Capítulo XXVI

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O temor, como um ladrão silencioso, invade a minha alma. Cada parte do meu corpo estremece quando o garoto vai embora. Olho, desesperada, ao redor. Ele podia estar em qualquer lugar.

— Bella, você está bem? Está pálida. — Aland entra em minha frente, me lançando um olhar preocupado. — O que ele disse?

— Arthur está vivo. — senti vontade de chorar, de novo, o que só fazia com que eu me sentisse ainda mais patética. Uma princesa fraca e patética.

Michael me encarou, como se confirmasse que eu deveria, imediatamente, ir embora. A parte desesperada em mim gritou que era exatamente o que eu deveria fazer.

A parte racional, no entanto, olhou para Aland. Ele precisava de mim, e eu queria muito ser egoísta e ir embora, mas quem era capaz de garantir que Arthur não me seguiria? Ele não esperava que eu ficasse, e devia ser detido. Eu devia isso ao meu Harry.

— Ele não irá chegar perto de você, posso lhe garantir. — Michael me enviou um olhar confiante. — Dazzo está cercada. Ninguém entra ou sai, está em nossos domínios. Os homens dele foram mortos pelo fogo, e os outros estão sendo capturados. Enviarei uma carta à Apolo dizendo que tomaremos o reino para Beaumont.

— Isso não pode acontecer.

— Fui informado de que a família real foi morta, então, sem sucessor...

— Há um sucessor. — o interrompi, olhando para Aland. Michael soltou a respiração. — Ele é o novo príncipe, e está ao nosso lado.

Michael se aproximou de mim, e sussurrou em meu ouvido.

— Confia nele?

— Confio. — fiquei surpresa por responder sem pestanejar.

— Tudo bem, então. — Michael assentiu, e encarou Aland. — Ficaremos até a sua ascensão. Os guardas não sairão daqui até que monte seu próprio exército.

— Eu preciso que retorne, e garanta à minha mãe e irmãs que estou bem e segura. Retornarei para casa quando terminar o que tenho que fazer.

— Arabella...

— Por favor. — o abracei, percebendo que estava afastando a família mais próxima que tinha, mas era o único jeito. Só acreditariam da boca dele. — Obrigada por ter vindo me buscar.

Michael me abraçou de volta e se curvou, com a luz do sol emergindo em sua pele e cabelos escuros.

— Farei o que me pediu. Fique bem. — ele se despediu, chamando mais dois guardas e indo em busca dos cavalos.

Aland tomou banho, vestiu uma camisa longa branca e gasta que o jardineiro emprestou e depois comeu

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Aland tomou banho, vestiu uma camisa longa branca e gasta que o jardineiro emprestou e depois comeu. Não como uma pessoa normal, mas como alguém que realmente demonstrava ter passado dez anos com fome.

Poucas vezes eu vi uma pessoa comer de forma tão rústica. Ele estava completamente curvado, segurando a colher de forma errada e levando à boca de qualquer jeito.

Insensato AmorWhere stories live. Discover now