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Maratona: 4/5

ANA FLÁVIA,
point off view.

As coisas ficaram estranhas depois do que rolou no carro de Gustavo

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As coisas ficaram estranhas depois do que rolou no carro de Gustavo. Eu, por exemplo, mal conseguia olhar para o mesmo sem me lembrar do quão bem ele beija.

E eu não gostava nada disso.

Gustavo estava me evitando, eu percebi isso. Não teve um comentário idiota, e nem me irritou uma única vez hoje na aula. Isso é estranho.

Agora eu estou sentada no refeitório comendo minha comida, enquanto penso seriamente sobre Gustavo. Tipo, eu o odeio, e definitivamente não deveria ter beijado ele.

Ele só me disse umas palavras bonitas, e então eu correspondi seu beijo. Isso foi muito idiota da minha parte.

- Ana, você escutou o que disse? - voltei dos meus pensamentos quando escutei a voz do meu amigo.

- O que você disse? - perguntei totalmente alheia sobre o assunto que Rudi e Gabi falavam.

Rudi revirou os olhos bufando.

- Perguntei porque você está tão estranha?

- Eu não estou estranha. - eu disse me defendendo.

- Está sim. - respondeu Gabi. - E foi depois de ontem, quando saiu da escola com Gustavo. - ela disse me acusando e eu engoli em seco.

- Não me diga que... - eu entendi perfeitamente o que Rudi quis insinuar.

- Não! - neguei fazendo minha melhor expressão de indignação.
Mas eu estava mentindo. E meus amigos, por me conhecerem tão bem, sabiam disso, e me olhavam de uma forma que eu não consegui esconder a verdade por tanto tempo.

- Tá bom, tá bom... - choraminguei. - Eu e Gustavo nos beijamos. - disse tão baixo, que tenho dúvidas se eles esutaram.

- Você o que? Você beijou o - quando tampei sua boca Gabi parou de falar

- Não fala alto. - eu disse irritada e tirando minha mão da sua boca, quando ela lambeu minha mão.
Fiz uma expressão de nojo e tentei limpar na sua blusa, enquanto ela ria.
- Eu sabia que isso iria acontecer. - disse Rudi com um sorriso malicioso. - Todo esse ódio de vocês dois, é só tesão acumulado

- Cala boca Rudi. - eu disse meirritando cada vez mais.

- Qual é Ana Flávia? Vocês dois até formam um casal bonitinho. - disse Gabi sorrindo e eu a olhei de uma forma aeaçadora.

- Do mesmo jeito que você forma um casal lindo com o treinador, não é? - disse com ironia e seu sorriso sumiu, mas o de Rudi aumentou, e sua expressão foi para total surpresa.

- Não me diga que...? - ele disse e eu concordei com a cabeça.
- Encontrei os dois saindo do quartinho de educação física. - eu disse sentindo o gosto da vingança.
- Ana Flávia, você é uma filha da... - disse Gabriela, dessa vez, brava.

- Você não xinga a minha mãe. - eu disse rindo e me levantando. - Eu tenho que i, mas acho que Rudi tem muitas perguntas para você. - eu disse notando o quanto meu amigo estava animado com esse babado.

Eu saí andando, enquanto escutava Rudi encher Gabi de perguntas. Espero que ela consiga sair viva.
Bateu o sinal, e eu fui para minha sala. Me sentei no meu lugar e esperei o professor chegar.

O professor chegou, mas o coordenador também entrou na sala, com uma notícia. A escola iria fazer uma viajem para um acampamento nas férias de verão, que já estava bem próxima.

Eu não sabia exatamente se gostaria de ir, mas ficar em casa e aturar minha familia nesse tempo, está fora de cogitação.

Eu vou nesse acampamento.

- E aí morena, vai ir no acampamento? - perguntou Gustavo depois que o coordenador terminou de falar e saiu da sala

Olhei para ele um pouco surpresa por ele finalmente falar comigo.

Não que isso me deixe feliz, por mim tanto faz. Inclusive não queria que ele falasse comigo, eu estou me sentindo estranha perto dele, principalmente depois de ter beijado ele.

Meu Deus, eu não consigo tirar isso da minha cabeça. Eu vou enlouquecer.

- Não é da sua conta. - eu disse olhando para Gustavo com superioridade.

Não vou deixar ele saber que aquele beijo mexeu comigo.

- Eu vou ir, e eu espero que você vá... - ele disse e então pegou em uma mecha do meu cabelo, me fazendo olhar diretamente para seu dedo que enrolava os fios. - Assim podemos repetir o que fizemos no meu carro.

Tarado.

- Aquilo foi um erro, e não vai se repetir. - eu disse tirando meu cabelo da sua mão. - E lembra quando eu disse para você não confundir as coisas? Acho que você é tão burro que não conseguiu entender essas palavras.

- Não adianta tentar mentir para mim, e nem para você, Ana Flávia. - ele disse e se aproximou de mim, me puxando para perto dele quando enroscou seu braço no meu pescoço.

Meu corpo se enrijeceu quando eu fiquei praticamente grudada nele, e não pude impedir que o seu perfume cheiroso entrasse pelas minhas narinas.

Que merda. Ele sempre vai ficar fazendo isso?

- Eu vejo como seu corpo reage quando eu chego perto de você. - ele disse e eu rapidamente me afastei dele.

- Não toque em mim. - eu disse irritada, e nervosa.

Droga, porque eu estou nervosa?

- Ah, morena, se você soubesse o que eu poderia fazer com você, a última coisa que me diria seria "não toque em mim". - disse tentando me imitar e eu revirei os olhos, tentando ignorar o efeito que essas palavras tiveram em mim.

- Sabe o que eu gostaria de fazer com você? - perguntei aproximando meu rosto do seu.

Vi seus olhos brilharem e eu abri um sorriso malicioso.

- Gostaria de te dar um soco. - eu disse e vi ele sorrir.

Como sempre, ele está se divertindo com minha irritabilidade.

- Se você tirar o "um soco" eu acreditaria no que me disse. - demorei um tempo para entender o que ele quis dizer, e eu juro que não gostaria de ter entendido.

- Você é um idiota, Gustavo. - eu disse me virando para frente, enquanto escutava ele rir do meu lado.

Senti meu rosto esquentar, e eu não acredito que por um milésimo de segundo, pensei em coisas obscenas com o Gustavo.

I hate you | miotela ✓Où les histoires vivent. Découvrez maintenant