocolate específico após cada refeição, ouvir música country, entre outros. Porém, existem os vícios complexos: podemos ser viciados em bebidas alcoólicas, fumar cigarro, maconha ou outra merda daquelas, sentir adrenalina.

Ao se prender em um vício, desde o mais fraco e simples até o mais forte e mortal, você está eternamente amarrado à uma rotina desgastante e cansativa. O que acontece comigo se eu não comer aquele chocolate após a refeição? Talvez eu me sinta mal por isso e no outro dia preciso comer dois chocolates. Ao precisar de adrenalina para viver, viver sem adrenalina não é mais uma opção. Uma vida sem adrenalina se torna monótona e sem graça. Se você não fumar durante o dia, não ficar chapado para ir às nuvens, não beber até não saber seu nome, você não se sente feliz e completo.

Não devemos depender de vícios para sermos felizes. A felicidade deve ser um processo gradual que ocorre devido aos seus pensamentos, palavras, ações e companhias. Não se deve permitir que a sua vida chegue ao ponto de precisar ter um vício para se sentir completo. Vícios são uma falha na rotina.

— Para de fumar essas merdas — digo ao meu amigo, após ele tragar seu cigarro.

Piso no acelerador quando o sinal muda de vermelho para verde, sentindo meu corpo dar uma leve impulsionada para trás.

— Não enche, porra — Blaze retruca, dando outro trago em seu cigarro e soprando a fumaça janela a fora.

Ele está freneticamente batucando os dedos no painel do carro e agitando as suas pernas.

— Não enche o caralho, depois você vai ficar com a porra de um pulmão preto e eu que vou te doar o meu pulmão saudável — resmungo.

Ele bufou, mas sorriu.

— Então você doaria o seu pulmão para mim? — ele me encarou, sorrindo como uma criança que acaba de ganhar seu doce favorito.

Revirei os olhos, me arrependendo imediatamente de ter dito isso. A partir de agora Blaze sempre vai fazer questão de me lembrar sobre o quão bom samaritano eu sou.

— Não, apenas estava supondo — menti. — Agora larga essa merda — tentei me inclinar sobre ele para pegar o cigarro de sua mão, mas o loiro esticou o braço para fora da janela e o carro começou a sair da pista.

Voltei para o meu assento e tentei não perder o controle do carro.

— 'Tá bom, mamãe — ele resmungou, apagando o cigarro no próprio braço.

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