33

13.8K 1.7K 401
                                    

                                    Carolina👑

Ret tentou me levar pra cama ontem, e eu queria muito ir. Quase passei por cima da razão.

Mas não é justo comigo. Não é certo ele ser o primeiro cara com quem me envolvo depois do meu marido. Não é justo porque ele me causa sensações incríveis em que eu não posso me apegar.

Acho que vou ter um colapso, 5 horas da manhã e eu aqui encarando o teto do quarto.

Me levanto e decido ir até a área externa, já que não vou dormir  é melhor encarar o céu do que o teto sem graça.

Abro a porta de vidro com cuidado para não fazer barulho. A ideia era não acordar o Ret, mas ele já está aqui fora. Deitado na espreguiçadeira fumando. Ele vira o rosto assim que entro no ambiente.

Carol: Desculpa, não queria atrapalhar.

Ret: De boa, senta aí.

Faço o que ele disse  e sento na espreguiçadeira vaga.

Ret: Perdeu o sono?

Carol: Sim, e você?

Ret: As vezes parece que tô na prisão ainda.

Carol: Achei que alguém na sua posição teria algum tipo de respeito lá dentro.

Ret: Da maioria dos presos sim, mas teu ex-marido era um pé no saco.

É estranho ouvir o "ex-marido"

Carol: Ele é bem controlador e exigente dentro de casa, imagino que seja muito pior no trabalho.

Ret: 5 anos de casada, teu lugar no céu tá garantido.- dou risada- Mas e aí, o que causou tua insônia?

Carol: Um leve mal estar, nada demais. Meio cedo pra isso, né? - me refiro ao baseado na mão dele.

Ret: Nunca é cedo pra relaxar.- faço careta- Um dia tu prova e para com o julgamento.

Carol: Só nos seus sonhos.- viro o rosto para olhar pra ele, mas me arrependo ao notar que ele está de olho em mim. Parece que simples assim meu corpo incendeia.

É loucura como só o olhar dele pode mexer tanto assim comigo.

Carol: Você está em deixando sem graça. - Ret direciona o olhar pro meu rosto.

Ret: Foi mal, é que tu é muito gata. Não dá pra ignorar tua presença. Acho que tu já percebeu que as blusas brancas são meu ponto fraco.

Ah, droga! Cruzo os braços sobre os seios tentando ocultar o máximo possível.

Ret: Já tô bem familiarizado com eles, não tem pra que esconder.

Carol: Uau, você não filtro nenhum.- Ret da da ombros.

Ret: Apenas fatos.

É, o idiota tem razão. Tiro os braços, ele já viu bem mais que meus peitos.

Ret: Tu costuma andar só de camiseta pela tua casa?- ele apaga o baseado.

Carol: Não, estou sempre bem vestida.

Ret: Então acho que tenho sorte, é uma visão e tanto.- ele desce o olhar pelo meu corpo - uma que eu tô pegando gosto de ver pela manhã.

Droga, as coisas que ele fala...Isso não vai terminar bem pra mim.

Carol: Você tá reparando muito em mim.

Ret: Olha só pra ti- ele umedece os lábios- como não reparar?

Ok. Uma hora eu vou embora e não vou olhar pra trás, tudo isso não vai passar de uma história louca. Então porque não aproveitar cada sensação que esse lugar pode me proporcionar?

Porque não descobri como é ser uma mulher que toma a iniciativa e que é surpreendida?

Me levanto e sigo na direção do Ret, passo uma perna por cima dele para conseguir sentar sobre seu colo.

Ret: Mas confesso que é muito melhor  reparar em ti nessa posição- as mãos dele se posicionam na minha bunda. Adoro a sensação do toque dele.

Carol: Uma hora você cansa.

Ret: De olhar pra ti? - ele usa uma das mãos para enrolar uma mecha do meu cabelo- acho difícil. Já te falei  que o teu cabelo é bonito pra caralho?

Carol: A chuva de elogios é resultado dá maconha? Acho que não me importo se você fumar o tempo todo.

Ret: Tu é muito bonita, sei admirar isso.

São mais elogios do que eu estou acostumada.

Me inclino deixando um beijo de leve em seja lábios.

Carol: Gosto quando você fala essas coisas- dou outro beijo de leve- Me sinto muito bem.

A mão que antes brincava com meu cabelo é utilizada para segurar meu rosto e puxar minha boca contra a dele.

Mas não é um beijo de leve como os meus, é algo mais bruto. A boca dele toma a minha de um jeito que eu nem sabia que era possível.

Me deixo o mais perto possível dele. Mesmo que eu esteja por cima o controle do beijo é todo do Ret, o controle da situação é todo dele.

Não vou ser birrenta, se ele quiser sexo eu não vou fugir como antes. Eu quero isso, quero todas as sensações que não senti durante o meu casamento, eu quero ele.

Tombo a cabeça para o lado quando sinto a boca  distribuir beijos pelo meu pescoço.

Meu cabelo é puxado com brutalidade dando mais acesso ao Ret.

Ret: Por favor, diz que não vai me parar... eu quero muito.

Carol: Eu também quero isso, Ret.

Ret: Filipe, aqui e agora eu quero que tu me chame assim- ele dá um chupão no meu pescoço que me tira um gemido.

Filipe  leva as mãos até a barra da blusa que estou usando e tira ela de mim. Não tempo de me sentir exposta porque a sensação da língua quente tocando meu seio me faz esquecer de qualquer pudor.

Ret: Sou fissurado por eles- ele chupa com força me fazendo gemer. Seguro a nuca dele em um pedido para que ele não se afaste.

A boca dele volta para a minha e sinto quando ele começa a me tocar por cima da calcinha.

Só isso aqui é melhor do que qualquer coisa que eu senti no meu casamento.

Carol: Não para Filipe.

A boca dele mordisca minha orelha enquanto ele afasta minha calcinha e coloca dois dedos dentro de mim.

É uma loucura, o dedos me penetrando, o polegar no meu  clítoris e a boca nos meus seios. Não demora para eu ter um orgasmo incrível.

Eu queria mais, muito mais...

Mas o barulho de fogos acabou com tudo, porque o Filipe ficou extremamente tenso embaixo de mim.

Ret: Não acredito

Carol: O que é isso? - pergunto assustada.

Ret: Isso? - ele passa a blusa que eu estava pela minha cabeça- É aquele filho da puta achando que pode te tirar daqui.

Eduardo?

Ret: Não sai de dentro da casa por nada nesse mundo, entendeu? - o que? - Entendeu Carolina?

Eduardo está aqui? Ele veio me buscar?

Carol: Entendi .

Crime PerfeitoWhere stories live. Discover now