Capítulo 9 - Século XXI

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Lavínia agora tinha dois segredos com Eduardo

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Lavínia agora tinha dois segredos com Eduardo.

Mas para que servem os segredos se não podem ser compartilhados com a sua melhor amiga?

Foi isso o que ela pensou e, no segundo em que chegou em casa e se trancou dentro do seu quarto, ligou para Cami pra contar exatamente tudo o que havia acontecido naquela noite. Ela ainda estava eufórica demais e não conseguia parar quieta. Falava ao telefone andando por todo o quarto, subindo em cima da cama, abrindo e fechando as portas do armário. Finalmente se sentou na cadeira da sua escrivaninha e abriu o notebook novo – e rosa – que ganhara de natal da tia rica de Belo Horizonte.

Se ela conhecesse Lavínia melhor, saberia que a cor certa seria vermelho. Mas quem era a garota para reclamar de um notebook novinho em folha mesmo que parecesse um daqueles de brinquedo da Xuxa?

Lavínia não costumava ligar pra ninguém quando era muito mais fácil simplesmente mandar mensagens de texto pelo celular. Mas situações como essa pediam medidas especiais.

Ela e Eduardo tinham dois segredos. Juntos.

Se esse não era um sinal do Cosmo dizendo que finalmente a hora de Lavínia atacar havia chegado, então ela não sabia o que mais podia ser. Porque ela esperava por esse sinal verde há bastante tempo e estava prontíssima para avançar.

Fazia um calor de 40 graus no sábado e Lavínia e Cami decidiram passar o dia na piscina do seu prédio. O prédio de Cami – que ficava a três quadras do dela – não tinha piscina e por isso as duas sempre iam para a casa de Lavínia quando o calor ficava insuportável. Pouquíssimas pessoas usavam a piscina, o que estava ótimo para as duas porque assim elas podiam usufruir do espaço quase que só para elas.

Isabel morava em outro bairro, no Meier, e por isso quase nunca estava com as duas amigas quando elas decidiam se encontrar assim sem mais nem menos.

Lavínia gostaria de poder chamar Anaju, mas sabia que Cami aceitaria a contragosto e aí não seria legal.

― Sabe o que eu queria ganhar de aniversário? – Lavínia disse e abriu um sorriso cheio de segundas intenções. – Um beijo do Eduardo.

Cami revirou os olhos e riu, jogando uma lufada de água na cara da amiga.

― Você passa o dia inteiro pensando em beijar, não é possível.

― E você hein? Não é possível que não tenha um crush em ninguém.

― Se eu tivesse um vizinho como o seu, talvez. Mas os meninos da escola? – Ela riu com escárnio. – Deus me livre.

― Nem o Lucas Santiago? Ele é maravilhoso – Lavínia levou as mãos até o coque, apertando-o para que não se desfizesse. Seus cachos estavam lindos demais para que ela os molhasse naquela água cheia de cloro.

Sobre(O)postosWhere stories live. Discover now